🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView

Mercado em 5 Minutos: O terror sem fim das bolsas internacionais

Bolsas globais caem para o patamar mais baixo em dois anos, refletindo as taxas de juros mais elevadas, que intensificaram os temores de uma recessão global

28 de setembro de 2022
9:32
Investidores, medo, assustado, terror, mercados, queda
Imagem: Pixabay

Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados globais estão caindo nesta manhã para o patamar mais baixo em dois anos, refletindo as taxas de juros mais elevadas, que intensificaram os temores de uma recessão global e enviaram os investidores para os braços da moeda americana (o dólar está sendo usado como um porto-seguro mais do que nunca). 

Ao mesmo tempo, nos EUA, os rendimentos dos títulos de 10 anos chegaram a 4,0% pela primeira vez desde 2010, com os mercados apostando que o Federal Reserve poderia ter que levar as taxas para cima de 4,5% em sua batalha contra a inflação. 

O movimento tem efeito sobre os mercados europeus e futuros americanos, que caem. 

Na Ásia, as ações também caíram nesta quarta-feira, acompanhando o contexto turbulento no Ocidente. 

Consequentemente, o Brasil, que até então vinha conseguindo se desvencilhar dessa realidade mais pessimista global, agora embarca junto aos pares internacionais em sucessivos movimentos de correção.  A ver... 

00:45 — Digerindo a ata do Copom e o IPCA-15

Por aqui, no Brasil, os investidores não conseguem fugir do pessimismo generalizado também verificado no panorama internacional, apesar de certo otimismo com o processo de desinflação que vivemos, como pudemos verificar pelo IPCA-15 de ontem, que registrou queda de 0,37% na comparação mensal, uma deflação maior que a antecipada pelo mercado — o movimento alivia a pressão na curva de juros. 

Ao mesmo tempo, ainda que os dados possam confirmar a tese de final de ciclo de aperto, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) se mostrou cautelosa, como deveria ser. 

Se o pico da inflação ficou para trás, basta regularmos a atuação vocal da autoridade monetária nos próximos meses, de modo a podermos reduzir a Selic já no ano que vem, mais provavelmente na segunda metade de 2023. 

Na agenda, contamos com falas de autoridades monetárias locais, entre elas o próprio Roberto Campos Neto, presidente do BC. 

Fora isso, acompanhamos as novidades dos dados brasileiros de crédito e o relatório mensal da dívida pública, sobre o mês de agosto, a ser comentado ainda hoje, na sequência de sua divulgação (o panorama fiscal nacional é tão importante quanto o monetário para o bom desempenho dos ativos locais). 

01:43 — As falas do Fed

Ao longo do pregão de hoje, nos EUA, vários membros do Federal Reserve terão espaço para falar com o mercado, como aconteceu nos dois primeiros dias desta semana, trazendo mais volatilidade para os ativos. 

Desta vez, o próprio Jerome Powell tem agenda marcada para alguns comentários, devendo manter o tom duro verificado nos discursos de pares, o que continua reforçando a tendência de queda dos ativos de risco por lá, pelo menos enquanto o ciclo de aperto continuar avançando. 

Ontem, o índice Dow Jones e o S&P 500 caíram 0,4% e 0,2%, respectivamente, cada um em seus níveis mais baixos desde novembro de 2020. Ambos os índices acumulam seis dias de perdas e caíram mais de 6% nesse período. 

Basicamente, o mercado de ações segue bastante assustado com o mercado de títulos, que continua subindo e pressionando os valuations das empresas, movimento que deverá se fazer presente hoje e ao longo dos próximos meses (o bear market ainda não acabou). 

02:31 — O problema russo

Ao que tudo indica, o presidente russo, Vladimir Putin, está se movendo para mudar a narrativa de sua guerra na Ucrânia, já que os referendos de anexação de territórios terminaram e devem dar margem para que as quatro regiões ocupadas pela Rússia sejam incorporadas. 

O resultado? Putin poderá reformular sua estratégia, uma vez que passará a argumentar a defesa de seu país em regiões que antes faziam parte da Ucrânia. 

Ao mesmo tempo, a temperatura mais quente volta a apontar para a utilização de armas táticas nucleares, como o próprio Putin já se disse inclinado a utilizar. 

Como se não bastasse, ainda se suspeita de sabotagem no gasoduto Nord Stream, impedindo totalmente o fornecimento de gás aos europeus pela rota (muito estranho o duto de 15 centímetros de espessura ter tido três vazamentos na costa dinamarquesa sozinho em menos de 24 horas). 

Consequentemente os preços energéticos voltam a disparar, pressionando ainda mais a inflação europeia, já em patamares assustadores. 

03:19 — A crise energética europeia se aprofunda 

Em meio à crise energética europeia, o mercado começa a enxergar evidências crescentes de paralisações industriais e racionamento de energia. 

O índice Ifo de sentimento das empresas na Alemanha em setembro sugere que o ritmo de paralisações industriais causadas por custos de energia está acelerando (o indicador está em seu menor patamar histórico).  

Essa evidência crescente de paralisações industriais sustenta uma visão de que os riscos para uma queda de 1% no PIB da área do euro durante o inverno devem se materializar. 

Em outras palavras, há espaço para mais queda na Europa, assim como acontece nos EUA — inclusive, chamou a atenção o FMI e a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticarem os planos fiscais britânicos (foi tão ruim que órgãos internacionais sugerem revisão do documento). 

04:00 — Comprando uma casa na China 

O mercado imobiliário da China está, ao que tudo indica, cada vez mais em pânico. 

As previsões de crescimento chinês estão sendo cortadas à medida que seu mercado imobiliário oscila; afinal, até 3/4 da riqueza das famílias da China está em imóveis — centenas de milhares de compradores chineses de casas estão se recusando a pagar suas hipotecas por causa de atrasos na construção e queda dos preços dos imóveis. 

Para ilustrar a situação, as vendas de imóveis caíram por 11 meses seguidos (a maior queda já registrada na China), enquanto os preços dos imóveis despencaram. 

Como falamos ontem, os EUA até podem estar em recessão imobiliária, mas a China está em plena depressão imobiliária. É muito preocupante, uma vez que o setor responde por até 30% do PIB chinês – cerca de 2 vezes mais do que nos EUA.  

Entre as empresas, a Country Garden, a maior desenvolvedora da China, viu seus lucros caírem mais de 90% no primeiro semestre do ano. 

Enquanto isso, a Evergrande, a segunda maior incorporadora da China, com US$ 300 bilhões em dívidas, deixou de pagar seus títulos dos EUA já em dezembro do ano passado. 

Nas últimas semanas, como uma resposta, para estimular o investimento, o banco central da China reduziu a taxa de hipoteca de cinco anos em 15 pontos-base, igualando seu maior corte já registrado. 

Embora se entenda que uma crise financeira no estilo de 2008 não seja provável, os problemas da China se estendem além de suas fronteiras, tendo em vista que cada 1% de declínio no PIB da China causa uma queda de 0,3% no PIB global. Sentiremos na pele esta crise no gigante asiático. 

Compartilhe

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Deus abençoe as meme stocks

27 de março de 2024 - 20:00

A Truth Social de Trump é uma meme stock turbinada por anabolizantes políticos e ideológicos; é quase impossível dizer se um ativo desse tipo está barato ou caro

Diário de Bordo

‘The man who sold the world’ ou ‘The man who solve the market’?

27 de março de 2024 - 9:25

Nesta edição, João Piccioni compara o clássico de David Bowie com os modelos quantitativos do renomado gestor Jim Simons.

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A jornada tortuosa do Banco Central: Como Campos Neto virou refém dos indicadores — e não deve escapar desse cativeiro antes de junho

26 de março de 2024 - 6:10

BC não percebeu alterações no cenário econômico e parece pessimista demais, mas ata do Copom, IPCA-15 e RTI devem ajudar a esclarecer essa visão

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Sindicato de Ladrões

25 de março de 2024 - 20:01

Talvez haja um pessimismo exagerado do mercado após a decisão do Copom — e a ata de amanhã pode ser a primeira catálise para mudar isso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bombou no SD: O real problema da Petrobras, operação bilionária nos Correios e recompensa pela teimosia nas loterias; confira as notícias mais lidas da semana

23 de março de 2024 - 9:16

Além da Petrobras, dos Correios e das loterias, também bombou no SD a notícia sobre o rombo bilionário deixado pelas teles para o governo

Mande sua pergunta!

Vale a pena investir em Tesouro IPCA+ mesmo com a Selic em queda?

23 de março de 2024 - 7:47

Leitor está interessado em título do Tesouro Direto, mas teme que, por ser um investimento de renda fixa, seja negativamente impactado pelos juros em queda

SEXTOU COM O RUY

As ações da Vivara (VIVA3) deixaram de ser uma joia, mas será que ainda merecem um espaço na sua carteira?

22 de março de 2024 - 6:11

Temos que admitir que, apesar da troca truculenta de comando, Nelson Kaufman é um profundo conhecedor do negócio que ele ergueu praticamente do zero

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A diferença que uma letra faz: Ibovespa reage às sinalizações do Copom e do Fed; veja o que mais mexe com os mercados hoje

21 de março de 2024 - 8:31

Copom cortou os juros para 10,75% e indicou mais um corte 0,5 ponto porcentual na próxima reunião de política monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Daqui a pouco saberemos se estávamos certos

20 de março de 2024 - 15:57

O tão sonhado dia em que a taxa de juros dos EUA passaria a cair foi adiado pelo Federal Reserve

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies