🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

A Tesla, de Elon Musk, está provocando uma revolução em uma indústria maior que a de carros elétricos — e ninguém está falando sobre isso!

Empresas que conseguirem entrar na casa dos consumidores com seus produtos terão a oportunidade de organizar o mercado de geração alternativa e autônoma de energia

25 de agosto de 2022
6:34 - atualizado às 13:10
Elon Musk, CEO da Tesla | Vale
Elon Musk, CEO da Tesla - Imagem: Shutterstock

Olá, seja bem-vindo à Estrada do Futuro, onde conversamos semanalmente sobre a intersecção entre investimentos e tecnologia. Geralmente, costumo evitar assuntos que tangenciam as ações da Tesla ou notícias correlatas sobre Elon Musk.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nego todos os pedidos de entrevista para comentar, por exemplo, a novela envolvendo as ações do Twitter.

O motivo é simples: como a mídia é obcecada por ele, as fontes sobre o tema são abundantes. No geral, tenho pouco ou nada a acrescentar.

Na semana passada, porém, mostrando uma vocação natural em privilegiar a fofoca em detrimento da inovação, nenhum veículo de grande circulação publicou sobre o que, na minha opinião, é uma das maiores inovações da Tesla nos últimos anos. 

Essas inovações pouco noticiadas, além de serem uma avenida de crescimento de longo prazo, são um chacoalhão em toda a indústria de geração de energia ao redor do mundo, uma indústria imensa e cada vez mais próxima da disrupção tecnológica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma geradora de energia virtual

Há alguns meses, antes de os preços da gasolina explodirem, quem assustava o nosso bolso de consumidor eram as faturas da energia elétrica.

Leia Também

A famosa "bandeira vermelha" fez explodir o valor das nossas contas e nos presenteou com infinitos anúncios de rádio e televisão convocando todos a passarem menos tempo no chuveiro. 

O baixo nível dos principais reservatórios do país, antes da temporada de chuvas que tivemos em 2022 e que normalizou o quadro hídrico nacional, colocava em risco a nossa capacidade de geração, com muitos especialistas falando abertamente sobre o risco de racionamento.

No Brasil, cerca ⅔ da nossa capacidade de geração de energia vem das usinas hidrelétricas. A maior delas, Itaipu, é uma obra de infraestrutura colossal inaugurada em 1984, mas cujas obras se estenderam por mais de 9 anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Das hidrelétricas aos parques eólicos, usinas geradoras de energia são projetos de infraestrutura grandiosos, com impactos ambientais importantes, além de demandarem todo um planejamento regulatório.

No curto prazo, a única resposta que os mercados são capazes de prover a qualquer choque no ecossistema de geração vem através dos preços: no Brasil, vimos isso com a bandeira vermelha. Na Europa, com as sanções à Rússia, os preços do gás dispararam, respondendo também a um descasamento entre oferta e demanda.

A única maneira de reduzir o risco do sistêmico é diversificando as fontes de geração, o que é muito mais fácil dizer do que fazer.

Geração distribuída

Hoje, tanto no Brasil como ao redor do mundo, não é incomum que consumidores de maior poder aquisitivo equipem suas casas com painéis solares.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como ainda não temos tecnologias de baterias que permitam armazenamento de longo prazo, é comum que mesmo uma residência equipada com painéis mantenha também a sua integração com a rede pública de distribuição. 

Agora, o grau dessa integração varia em termos de incentivos e tecnologia.

Por exemplo, é comum que residências sustentáveis, em determinada época do ano, produzam mais energia do que irão utilizar.

Na ausência de uma capacidade de armazenamento de longo prazo, por que essas residências não poderiam, elas mesmas, injetar esse excedente de volta no sistema, funcionando como pequenas unidades de geração?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa é uma pergunta respondida do ponto de vista tecnológico, porém que ainda desperta discussões em diversos lugares do mundo, especialmente sobre o ponto de vista regulatório.

O experimento da Tesla

Há muitos anos, a Tesla comercializa sua própria bateria de lítio para uso residencial, a Tesla Powerwall. 

Desde o ano passado, eles trabalham no "recrutamento" de clientes que moram na Califórnia, para sua primeira "VPP", que é a sigla em inglês para geradora de energia virtual.

Ao concordar com os termos da VPP, um cliente que possua a suíte de produtos da Tesla passa a injetar energia no sistema de distribuição da Califórnia, sempre que houver a necessidade para isso (em geral, quando os preços sobem).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A VPP, que teve seu primeiro experimento na semana passada, remunera os donos da Powerwall com US$ 2 por cada kWh de energia injetado no sistema.

Com coordenação, esse primeiro experimento contou com 2,3 mil residências e uma capacidade de geração injetada no sistema de 16,5 MW. Essa energia, na média, é suficiente para abastecer praticamente 15 mil residências durante 1 mês!

Este é apenas o primeiro passo da Tesla

Com o sucesso "VPP" da Tesla, é provável que uma parcela cada vez maior dos seus clientes se interessem em entrar no programa.

Esse interesse cria uma oportunidade de mercado enorme para a Tesla. Afinal, a maioria das pessoas não irá comprometer tempo e sanidade mental para operar como trader do mercado de energia local.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Serão a Tesla e outras empresas que conseguirem entrar na casa dos consumidores com seus produtos que organizarão esse mercado, fornecendo ainda mais incentivos para a migração dos consumidores para formas de geração alternativa e autônoma.

Em entrevistas passadas, Elon Musk chegou a mencionar que a oportunidade da Tesla em geração de energia distribuída pode ser até maior do que o seu negócio de veículos elétricos.

Como escrevi na semana passada, há um interesse nacional nos EUA, o maior mercado do mundo, por desenvolver e financiar novas linhas de produtos no segmento de energia sustentável.

A Tesla é apenas mais um exemplo que reforça a necessidade do investidor de tecnologia em calibrar seu portfólio com nomes expostos ao setor. Na semana passada, mencionei as ações da First Solar como uma das minhas favoritas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Até semana que vem, 

Richard Camargo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China

14 de outubro de 2025 - 7:48

O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo

13 de outubro de 2025 - 19:58

Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?

13 de outubro de 2025 - 7:40

Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano

TRILHAS DE CARREIRA

ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho

12 de outubro de 2025 - 7:04

Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)

10 de outubro de 2025 - 7:59

No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação

SEXTOU COM O RUY

Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe

10 de outubro de 2025 - 6:03

Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)

9 de outubro de 2025 - 8:06

No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: No news is bad news

8 de outubro de 2025 - 19:59

Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)

8 de outubro de 2025 - 8:10

No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje

7 de outubro de 2025 - 8:26

No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso

7 de outubro de 2025 - 7:37

Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard

6 de outubro de 2025 - 20:00

O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)

6 de outubro de 2025 - 7:54

No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas

DÉCIMO ANDAR

Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?

5 de outubro de 2025 - 8:00

Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)

3 de outubro de 2025 - 8:06

Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos

SEXTOU COM O RUY

Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento

3 de outubro de 2025 - 7:03

Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)

2 de outubro de 2025 - 8:04

No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses

1 de outubro de 2025 - 20:00

Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)

1 de outubro de 2025 - 7:59

Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)

30 de setembro de 2025 - 7:53

Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar