O rali do dólar, a corrida dos bancos, dívidas da Oi (OIBR3) e outros destaques do dia
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

Parece que o rali de final de ano dos mercados vai acontecer. Mas ele não será do jeito que o investidor imaginava, com o Ibovespa registrando fortes altas na última semana de 2022.
Na verdade, quem acelerou nos últimos dois dias foi o dólar. A moeda norte-americana fechou em alta pela segunda vez consecutiva e anotou ganhos de 1,48% nesta terça-feira (27), cotada em R$ 5,2866.
Uma das razões para o avanço é técnica: não haverá expediente bancário na próxima sexta-feira (30) e, com isso, as rolagens de contratos cambiais para a definição da Ptax — taxa de referência para o câmbio calculada pelo Banco Central — estão sendo antecipadas.
Outro elemento por trás da pressão do dólar é a incerteza política. A menos de uma semana da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mercado ainda aguarda a definição de quem estará a frente de todos os ministérios do futuro governo.
O convite à senadora Simone Tebet (MDB-MS) para o Ministério do Planejamento já foi aceito pela parlamentar e pelo partido, segundo informações do deputado Alexandre Padilha (PT-SP), futuro chefe das Relações Institucionais.
A indicação deve ser formalizada por Lula em breve, mas ainda faltam outros 15 nomes para compor o governo. Pastas de destaque como a do Meio Ambiente e Agricultura ainda precisam ser oficializadas.
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Se a incerteza impulsiona a cotação do dólar, no Ibovespa o efeito é o contrário. O índice sentiu novamente as dificuldades trazidas pela liquidez reduzida nos mercados e os ruídos políticos.
A volta das negociações nos Estados Unidos e em parte da Europa não ajudou a trazer ânimo para o mercado local — as bolsas do velho continente e as norte-americanas fecharam sem direção definida.
Além disso, os bancos — setor de peso na carteira do índice — também operaram no vermelho hoje e atrapalharam a virada positiva do Ibovespa. O saldo final do dia foi uma queda de 0,15%, aos 108.758 pontos.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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DEVO, NÃO NEGO
Oi (OIBR3) não vai quitar dívida de credores antecipadamente e papel cai mais de 5%. Segundo a operadora, não há receita líquida suficiente — condição necessária para que o pagamento fosse feito.
AÇÕES COMO MOEDA
Orizon (ORVR3) fará aumento de capital para pagar por aquisição e bônus de diretores acertado no IPO. A empresa de tratamento de resíduos, que abriu o capital na B3 em fevereiro de 2021, vai emitir R$ 348,2 milhões em novos papéis para acertar as contas.
E AGORA, MUSK?
Tesla capotou? Valor de mercado da empresa de Elon Musk cai 68% em 2022 e é uma das maiores perdedoras do S&P 500. As ações TSLA desabaram mais 11% na Nasdaq nesta terça-feira (27), após a montadora estender o prazo de suspensão da produção de automóveis na fábrica de Xangai.
PLANEJANDO O FUTURO
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