🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Mercado em 5 Minutos: Os investidores não podem ser ansiosos (mas invariavelmente são)

No Brasil, o contexto eleitoral é central e vem fazendo preço desde antes do primeiro turno, repercutindo bem sobre o mercado pela composição legislativa a partir de 2023

5 de outubro de 2022
9:31
Imagem: Shutterstock

Bom dia, pessoal. Lá fora, as ações asiáticas subiram nesta quarta-feira (5), com os investidores esperançosos de que os futuros aumentos das taxas de juros globais possam se tornar menos agressivos em meio aos primeiros sinais de que o aperto da política monetário estava funcionando para moderar as pressões de preços em algumas das principais economias mundiais (os mercados se animaram com isso ontem). 

Nesta manhã, por outro lado, os mercados europeus estão caindo unilateralmente, depois de subirem bem na terça-feira, apesar dos dados assustadores de inflação ao produtor na Zona do Euro (os preços europeus não cedem). 

Nos EUA, os futuros dos índices também não conseguem sustentar alta e corrigem o avanço de ontem. As ADRs brasileiras não estão tão bem, igualmente pressionadas pela queda das commodities. A ver... 

00:30 — Inspire, expire, inspire, expire…

No Brasil, o contexto central é o eleitoral, que vem fazendo preço desde a semana anterior ao primeiro turno, que acabou repercutindo bem sobre o mercado pela composição legislativa a partir de 2023. 

Na corrida por apoios, Bolsonaro conseguiu o que queria logo de início, agregando as lideranças de Romeu Zema, de Minas Gerais, Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, e Rodrigo Garcia, de São Paulo (o PSDB deixou aberto para cada diretório tomar sua decisão, mas o movimento não foi bem recebido dentro do partido, já fragilizado).  

Enquanto isso, Lula já teve o apoio do PDT e de seu candidato, Ciro Gomes, que apesar de não ter se referido diretamente ao presidenciável petista, declarou que segue a decisão de seu partido. Simone Tebet e o MDB devem se manifestar hoje sobre a questão. 

Leia Também

Falta pouco para Lula ganhar, mas se o petista não se apressar em convergir para o centro de maneira mais evidente, Bolsonaro pode largar adiantado. 

Saindo da temática política, avaliamos hoje os dados de produção industrial de agosto, do IBGE. O indicador deverá apresentar queda de 0,6% na comparação mensal, mas alta de 2,3% na anual, ao menos é o que nos conta a mediana das estimativas. 

Eventual surpresa positiva pode servir de gatilho doméstico, uma vez que a tese de crescimento destacado brasileiro se confirma em 2022. 

01:23 — Uma notícia ruim que não foi tão ruim assim

Ontem, nos EUA, o mercado americano reagiu bem a uma notícia ruim do ponto de vista da atividade; afinal, os sinais de uma economia mais fraca significam inflação mais baixa, o que se traduz em menor aperto da política monetária, que leva a taxas de juros mais baixas e que, por sua vez, possibilita a valorização das ações. 

Contudo, se trata da mesma ansiedade que norteou os mercados internacionais no início do terceiro trimestre: sentimento esse que se inverteu completamente até o final de setembro. 

Não podemos nos deixar levar pela ansiedade. Se na terça-feira foi o relatório sobre vagas de emprego e rotatividade de mão de obra que impulsionou o mercado, ao vir mais fraco do que o esperado, hoje temos a pesquisa nacional de emprego para setembro. 

Deve haver uma adição de 200 mil empregos no setor privado, após um aumento de 132 mil em agosto (frustrações ou surpresas positivas terão efeitos sobre o mercado). 

Ainda assim, tudo isso é secundário frente ao dado de payroll, na sexta-feira. 

02:03 — Os inúmeros problemas europeus 

Depois de recuar em seu plano fiscal mirabolante, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, deverá falar hoje com o mercado, prestando conta sobre as movimentações recentes. 

Um tipo de comunicado que seria pouco relevante ganha contornos importantes para sabermos o que acontecerá com uma das principais economias europeias — o foco permanece no endividamento insustentável do Reino Unido. 

Paralelamente, segue a repercussão sobre o Credit Suisse, já comentada brevemente por aqui em ocasião recente

Depois de forte desvalorização nas últimas semanas, as ações do Credit Suisse tiveram uma certa recuperação ontem, apesar de nada ter diminuído o risco do banco (na sexta-feira passada, o risco de crédito do banco suíço atingiu um patamar recorde após rumores de iliquidez se espalharem). 

Mesmo com a recuperação, as ações ainda caem cerca de 60% neste ano em meio à desconfiança do investidor. O banco pode ser um novo Lehman? Difícil dizer isso. 

Todo investidor quer encontrar um novo Lehman (tentaram até já transformar incorporadora chinesa no Lehman Brothers chinês). 

A verdade é que não deveremos ter um contágio muito severo tal qual o de 2008 em caso de quebra do banco. Seria ruim, claro, mas não tanto.  

03:32 — O dia da reunião da OPEP+ chegou 

A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo tiveram um lucro inesperado graças ao petróleo subindo acima de US$ 125 o barril após a invasão da Ucrânia pela Rússia. 

No entanto, os preços caíram desde junho, à medida que o dólar se fortalece, a economia global enfraquece e os bloqueios de coronavírus da China continuam. 

Agora, a Opep+ se reunirá presencialmente nesta quarta-feira pela primeira vez desde o início de 2020. 

O que está em jogo? Um possível grande corte de produção para que haja novamente ganho de preços, variável mais instável nos últimos meses. 

Assim, o grupo de 23 países, liderado pela Arábia Saudita e Rússia, está considerando uma redução de mais de 1 milhão de barris por dia. 

A perspectiva de tal movimento já impulsionou os mercados de petróleo, com o Brent subindo de volta para cima de US$ 90 por barril. 

Embora os preços mais altos sejam uma bênção para os produtores, eles podem prejudicar os principais importadores, que estão lutando contra a inflação impulsionada pela energia. 

Eventualmente, um corte de até 2 milhões de barris por dia pode estar na mesa, ainda que menos provável. 

04:31 — Uma situação fiscal preocupante 

Quando falamos de situação fiscal preocupante, normalmente pensamos no Brasil. De fato, o panorama fiscal brasileiro é difícil de se lidar; contudo, o problema parece ir além de nossas fronteiras. 

Em 2022, até o final do primeiro semestre, a relação dívida/PIB global atingiu 350%, com possibilidade de piorar para 352% nesta segunda metade do ano, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF). 

Curiosamente, em termos nominais, o montante deve sofrer um recuo de mais de US$ 5 trilhões, para algo em torno de US$ 300 trilhões no total, principalmente por conta da desvalorização das principais moedas do mundo ante o dólar. 

Os mais endividados, por incrível que pareça, são os países desenvolvidos, com dois terços desse total. O quadro é de vulnerabilidade e fragilidade das economias centrais. 

Em meio à elevação dos juros, o que piora o custo da dívida, a questão fiscal deverá se tornar central entre as lideranças globais nesta década. 

Os governos ainda estão de ressaca depois dos gastos durante a pandemia... Com o fim da era do dinheiro fácil e dos juros negativos, precisamos repensar as estruturas fiscais ao redor do mundo. 

A conta chega para todo mundo e ela é bem salgada. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ABRINDO A TEMPORADA

Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?

30 de abril de 2025 - 11:58

Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram

Mundo FIIs

Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento

30 de abril de 2025 - 11:06

Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado

30 de abril de 2025 - 8:03

Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos

DERRETENDO

Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?

29 de abril de 2025 - 17:09

Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado

EM ALTA

Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa

29 de abril de 2025 - 12:02

Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho

29 de abril de 2025 - 8:30

Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

Insights Assimétricos

Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide

29 de abril de 2025 - 6:06

Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

ABRINDO OS TRABALHOS

Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos

28 de abril de 2025 - 6:05

Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central 

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

QUEDA LIVRE

Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea

25 de abril de 2025 - 18:03

No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira

TCHAU, B3!

OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira

25 de abril de 2025 - 13:42

Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

RUMO AOS EUA

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas

25 de abril de 2025 - 10:54

Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar