Ex-CEO da Alameda admite fraude e diz que ela e SBF sabiam sobre o uso de recursos de clientes da FTX em operações arriscadas
Em audiência na Justiça, Caroline Ellison disse que ela e o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, conscientemente enganaram os credores sobre os empréstimos da corretora à empresa de investimentos do grupo

Caroline Ellison, ex-CEO da Alameda Research, empresa de investimentos do mesmo grupo da corretora de criptomoedas FTX, admitiu fraude e o uso de recursos dos clientes da exchange como garantia das suas apostas arriscadas no mercado.
Em audiência realizada no último dia 19 de dezembro no tribunal federal de Manhattan, em Nova York, Ellison disse que ela e o cofundador da FTX, Sam Bankman-Fried, conscientemente enganaram os credores sobre quanto a Alameda estava tomando emprestado da corretora.
Outro cofundador da FTX, Gary Wang, também fez uma declaração naquele dia. Ele e Ellison se declararam culpados das acusações de fraude e estão cooperando com os promotores federais de Manhattan. Segundo os depoimentos de ambos, SBF também sabia de tudo, ao contrário do que vem alegando para a Justiça.
'Eu sabia que era errado'
"Eu sabia que era errado", disse Ellison, de acordo com a transcrição da audiência. Ela explicou que, de 2019 a 2022, a Alameda tinha acesso a um mecanismo de empréstimo na FTX.
“Em termos práticos, esse acordo permitiu à Alameda ter acesso a uma linha de crédito ilimitada sem ser obrigada a depositar garantias, sem ter saldos negativos e sem estar sujeita a chamadas de margem nos protocolos de liquidação da FTX.com", disse a ex-CEO da Alameda.
De acordo com ela, "se as contas na FTX da Alameda tivessem saldos negativos significativos em qualquer moeda específica, isso significava que a Alameda estava pegando emprestado recursos que os clientes da FTX haviam depositado na corretora." Anteriormente, Ellison havia chegado a negar que a empresa recebesse qualquer tratamento especial da FTX.
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A ex-CEO da Alameda admitiu ainda que ela e SBF concordaram em ocultar esse acordo dos credores e elaboraram demonstrações financeiras falsas para esconder o valor desses empréstimos, incluindo bilhões de dólares emprestados a executivos da FTX.
Em outras palavras, a ex-executiva admitiu que a Alameda utilizava recursos de clientes da exchange, sem o conhecimento ou anuência deles, para fazer operações alavancadas de alto risco no mercado e pagamento de despesas pessoais dos executivos, e o grupo empresarial ainda falsificou seu balanço de modo a ocultar a prática.
Já Gary Wang, que foi diretor de Tecnologia da FTX, disse, em sua audiência, que foi "orientado" a fazer alterações no código da plataforma da corretora, as quais ele sabia que dariam privilégios especiais à Alameda. Ele falou ainda que declarações falsas estavam sendo feitas a clientes e investidores. Assim como Ellison, Wang também disse que "sabia que o que estava fazendo era errado", de acordo com a transcrição da audiência.
Aventura da FTX custou caro para o mercado cripto
A FTX chegou a ser a segunda maior corretora de criptoativos do mundo, alçando Bankman-Fried, então CEO da exchange, à lista de bilionários da Forbes. Hoje, ele enfrenta acusações de diversos crimes, como fraude, lavagem de dinheiro e conspiração, pelos quais foi preso nas Bahamas e extraditado para os Estados Unidos. Na semana passada, SBF foi libertado, após pagar uma fiança de US$ 250 milhões.
O fundador da FTX nega que soubesse o que acontecia na Alameda, mas não comentou os depoimentos de Ellison e Wang, que claramente contradizem essa alegação.
Tanto a FTX quanto a Alameda agora enfrentam processos de recuperação judicial, e a derrocada das duas empresas deixou clientes e credores a ver navios, provocando uma quebradeira generalizada no mercado cripto, uma fuga de investidores em meio ao pânico e a queda generalizada das cotações das criptomoedas.
*Com informações da Bloomberg
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