O Ibovespa na órbita do dólar: o desafio da bolsa brasileira para se descolar de Wall Street e os 4 anos do Seu Dinheiro
Enquanto o dólar forte azeda o dia dos ativos de risco, conheça os investimentos mais rentáveis dos últimos quatro anos e confira a entrevista coletiva com o CEO da MRV

O Ibovespa vai precisar se esforçar bastante para escapar do campo gravitacional de Wall Street no início de uma semana decisiva para as eleições presidenciais por aqui.
O aumento do custo dos empréstimos nos Estados Unidos e a alta do dólar em relação a outras moedas fortes pesam sobre os ativos de risco ao redor do globo na manhã desta segunda-feira.
A libra encontra-se em sua mínima histórica ante o dólar. Já o euro pega carona no movimento e imita a libra.
Analistas colocam o derretimento da moeda britânica na conta de Liz Truss, a nova primeira-ministra do Reino Unido. Na semana passada, ela anunciou um amplo pacote de cortes de impostos acompanhado de aumento de gastos.
As medidas não foram bem recebidas nem dentro nem fora do Reino Unido. Participantes do mercado especulam que o governo britânico será obrigado a emitir dívida em grande escala para financiar os cortes de impostos. Também não está descartada uma intervenção mais agressiva por parte do BoE, o banco central da Inglaterra, sobre a taxa de juro.
Ainda na Europa, a conservadora Giorgia Meloni reivindicou a vitória nas eleições do fim de semana na Itália e deve se tornar a primeira mulher a governar o país. Também será a primeira vez desde os tempos do líder fascista de Benito Mussolini que a extrema-direita estará à frente do governo italiano.
Por aqui, a expectativa gira em torno do manifesto de Ciro Gomes (PDT). Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o pedetista anunciou que fará hoje uma transmissão ao vivo para divulgar “um importante manifesto à nação”.
Também nesta segunda-feira, a nova rodada da pesquisa BTG/FSB mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 48% dos votos válidos em primeiro turno. O índice coloca no radar a possibilidade de vitória de Lula sem a necessidade de um tira-teima com Jair Bolsonaro (PL), mas no extremo superior da margem de erro.
Aqui você descobre como tudo isso vai mexer com os mercados financeiros hoje.
O quanto rendeu o seu dinheiro em quatro anos
Enquanto isso, seguimos com as comemorações de 4 anos do Seu Dinheiro.
Neste minucioso levantamento da Julia Wiltgen, você vai encontrar um ranking de quais foram os melhores investimentos desde o lançamento do Seu Dinheiro, em 2018.
O bitcoin foi o melhor investimento do período, mas deixou um gosto amargo nos últimos meses. Confira aqui o ranking completo.
Ainda mirando as celebrações de 4 anos do Seu Dinheiro, a Larissa Vitória entrevistou o CEO da MRV, Rafael Menin. Na conversa, Menin explicou por que as margens da construtora foram comprimidas nos últimos trimestres.
E ele tem confiança no início de uma nova fase para o setor diante das mudanças nas regras do programa Casa Verde e Amarela, do arrefecimento da inflação e do fim do ciclo de alta da taxa Selic. Vale a pena conferir essa entrevista exclusiva!
E, caso você não tenha visto no sábado, o estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, concedeu uma entrevista ao Vinícius Pinheiro. Ele disse acreditar que a bolsa vai andar bem depois das eleições - e sem o risco de ruptura política. Leia aqui a íntegra da entrevista.
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O que você precisa saber hoje
SEM PÂNICO
Nubank faliu? Entenda o que está acontecendo com a empresa. A migração de BDRs da instituição financeira na bolsa brasileira se transformou num medo coletivo (e injustificado) de que o banco digital feche as portas no Brasil.
ESPECIAL ELEIÇÕES 2022
Qual o melhor candidato à Presidência para o investidor pessoa física? Confira os detalhes na nossa série sobre as propostas que mais afetam o seu bolso. A uma semana do primeiro turno das eleições, saiba quais plataformas de Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet podem mexer com o mercado e os seus investimentos.
TAX THE RICH!
Imposto sobre heranças vai aumentar? Saiba quais candidatos à presidência são a favor de tributá-las ou de taxar grandes fortunas. A discussão sobre o aumento de impostos sobre os ricos ou os “super-ricos” é tendência mundial, e no Brasil não é diferente. Mas nem todos os candidatos à presidência têm propostas nesse sentido. Entenda.
POLÍTICA MONETÁRIA
Bancos centrais podem elevar riscos ao aumentar juros ao mesmo tempo. Economistas alertam que os bancos centrais ameaçam ir longe demais e empurrar a economia mundial para uma recessão mais profunda do que o necessário.
COM A PALAVRA, PROFESSOR BARONI
‘Já passou da hora de alguns gestores autoliquidarem fundos imobiliários.’ Saiba o que pensa um dos maiores especialistas de FIIs do país sobre a consolidação da indústria. Professor Baroni, analista da Suno Research, discute o excesso de opções no mercado.
Uma boa semana para você!
Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A Petrobras (PETR4) despencou — oportunidade ou armadilha?
A forte queda das ações tem menos relação com resultados e dividendos do segundo trimestre, e mais a ver com perspectivas de entrada em segmentos menos rentáveis no futuro, além de possíveis interferências políticas
Tamanho não é documento na bolsa: Ibovespa digere pacote enquanto aguarda balanço do Banco do Brasil
Além do balanço do Banco do Brasil, investidores também estão de olho no resultado do Nubank
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
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O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
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Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
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Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
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Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
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O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
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No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
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Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda