Mercado em 5 Minutos: Sem sinal de sombra e água fresca nas bolsas internacionais
Há expectativa com os dados de inflação nos EUA, programados para esta semana. Por aqui, acompanhamos a valsa internacional ao passo em que nos atentamos às eleições presidenciais

Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam predominantemente em baixa nesta segunda-feira (10), seguindo as movimentações negativas dos mercados globais na sexta-feira passada (7), depois que os dados de emprego nos EUA robustos levantaram sérias preocupações sobre as perspectivas para as taxas de juros.
Os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro americano avançaram com a divulgação dos dados, com o yield de dez anos subindo pela terceira sessão consecutiva.
A situação não é mais fácil na Europa, que cai com a tensão na guerra na Ucrânia, repercutindo também a situação política e inflacionária bem delicada do continente.
Os futuros americanos começam a semana, pelo menos por enquanto, em queda, no aguardo dos dados de inflação. Há expectativa elevada com os dados de inflação nos EUA, programados para divulgação nesta semana.
No Brasil, acompanhamos a música internacional ao passo em que também nos atentamos às eleições presidenciais. A ver...
- Leia também: Ibovespa futuro abre em queda e acompanha cautela do exterior, apesar de deflação do IGP-M de outubro; dólar cai
00:46 — O jogo é jogado e o lambari é pescado
A realidade brasileira tem se saído melhor do que a internacional, mesmo depois da queda da última sexta-feira (o consolidado da semana foi muito bom, ainda assim).
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Os investidores repercutem os efeitos do início da campanha de segundo turno, em que deveremos ter um resultado bem apertado entre Lula e Bolsonaro.
As pesquisas eleitorais seguem indicando um favoritismo de Lula, mas isso pode mudar ao longo das próximas semanas, o que seria um vetor de preço interessante.
O primeiro debate entre os dois está marcado para o dia 16 de outubro (deverá ser bem agressivo e pouco focado em propostas).
Até lá, podemos nos debruçar sobre dados econômicos locais, formação de expectativas quanto a temporada de resultados e o ambiente internacional.
Há espaço para que consigamos nos descolar do sentimento estrangeiro mais pessimista, mas não é o que acontece nesta manhã lá fora, com a queda de algumas ADRs brasileiras no pre-market americano.
01:32 — Inflação, ata do Fed e temporada de resultados
Nos EUA, teremos uma semana agitada pela frente, com os dados de inflação sendo apresentados na quinta-feira e o início da temporada de resultados do terceiro trimestre, começando com os grandes bancos americanos.
O crescimento dos preços ao consumidor acima do esperado aumentaria a pressão sobre os formuladores de políticas monetária para estender os aumentos de 75 pontos-base para além deste ano.
Para adicionar tensão, teremos na quarta-feira a ata da última reunião do Federal Reserve, que pode fornecer informações sobre a direção das autoridades do Fed.
Até agora, os membros do banco central são insistentemente hawkish (contracionistas) em suas mensagens de que nem a volatilidade do mercado financeiro nem a ameaça de uma desaceleração econômica os impedirão de aumentar as taxas.
Na semana passada, o relatório de empregos ofereceu sinais claros de que o mercado de trabalho ainda está mostrando força notável, mesmo quando começou a recuar de seu pico, com uma política monetária mais apertada e custos trabalhistas mais altos começando a pesar sobre a demanda por pessoal.
A tendência de crescimento mais lento será um sinal bem-vindo para o Federal Reserve.
Por fim, os investidores também estão se preparando para uma eventual decepção com a temporada de resultados, com a maioria dos agentes de mercado antecipando que a temporada empurraria o índice S&P 500 para baixo.
Destaque nesta semana para Citigroup, Delta Air Lines, JPMorgan Chase, Morgan Stanley e PepsiCo.
02:41 — A tensão europeia
As ações europeias caem nesta manhã, caminhando para o quarto dia consecutivo de perdas, muito por conta do aumento das preocupações de que o aperto nas políticas do banco central deve afetar fortemente a economia global e os lucros das empresas.
Há muita instabilidade política no continente, com troca de governo na Itália e na Suécia, bem como incerteza de direcionamento na Inglaterra, Alemanha e França.
Ao mesmo tempo, o aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos aumenta a volatilidade política, prejudicando os governos e agravando a sensação de desordem.
O renascimento de uma direita mais populista na Europa, com a tradicional roupagem nacionalista, é uma consequência disso.
Prejudica os mercados pois acontece em um momento em que o bloco precisaria mostrar unidade diante da crise de energia e da provável recessão.
03:21 — O problema russo
Depois que a ponte que liga a Crimeia à Rússia sofreu um grande golpe e vários ataques foram relatados em toda a Ucrânia, a bolsa de valores de Moscou, aberta na segunda-feira, sofreu uma queda de 12% nos primeiros minutos de negociação.
O índice MOEX, denominado em rublo, caiu para baixo da marca de 1.800 pontos pela primeira vez desde que Moscou enviou tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro.
O movimento aumentou as tensões geopolíticas e, como resultado, os mercados permaneceram voláteis enquanto o mundo aguarda a resposta de Moscou.
Para piorar, a retórica nuclear está ficando mais elevada à medida que a Ucrânia continua a fazer avanços sérios no campo de batalha.
As forças ucranianas recuperaram o controle de milhares de quilômetros quadrados de território desde o início de setembro, especialmente nas áreas recentemente "anexadas" pela Rússia.
Os acontecimentos estão empurrando Vladimir Putin para uma posição difícil, onde ele deve decidir como pintar a guerra como uma vitória e um meio de negociação, ou dobrar uma estratégia de destruição cada vez mais sombria.
Com isso, pela primeira vez desde a crise dos mísseis cubanos, temos uma ameaça direta ao uso de armas nucleares se de fato as coisas continuarem no caminho que estão indo.
04:20 — Um aceno aos progressistas
Na semana passada, o presidente Biden dos EUA acenou para a base mais progressistas do partido Democrata ao avançar na sua agenda relacionada com a cannabis.
Para tal, foi anunciado os maiores passos já dados pelo governo federal americano para descriminalizar a maconha ao:
- Perdoar todos os americanos condenados por porte simples sob a lei federal; e
- Instruir as agências a revisar como o governo classifica a maconha (a maconha é atualmente classificada como uma droga de Classe 1 sob a lei federal, colocando-a na mesma categoria que o LSD e a heroína).
E qual a ideia do movimento? Bem, estima-se que cerca de nove em cada 10 americanos apoiam o uso recreativo ou médico da maconha, e tantos estados já afrouxaram as regras que quase metade dos americanos pode consumir legalmente cannabis recreativa.
Consequentemente, a Casa Branca acredita que a proposta progressista possa motivar as bases a irem às urnas nas eleições de meio de mandato em novembro — os republicanos podem virar uma das duas casas legislativas, o que esterilizaria boa parte do governo Biden pelos próximos 2 anos.
Para quem tem interesse nesse mercado, vale checar maneiras de se expor à tese, que deverá andar bem caso os Democratas saiam melhor do que o esperado nas eleições de meio de mandato.
Para os investidores qualificados temos o fundo Canabidiol. Já para o público em geral, temos o Cannabis Ativo.
Investir neste mercado é uma maneira de se antecipar a um movimento gigantesco no mercado financeiro.
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