O cronograma do real digital tem grandes chances de ser antecipado, diz especialista do BC que coordena projeto de CDBC brasileira
Bruno Batavia afirma que intenção é ter mais definições até 2024 e avanço significativo no cronograma ainda no projeto piloto

Depois da criação do PIX, o sistema de pagamentos instantâneo, o Brasil sai na frente do mundo mais uma vez no projeto da primeira criptomoeda emitida por Banco Central. A Central Bank Digital Currency (CBDC) — ou apenas real digital — tem grandes chances de sair do estágio de testes para o dia a dia das pessoas.
"É nossa intenção ter bastante definição até 2024. Nós devemos avançar muito no cronograma ainda no projeto piloto. Eu particularmente acredito que vai correr tudo bem", afirmou Bruno Batavia, especialista do Banco Central e um dos coordenadores do projeto do real digital.
No segundo dia do Criptorama, evento da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCRipto), Batavia dividiu palco com José Vasco, superintendente da CVM, e com Rodrigoh Henriques, diretor de inovação da Fenasbac.
Real digital: projeto segue forte
Diferentemente do que se pensa, o principal objetivo do BC não deve ser os pagamentos do dia a dia — para isto, a autoridade monetária já afirmou que o PIX é suficiente.
Por isso, o foco do real digital será em pagamentos entre instituições e transfronteiriços. Vale ressaltar que estes objetivos são os mais bem definidos, mas que existe uma infinidade de possibilidades. Afinal, a CDBC brasileira, desde sua concepção, pretende ter como principal característica a programabilidade — isto é, a possibilidade de se adequar a quaisquer que sejam seus usos.
"O grande ganho do real digital", diz Bruno Batavia, "é a programabilidade e maior eficiência na criação e cumprimento de contratos". Aqui o representante do BC se refere aos smart contracts, importados diretamente de uma das mais promissoras criptomoedas do mercado: o ethereum (ETH).
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Papai, é você?
Quando dizemos que a programabilidade do real digital vem desde sua criação, não é exagero. A CBDC foi inspirada na blockchain do ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo e referência no mercado na produção e execução de smart contracts.
Esses "contratos inteligentes" estabelecem relações de troca com a segurança e transparência da tecnologia blockchain. Especialistas acreditam que esse tipo de inovação pode trazer um ganho de eficiência tremendo para o setor — para o cliente ou usuário, isso quer dizer barateamento de empréstimos e negociações.
Mamãe, é você?
Por fim, além do ethereum, as finanças descentralizadas (DeFis) também foram fonte de inspiração para a criação do real digital e devem se tornar um dos casos de uso da CBDC. Isso possibilitaria a tomada de crédito, empréstimos e outras aplicações que hoje só são possíveis com criptomoedas.
Apesar de alguns participantes do mercado entenderem que uma CBDC não é uma criptomoeda por ser emitida pelo BC, o respaldo de uma autoridade a esse tipo de tecnologia abre as portas para novos usuários aderirem ao universo digital.
O futuro do real digital
"Um caso de uso que ainda está em aberto é a possibilidade de pagamento offline. É necessário sim uma CBDC dessa forma para o varejo, até pra manter a segurança do sistema", comenta.
De acordo com o calendário de execução do projeto do real digital, em 2023 o BC deve começar os pilotos para a configuração básica do projeto, que só deve ficar pronto em 2024.
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