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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

A ESCALADA CONTINUA

Ata do Copom indica alta de 0,50 ponto da Selic em junho, mas deixa fim do ciclo de alta dos juros em aberto

Banco Central confirma que a Selic vai subir menos na próxima reunião, mas o topo da montanha da taxa de juros pode ser ainda mais alto

Montagem mostrando o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, escalando uma montanha, sinalizando o ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, promovido pelo Copom
Roberto Campos Neto lidera a equipe de escalada da Taxa Selic. Imagem: Unsplash/Agência Brasil; montagem Andre Morais

A comunicação do Banco Central (BC) com o mercado financeiro volta e meia vira assunto. Ela costuma se dar por meio de documentos oficiais — como a ata do Copom divulgada hoje — e por encontros de diretores da autoridade monetária com agentes do mercado.

É fato que essa comunicação melhorou substancialmente nos últimos anos. Afinal, seja para sardinhas ou tubarões, quanto mais clareza melhor para os negócios. Na ata de hoje, porém, o Comitê de Política Monetária do BC deixou a desejar.

Na semana passada, no comunicado que se seguiu à decisão de elevar a taxa Selic pela décima reunião seguida, a 12,75% ao ano, o Copom deixou claro que o plano é seguir adiante, buscando um topo que parece próximo.

Economistas esperavam mais clareza na ata

Da ata, esperava-se alguma sinalização mais clara de onde exatamente o Copom acredita estar o pico da escalada iniciada há pouco mais de um ano. Mas ela não veio.

“Mensagem muito similar ao comunicado”, enfatizaram os economistas do banco BTG Pactual ao compararem a ata divulgada hoje com o comunicado que acompanhou a decisão do Copom, na quarta-feira passada.

E isso leva a uma situação evitada a todo custo aqui no Seu Dinheiro: sair pela tangente com um “economistas divergem sobre” qualquer que seja o assunto.

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Um exemplo? O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, considerou a ata como dovish em relação ao comunicado; já o economista Fabio Louzada enxergou uma postura hawkish por parte do Copom.

A título de esclarecimento, enquanto o termo dovish sugere uma postura mais leve da autoridade monetária, hawkish indica uma postura mais dura.

Copom considera ‘provável’ uma nova alta da Selic em junho

Portanto, comecemos pelo que é certo: o Copom vai elevar novamente a taxa Selic nas reuniões de 14 e 15 de junho.

Na ata, o Copom repete o comunicado ao sinalizar como “provável” uma nova alta da Selic em junho, mas em menor magnitude que as recentes elevações de um ponto porcentual.

O Copom “vê como apropriado um avanço em território ainda mais contracionista”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos da corretora Commcor.

Qual vai ser a magnitude dessa alta na Selic?

Outra certeza é a magnitude da próxima alta de juro.

Os economistas consultados pelo Seu Dinheiro acreditam que a Selic será elevada em pelo menos 0,50 ponto porcentual em junho, a 13,25% ao ano.

Aperto monetário vai chegar ao fim na próxima reunião?

É nesse ponto que as divergências começam.

“A comunicação continua apontando para outro ajuste de menor magnitude em junho sem indicação mais evidente de outro passo à frente”, dizem os economistas do BTG.

Étore Sanchez, da Ativa, também acredita que o Copom interromperá o aperto monetário na próxima reunião.

Fabio Louzada, por sua vez, chama a atenção para o fato de não haver na ata nenhuma menção clara ao fim do aperto na próxima reunião.

“Isso me faz crer que o Banco Central vai seguir viés mais hawkish e continuar subindo juros. Devemos chegar no fim do ano em pelo menos 13,50%” ao ano, afirmou.

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