Qual seria a vantagem de dividir a Mona Lisa? Essa pergunta pode parecer espantosa para os entusiastas de artes ou mesmo quem queira preservar o retrato da bela moça. Mas essa não é uma questão difícil de responder quando se trata dos tokens não fungíveis, os NFTs.
Esses certificados digitais do mundo das artes deram o que falar em 2021, mas atingiram seu ápice com um volume semanal negociado de US$ 1,12 bilhão em maio deste ano. E, graças aos NFTs, é possível ser dono de um pedacinho da Mona Lisa.
“Não é possível ‘dividir’ um NFT, mas o que nós chamamos de ‘fracionar’ é como colocar essa arte em um cofre digital e emitir um recibo, que funciona como uma ação. Assim, quando vendem aquela arte, quem tiver um pedaço dela ganha uma parte”, comenta Leonardo Carvalho, CEO da NFTFY e convidado do Papo Cripto desta semana.
O fracionamento de um NFT permite que o usuário receba o dinheiro equivalente ao seu pedaço quando uma arte é vendida. “Se o cliente tem direito a 10% de uma obra vendida por US$ 1 milhão, ele recebe US$ 10 mil na conta”, comenta.
NFTs fazendo valer a lei
Além de permitir que qualquer artista entre no universo digital e ganhe dinheiro com suas artes, o NFT também permite que se faça valer uma lei vigente no Brasil.
De acordo com a legislação, o artista deve receber cerca de 5% do preço de revenda por suas obras, de acordo com Instituto Nacional de Propriedade Artística Visual (Inpav). Naturalmente, é difícil fazer valer essa regra, em especial se a transação não for formal.
Mas dentro da blockchain, é praticamente impossível driblar a regra. A rede é gerida por contratos inteligentes automatizados, ou seja, o repasse para o artista é determinado por código.
Esses e outros temas sobre o mercado de artes digitais — e, é claro, um panorama de como vai o mercado de criptomoedas — você confere no último Papo Cripto com Leonardo Carvalho, CEO da NFTFY. Dê o play e confira!