Um extintor de incêndio para o mercado? Lula e a PEC da Transição, o milagre do Magazine Luiza, Petrobras e as notícias que mexem com o seu bolso
A PEC da Transição trouxe à tona a desconfiança mútua entre setores do governo eleito e a maior parte do mercado financeiro, com temores de um aprofundamento da crise fiscal
O próximo governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai começar formalmente em janeiro de 2023. Ainda falta mais de um mês para a posse, mas é como se ele já estivesse governando.
A política, assim como a natureza, abomina o vácuo. Jair Bolsonaro (PL) distanciou-se dos compromissos públicos depois da derrota nas urnas e Lula ocupou o espaço. Com seus bônus e ônus.
Com a mesma intensidade com que foi celebrado na COP-27, a cúpula climática promovida pela ONU no Egito, Lula já está sob forte escrutínio interno. Da imprensa, do mercado financeiro, de adversários e até mesmo de aliados. Cada um em seu papel. Tudo como deve ser em um ambiente de normalidade democrática.
O que mais tem chamado a atenção nos últimos dias é a repercussão da PEC da Transição. Ela trouxe à tona a desconfiança mútua entre setores do governo eleito e a maior parte do mercado financeiro.
Em meio a temores de um aprofundamento da crise fiscal, o Ibovespa reagiu em forte queda enquanto o dólar e os juros projetados dos títulos públicos dispararam.
E talvez essa reação constitua o primeiro grande teste à ampla coalizão formada por Lula para derrotar Bolsonaro.
Leia Também
Enquanto o presidente eleito manteve o tom de confronto, coube a seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), o papel de bombeiro.
Diante das críticas ao pedido do governo eleito para tirar do mecanismo de teto de gastos quase R$ 200 bilhões, Alckmin posou de fiador na noite de ontem.
Onde o mercado vê motivo para estresse, o vice-presidente eleito vê razão para otimismo. Ele considera a reação “momentânea”.
Alckmin também qualificou como “inexequível” o orçamento deixado por Bolsonaro, o que teria motivado a PEC. Disse que “haverá superávit primário, haverá redução da dívida, mas isso não se faz em 24 horas, se faz no tempo”.
Prometeu uma "ampla revisão de contratos vigentes" firmados pelo governo federal. E foi além: pregou um conjunto de medidas para estimular o crescimento da economia, o que inclui priorizar uma reforma tributária, buscar acordos comerciais e investimentos externos em obras de infraestrutura, além de desburocratizar e digitalizar o governo.
Mas uma coisa é posar de bombeiro. Outra é debelar o incêndio.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
CORRENDO ATRÁS DO PREJUÍZO
Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e outras varejistas apostam alto no fim de ano, mas um milagre de Natal é improvável. As vendas podem até crescer com a chegada da Copa do Mundo, da Black Friday e do Natal, mas não há como reverter os números ruins dos últimos meses. Entenda a situação.
CASAMENTO APROVADO
Nasce uma gigante dos shoppings: Cade dá sinal verde para a fusão entre Aliansce Sonae (ALSO3) e brMalls (BRML3) sem restrições. As companhias já haviam se antecipado a possíveis remédios prescritos pelo regulador e realizaram desinvestimentos milionários.
MENOS UM DESINVESTIMENTO
‘Efeito Lula’ ou ofertas baixas? Petrobras (PETR4) encerra processo de venda de refinaria mineira. A estatal explicou, em comunicado enviado à CVM, que avaliará o momento adequado para iniciar um novo processo competitivo pelo ativo.
BALANÇO
Stone (STNE) sobe 18% no pré-mercado em Nova York após resultado do terceiro trimestre. A empresa de maquininhas deixou o prejuízo para trás entre julho e setembro e sinalizou que deve continuar em ritmo de crescimento nos três últimos meses do ano.
SEU DINHEIRO NA COPA
Bancos vão funcionar em horário especial nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), todos os serviços digitais e caixas eletrônicos funcionarão normalmente durante as partidas da Copa do Mundo.
LOTERIAS
Duas apostas levam a Lotofácil, enquanto a Quina acumula. Um bilhete registrado em Manaus e outro em São Paulo darão direito a prêmios individuais de mais de R$ 650 mil no sorteio. Confira os resultados e saiba se foi você quem levou a bolada.
SEXTOU COM O RUY
A bolsa não para de cair? Tem investidor lucrando muito com isso. Neste momento, é importante ter um portfólio balanceado, com renda fixa e ações. Mas, segundo o colunista Ruy Hungria, existe uma outra classe de ativos que até tem se aproveitado do mau humor recente.
Uma boa sexta-feira para você!
Por que as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) chegaram a saltar 10% hoje — e o que o empresário Nelson Tanure tem a ver com isso
O impulso dos papéis vem na esteira de rumores sobre uma potencial combinação de negócios entre a rede de supermercados Grupo Dia e o GPA
Ybyrá Capital anuncia aumento de capital de R$ 3 bilhões para impulsionar expansão dos negócios
Com isso, companhia tem seu capital total elevado para R$ 7,666 bilhões; operação inclui a emissão de 37,5 milhões de novas ações preferenciais
Efeito Milei leva principal ETF de ações argentinas a superar os US$ 800 milhões em patrimônio
Desde a posse de Milei, o patrimônio do fundo Global X MSCI Argentina (ARGT) se multiplicou por seis; ETF sobe quase 70% no ano
Uma ação que já disparou 150% no ano ainda pode mais? Itaú BBA diz o que esperar da Embraer (EMBR3) daqui para frente
O valuation da fabricante brasileira de aeronaves é uma preocupação para os investidores atualmente; o banco fez uma comparação com a Airbus e diz qual delas vale a pena
O pior ficará em 2024? Com queda de 47% no ano, ação da Kora (KRSA3) sobe após conclusão de reperfilamento da dívida
Depois de se debruçar nos últimos meses na operação, a companhia agora tem os instrumentos necessários para fortalecer sua estrutura de capital e também a liquidez
Compra com desconto e potencial de alta de 55%: por que o JP Morgan recomenda você ter Inter (INBR32) na carteira
Com isso, a expectativa do JP Morgan é de uma valorização dos BDRs da ordem de 55%, com o preço-alvo de R$ 42,00 para o fim de 2025
Simpar (SIMH3) detalha acordo de aquisição da Automob por R$ 226 milhões e afirma que operação não afeta reorganização da empresa
O montante será pago em parcelas anuais iguais a partir de 31 de dezembro de 2025 até a mesma data de 2028
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
A Selic subiu, o dólar disparou e chegou a hora de fazer alguns ajustes no portfólio – mas sem exageros
Muitas vezes os investidores confundem “ajustes” com “mudança completa” e podem acabar sendo pegos no contrapé, perdendo muito dinheiro com aquilo que acreditavam ser uma estratégia defensiva
“Não vamos tomar atalho na estratégia só para agradar a qualquer custo”, diz CEO da Veste
Das 172 lojas das marcas Le Lis, Dudalina, John John, Bo.Bô e Individual, 58 devem estar repaginadas e prontas para lucrar mais até o final do ano
Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG
Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente
Após 15 anos — e muito juro pela frente —, IPO do Bradesco Seguros pode finalmente sair do papel? Bancões têm altas expectativas que sim
Oferta colocaria banco ao lado de outras instituições que já tem seus segmentos de seguros com capital aberto em bolsa
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Happy Hour garantido para os acionistas da Ambev (ABEV3): Gigante das cervejas vai distribuir R$ 10,5 bilhões em dividendos e JCP
A chuva de proventos da Ambev deve pingar em duas datas. Os JCP serão pagos em 30 de dezembro deste ano, enquanto os dividendos serão depositados em 7 de janeiro de 2025
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Energia limpa e dados quentes: Brasil é o ‘El Dorado’ da Inteligência Artificial — e a chave da equação perfeita para ramo que deu 90% das receitas da Nvidia (NVDC34)
Para Marcel Saraiva, gerente de vendas da divisão Enterprise da Nvidia no Brasil, país precisa seguir um caminho para realizar o sonho da soberania de IA
Hapvida (HAPV3) sobe na B3 em meio a estimativas sobre novos reajustes nos planos de saúde — mas esse bancão ainda prefere outras duas ações do setor
Em contas preliminares do BTG Pactual, os planos de saúde individuais devem passar por um aumento de cerca de 5,6% nos preços para o ciclo 2025-26
Hidrovias do Brasil (HBSA3) pede autorização para vender 20% dos ativos e ações sobem na B3. Vale a pena embarcar nessa agora?
Companhia viu lucro virar prejuízo no terceiro trimestre, já anunciou aumento de capital e papéis já acumulam mais de 26% de perdas no ano
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro