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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Bitcoin sustentável

Energia solar para minerar bitcoin? Conheça o novo projeto da parceria entre Tesla, Blockstream e Block, empresa do fundador do Twitter

Empresas vão investir em planta de mineração de bitcoin totalmente abastecida por energia solar no estado americano do Texas; montadora de carros elétricos de Elon Musk fornecerá os equipamentos

Painéis solares para geração de energia solar e bitcoin
Mineração de bitcoin é intensiva em energia. Mas a maior criptomoeda do mundo poderia se tornar "verde"? Imagem: Ph.wittaya/Shutterstock

A tecnologia das criptomoedas, como o bitcoin, é uma das mais promissoras da atualidade, mas esbarra em um problema completamente incompatível com o tempo em que vivemos: o grande consumo de energia para a mineração desses ativos. Mas outra tecnologia "do futuro" - a geração de energia a partir de fontes renováveis, como a energia solar - pode desatar esse nó.

É isso que busca um novo projeto da Blockstream, provedora de infraestrutura financeira baseada na blockchain do bitcoin; da Block, antiga Square, empresa do fundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey; e da Tesla, a montadora de carros elétricos do bilionário Elon Musk - agora também sócio de Dorsey na rede social do passarinho azul.

As três empresas irão investir em um projeto de mineração de bitcoin no estado americano do Texas, totalmente abastecido por energia solar e que deve ficar pronto ainda neste ano.

A planta contará com um sistema de geração off-grid (que armazena a energia em baterias e não é conectado à rede de distribuição) com equipamentos Tesla: painéis solares de 3,8 megawatts e a bateria Megapack de 12 megawatt-hora.

Segundo Adam Back, CEO e co-fundador da Blockstream, disse à CNBC, trata-se de uma prova de conceito para a mineração em grande escala de bitcoin com base em energia 100% renovável. A ideia é conseguir provar a tese de que a mineração de bitcoin pode ser sustentável e financiar a instalação de infraestrutura de geração e distribuição de energia de zero emissão de carbono.

O projeto também informará publicamente e em tempo real as suas métricas de performance, incluindo a potência de saída e o total de bitcoins minerados. Mais adiante, irá também informar dados sobre o armazenamento de energia solar.

Ainda de acordo com o Back, se a planta se mostrar lucrativa, energia eólica será adicionada ao mix, o que tem o potencial para reduzir custos, e o projeto será ampliado para ganhar escala.

Matando dois coelhos com uma cajadada só

O projeto da Blockstream, da Block e da Tesla não só contribui para tornar a mineração de bitcoin mais sustentável, diversificando suas fontes de energia, como também para desenvolver infraestrutura de geração de energia renovável em locais com grande potencial, mas inviáveis economicamente.

O oeste do Texas, por exemplo, é uma localidade com grande incidência de sol e ventos, ideais para a geração de energia solar e eólica, mas que geralmente ocorre em áreas mais remotas e sem infraestrutura de distribuição.

As plantas de mineração de criptomoedas em larga escala, porém, não demandam grande infraestrutura além do abastecimento energético da planta em si, e podem ser instaladas em qualquer lugar com fornecimento de eletricidade e espaço.

Assim, a instalação de plantas de mineração abastecidas por energia solar e eólica torna economicamente viável o investimento nessas fontes energéticas em locais onde isso não seria possível de outra maneira, podendo inclusive criar uma infraestrutura maior, capaz de futuramente ser aproveitada por outras atividades econômicas.

Teremos baterias Tesla em casa algum dia?

Hoje, não apenas empresas podem se valer de energia solar, mas também as pessoas físicas, nas suas residências. A instalação de painéis solares em casa vem se popularizando cada vez mais, se tornando financeiramente viável para cada vez mais pessoas.

A geração de energia solar em casa pode levar a uma economia de até 90% na conta de luz. Mas hoje, no Brasil, ainda é praticamente inviável ter um sistema off-grid como o do projeto de mineração de bitcoin do trio Blockstream, Block e Tesla. A maioria dos sistemas é on-grid (ligado à rede de distribuição de energia), uma vez que o custo e a vida útil das baterias é proibitivo para a pessoa física.

Só que no sistema on-grid, o usuário tem bem menos autonomia, no sentido amplo da palavra. Seus painéis solares só são capazes de abastecer a casa durante o dia e em dias com boa incidência de luz; em dias chuvosos e durante a noite, a energia vem da rede elétrica comum.

A vantagem é que os painéis solares geralmente geram mais energia do que as casas são capazes de consumir, injetando o excedente na rede. Ou seja, os usuários ganham créditos na conta de luz pelo que contribuem no lado da geração, e é isso que barateia tanto a conta.

Porém, em caso de apagão, falta de luz ou racionamento de energia, mesmo o usuário que gera energia solar em casa fica sujeito aos cortes na rede elétrica à qual ele está conectado. Apenas se ele tivesse baterias, capazes de armazenar a energia que ele mesmo gera, ele ficaria totalmente independente da rede - e livre de outros custos também, como os impostos que vêm na conta de luz.

Talvez iniciativas de mineração de bitcoin e outras criptomoedas com energias renováveis contribuam para baratear o preço das baterias para que, num futuro próximo, elas fiquem mais acessíveis também pelas pessoas físicas.

Atualmente, as baterias Megapack, da Tesla, cujo foco é justamente armazenar energia gerada por fontes renováveis, destinam-se apenas a grandes projetos comerciais. Mas quem sabe em breve tenhamos baterias Tesla em casa?

*Com informações da CNBC.

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