🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Sim, bilionários como Elon Musk devem existir

O problema não está na existência de bilionários, mas na destruição de valor e no populismo orquestrados pelos governos e que favorecem essa minoria

29 de abril de 2022
11:14 - atualizado às 14:40
O bilionário Elon Musk, CEO da Tesla
O bilionário Elon Musk, CEO da Tesla - Imagem: Shutterstock

Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá, nasceu numa região remota do interior do Rio Grande do Sul, tendo se mudado para o Rio de Janeiro, a capital do país, ainda adolescente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na capital, Irineu traçaria uma longa carreira, começando do zero até se tornar o maior "tycoon" (magnata), da história do país.

Em 1867 a fortuna de Mauá atingiria incríveis 60 milhões de dólares, valor superior ao orçamento do governo brasileiro e equivalente a ¼ do patrimônio do Banco da Inglaterra.  

Pelo mesmo período, Cornelius Vanderbilt deixava a maior herança da história americana até então, uma fortuna de US$ 100 milhões.

Tendo fundado o primeiro banco comercial do país, a indústria naval, ferroviária, de saneamento, de iluminação e outros diversos setores, Mauá foi também político, tendo sólida atuação para combater a escravidão, prática abolida em suas empresas. O barão contribuiu até para a chegada do futebol ao Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há poucas dúvidas de que figuras como Mauá tenham colaborado no desenvolvimento do país. Ainda assim, nos tempos atuais, é improvável que tal figura sobrevivesse ao escrutínio da opinião pública.

Leia Também

Bilionários se proliferam

Bilionários se tornaram figuras centrais no debate público, em um mundo onde o problema da fome foi substituído pelo problema da obesidade, e onde a pobreza é um problema de menor atenção do que a desigualdade. 

E eles têm aumentado de forma bastante impressionante. Desde que John D. Rockefeller se tornou o primeiro ser humano a ter mais de $1 bilhão, em 1996, o mundo ganhou um novo bilionário a cada 23 dias e em uma velocidade crescente. Na China de hoje, a cada 4 dias surge um novo bilionário.

É nos Estados Unidos, porém, que o tal “problema” se concentra. Se você possui um pouco mais de memória, deve lembrar que há alguns anos um grupo de manifestantes ocupou o distrito financeiro de Nova York para protestar contra a acumulação de riqueza nas mãos do 1% mais rico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trata-se de um movimento que ganhou fama mundial, mas que não duraria tanto tempo.

O motivo para isso não é lá muito difícil de entender. Nos EUA, os 3% mais ricos possuem um patrimônio superior a $1 milhão. Em locais como Nova York, há 1 milionário para cada 9 habitantes, já na Califórnia a proporção é de 1 para 10.

Culpar os milionários por lá significa muitas vezes culpar seus pais, seus vizinhos, e convenhamos, não é esperado que alguém vá culpar a si mesmo ou sua família pelos problemas do mundo. Fica evidente portanto que o problema não é o 1% milionário, mas os bilionários!

No Brasil então, o caso sequer foi cogitado, pois logo se percebeu que o 1% mais rico por aqui inclui também parte do funcionalismo público que ganha mais de R$ 15 mil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O verdadeiro problema

A discussão americana em torno da riqueza acumulada por determinados indivíduos cresceu nos últimos em uma velocidade similar a outro problema, deixado de lado no debate: a desvalorização da moeda. 

Desde a crise de 2008, bancos centrais entraram em uma espiral de queda nos juros e impressão de dinheiro. O resultado é que temos hoje uma liquidez jamais vista na história, e que colabora para o aumento do número de bilionários.

No mundo dos juros negativos, é possível operar negócios que crescem queimando caixa e não tem lucro. Basta uma boa ideia, engajamento do número de clientes, e os recursos fluem, alimentando uma quantidade cada vez mais impressionante de “unicórnios”, como são chamadas as empresas com mais de $1 bilhão.

E nessa espiral, os mais ricos se beneficiam como ninguém. A lógica é relativamente simples: o crédito ofertado aumenta, pessoas que possuem bens e direitos utilizam estes recursos para conseguir crédito e compram novos bens e direitos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tal lógica passa longe do debate público, ocupado demais em encontrar soluções fáceis, como a taxação de grandes fortunas.

A culpa não é do Elon Musk

No mundo encantado da política e das ideias políticas, tudo é muito simples. Cria-se um novo imposto, políticos têm mais recursos para gerir e podem enfim solucionar os problemas do mundo.

Se você tirar cinco segundos para refletir, porém, verá que o mundo continua com inúmeros problemas, mesmo que dos US$ 83 trilhões em riqueza que o mundo cria todos os anos, políticos abocanham ao menos US$ 25 trilhões.

Seria absurdo portanto supor que ainda existe fome no mundo pois Elon Musk não paga US$ 6 bilhões por ano em impostos (de fato, Musk pagou US$ 15 bilhões em imposto no último ano).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas a lógica permanece, em um mundo onde problemas complexos recorrem a respostas fáceis e completamente erradas.

Na outra ponta, respostas não tão fáceis, como o bitcoin, também estão na mesa para aqueles que decidirem ir além dos tais cinco segundos. 

Trata-se de uma alternativa monetária fixa, que reconhece o valor da escassez e entende que o dinheiro não pode ser criado por mera vontade política, e que ampliar a quantidade de moeda no mundo, sem ampliar a riqueza produzida, significa pura e simplesmente inflação.

O algoritmo do bitcoin e a sua própria formação histórica entendem o valor da estabilidade e previsibilidade. Por conta disso, enquanto o mundo bate recordes de inflação, a emissão de bitcoins segue exatamente o que diz o algoritmo, levando a uma diminuição no total disponível, tendo em vista o aumento de bitcoins entesourados. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ideia em si é fugir da insanidade monetária que vivemos.

É nítido, portanto, que há algo de errado com o excesso de bilionários ou a velocidade com que eles surgem e acumulam riqueza, mas o problema passa longe da existência, ou não, de bilionários em si.

Vivemos em um mundo onde a moeda perde valor constantemente, a inflação tira o sono das famílias e nossos políticos ignoram por completo as causas, focando em tentativas populistas de ludibriar a população com soluções simplistas.

Bilionários, ou os muito ricos, existiram ao longo da história do capitalismo pela capacidade de desenvolver soluções para os problemas da sociedade. Não há qualquer problema nisso, ao contrário da destruição de valor e do populismo orquestrados pelos governos e que favorece essa minoria. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar