Ibovespa tem dia de alta apesar de Nova York, BTG rebaixa Nubank e Suzano sofre após lucro decepcionante; confira os destaques
Em outros tempos, um pregão com as características inusitadas desta quinta-feira (10) seria capaz de se destacar e atrair curiosidade – bolsa, dólar e juros em alta e Wall Street no vermelho. Mas não em 2022.
O conturbado cenário internacional segue empurrando os investidores para ativos de países emergentes, principalmente para empresas do setor de commodities, embaladas pela nova alta de 4% do minério de ferro. Os bancões brasileiros, que sofreram na sessão de ontem, também se recuperaram do baque, em antecipação ao balanço do Itaú.
Assim, enquanto os índices americanos amargaram perdas na casa dos 2%, o Ibovespa encerrou o dia com avanço de 0,81%, aos 113.368 pontos. A bolsa brasileira passou ilesa, fechando em uma alta confortável, mas o câmbio e o mercado de juros foram pressionados.
O dólar à vista, que chegou a recuar 1% na mínima do dia, fechou com uma valorização de 0,29%, a R$ 5,2418. O mercado interno surfava a injeção de dólares, mas o fantasma do aperto monetário do Federal Reserve foi quem comandou os negócios lá fora.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) é uma das principais medidas de inflação dos Estados Unidos e avançou mais do que o esperado – subiu 0,6% frente a uma expectativa de 0,4%. Tudo isso em meio a um ambiente de forte geração de vagas de emprego.
Ligando os pontos, o que se tem é um Federal Reserve que precisará rever a velocidade do seu aperto monetário já na próxima reunião e agir de forma mais agressiva. Essa realidade não fica apenas no campo da especulação do mercado. Nesta tarde, James Bullard, presidente do Fed de St. Louis e membro votante nas reuniões do Fomc, afirmou que vê um aumento de 100 pontos-base até julho.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Para os economistas, isso aumenta as apostas de uma elevação de 50 pontos-base no encontro de março. Os retornos dos títulos do Tesouro americano avançaram, com o T-note de 10 anos superando a casa dos 2% pela primeira vez desde agosto de 2019.
Dias como esse podem até ter entrado na rotina, mas não devem durar para sempre. Para Victor Benndorf, da Apollo Investimentos, a intensificação do fluxo estrangeiro foi inesperada, mas três fatores podem limitar a enxurrada nos próximos meses.
A primeira seria uma melhora estrutural das bolsas americanas e europeias após a acomodação do aperto monetário. Nosso processo eleitoral, que deve aquecer nos próximos meses, também pode surgir como um gatilho negativo e, para finalizar, é possível que as blue chips voltem a patamares mais elevados de preço, brecando a vinda de novos investimentos.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
JÁ PODE PEDIR MÚSICA?
De olho roxo: BTG rebaixa recomendação para o Nubank e orienta venda de NUBR33. Depois de Itaú BBA e Empiricus, BTG Pactual entra para a lista das instituições financeiras para as quais o roxinho está sobrevalorizado.
A RAINHA DA CELULOSE
Suzano figura entre as baixas do Ibovespa após redução no lucro, mas BofA aposta em alta de 53% para SUZB3. O apetite pelos papéis também é reduzido pela queda vertiginosa do dólar nos últimos dias, o que pode diminuir os ganhos com exportações.
TRIPULAÇÃO, PREPARAR PARA A DECOLAGEM
Campeã do Ibovespa, Embraer (EMBR3) inicia processo de certificação do seu ‘carro voador’ com a ANAC. Dona do melhor desempenho no índice da bolsa brasileira em 2021 terá ações de controlada responsável pelo eVTOL negociadas na NYSE.
ACERTE SEU RELÓGIO
Bolsa brasileira vai mudar horário de funcionamento com o início do horário de verão dos EUA. Alteração vai acontecer no dia 14 de março e serve para evitar uma lacuna entre o mercado local e Nova York.
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS
Conheça 3 investimentos para surfar a onda de alta do petróleo em 2022. Oferta, demanda, tensões geopolíticas. Tudo isso mexe com a commodity que representa a principal fonte de combustível do mundo. Saiba o que esperar para o petróleo e como se beneficiar da escalada de preços neste ano.
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem