Bolsa apaga perdas no ano, EUA com inflação de 7% e o presente do Papai Noel para a Multiplan: confira as principais notícias do dia
Mais castigada que as bolsas estrangeiras nos primeiros dias do ano, a bolsa brasileira tinha mais perdas para recuperar
Não há nada que o mercado goste mais que uma definição para uma incerteza. Independentemente do resultado, o importante é a redução da ansiedade, para o investidor ser capaz de fazer conta de novo. E hoje teve fim um pequeno ciclo que vinha enchendo os mercados mundiais de volatilidade.
A divulgação, nesta quarta-feira (12), dos dados de inflação nos Estados Unidos, medidos pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), ratificou as perspectivas para os próximos passos da política monetária do Federal Reserve, o banco central americano.
Após a surpresa com a ata do Fed na semana passada e com a maior clareza trazida pelo seu presidente, Jerome Powell, em sua fala de ontem ao Congresso americano, o CPI dentro do esperado pelo mercado deixou o horizonte menos nebuloso e possibilitou um respiro para as bolsas, os juros e o dólar.
A inflação americana foi de 0,5% em dezembro, um pouco acima da mediana das projeções, que era de 0,4%, mas fechou o ano de 2021 em 7,0%, em linha com o esperado. Trata-se da maior inflação ao consumidor nos EUA em 40 anos, o que vem motivando o Fed a promover um forte aperto monetário.
A falta de surpresas nesse indicador pernicioso, porém, animou os investidores hoje, dando espaço para um dia positivo mundo afora.
O Ibovespa fechou em alta de 1,84%, perto da máxima, aos 105.685 pontos, e apagou as perdas do ano. Agora, o índice acumula alta de 0,82% em 2022. Já o dólar à vista fechou em queda de 0,81%, a R$ 5,5348.
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As bolsas europeias e americanas também fecharam em alta, mas de menor intensidade. O Dow Jones subiu 0,11%, o S&P 500 avançou 0,28%, e o Nasdaq ganhou 0,23%. O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais empresas do Velho Continente, fechou em alta de 1,49%.
Mais castigada que as bolsas estrangeiras nos primeiros dias do ano, a bolsa brasileira tinha mais perdas para recuperar. Hoje, mais uma vez a alta das commodities no mercado internacional impulsionou as ações da Petrobras, das mineradoras e das siderúrgicas, papéis de grande peso no Ibovespa.
Além disso, a divulgação do CPI dentro do esperado e a maior definição do cenário à frente aliviaram os juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano. Aliado à queda global do dólar, esse movimento contribuiu para uma forte queda dos juros futuros por aqui.
Isso não só aumentou o apetite geral por risco no mercado doméstico, como beneficiou particularmente as empresas mais castigadas da bolsa brasileira recentemente, que são extremamente sensíveis à dinâmica de juros. É o caso das administradoras de shoppings, varejistas e construtoras, que tiveram algumas das maiores altas do Ibovespa hoje.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
CRIPTOMOEDAS HOJE
Bitcoin (BTC) hoje: criptomoedas sobem mais de 10% após pior resultado da inflação ao consumidor nos EUA em 40 anos. No mercado, existe a ideia de que a “inflação é boa para as criptomoedas”, o que explica, em parte, a alta do dia.
FILHA DE PAPAI NOEL
Multiplan (MULT3) fica entre as maiores altas do Ibovespa após shoppings da empresa superarem as vendas pré-pandemia no último Natal. A companhia divulgou hoje uma prévia operacional recheada de altas que superam os desempenhos recordes do último trimestre de 2019.
AQUISIÇÃO OUSADA
Mirando virada de jogo, Via (VIIA3) aposta no fulfillment e fecha aquisição para aprimorar logística no e-commerce. Aquisição coloca a Via no seleto grupo de empresas que obtêm ganho de escala no custo e no tempo de entrega por meio do fulfillment.
ESTRATÉGIA EM PORTUGAL
Embraer (EMBR3) vende duas fábricas em Portugal por US$ 172 milhões. Negócio foi fechado entre a subsidiária Embraer Portugal e a fornecedora espanhola Aernnova e inclui a venda de todas as ações das unidades industriais.
ALIADO DE PESO
Jack Dorsey, ex-chefe do Twitter, se alia a desenvolvedores de bitcoin (BTC) em batalhas judiciais. Crescente incerteza nos regulamentos de criptomoedas impõe grandes desafios para a expansão da comunidade, e isso inclui ações legais.
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