Mercado em 5 Minutos: Cavalo de pau virou moda? Entenda a situação atual do governo do Reino Unido
Por aqui, enquanto esperamos alguns dados prévios de inflação (mais secundários), temos espaço para repercutir o bom relatório operacional divulgado pela Vale na noite de ontem
Bom dia, pessoal. Lá fora, os mercados de ações asiáticos fecharam predominantemente em alta nesta terça-feira (18), seguindo as movimentações positivas dos mercados globais durante o pregão de ontem (17), já que o sentimento dos investidores foi impulsionado pela notícia de que o novo ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, reverteu quase todas as medidas fiscais anunciadas no mini-orçamento por seu antecessor.
Dando sequência às condições de segunda-feira, os mercados europeus amanhecem em alta, acompanhados pelos futuros americanos.
Os ativos brasileiros listados no exterior também sobem nesta manhã, o que pode evidenciar uma continuidade ao movimento positivo verificado na véspera.
A agenda é mais esvaziada, com espaço para prestarmos atenção nos resultados americanos e na produção industrial dos EUA. A ver...
00:35 — Repercutindo bons dados de produção
Por aqui, no Brasil, enquanto esperamos alguns dados prévios de inflação (mais secundários), temos espaço para repercutir o bom relatório operacional divulgado pela Vale na noite de ontem.
A companhia apresentou crescimento de mais de 20% na produção de ferro no trimestre encerrado em setembro, em cerca de 90 milhões de toneladas, avançando nas vendas em mais de 7%.
Leia Também
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Desde ontem de noite, no after-market americano, as ADRs da mineradora já subiam, dando sequência ao movimento nesta manhã, no pre-market.
Um tom positivo é verificado em outros nomes, como o da própria Petrobras, impulsionando o ETF EWZ (cesta de ativos brasileiros).
Com isso, temos um possível início de dia positivo, considerando a relevância desses dois nomes para o Ibovespa.
No ambiente político, os mercados repercutem o encontro em São Paulo de lideranças como Simone Tebet, Marina Silva e Armínio Fraga, com cerca de 650 empresários, banqueiros e executivos, na tentativa de virar votos para Lula.
Contudo, o mercado não tem dado tanta atenção aos eventos políticos, com muito já tendo sido precificado na primeira semana depois do primeiro turno.
01:29 — Mais resultados corporativos
Nos EUA, os investidores se debruçam sobre mais resultados corporativos do terceiro trimestre, com nomes relevantes a serem apresentados hoje, como Netflix, Johnson & Johnson, State Street, Interactive Brokers, e Goldman Sachs.
De maneira geral, a força do dólar tem sido uma preocupação para os lucros das empresas; afinal, as companhias com vendas em outras moedas podem enfrentar trimestres difíceis (cerca de 30% das receitas do S&P 500 são obtidas no exterior).
De maneira geral, portanto, o foco nos próximos dias permanecerá na temporada de resultados do terceiro trimestre, que está apenas começando.
As estimativas caíram acentuadamente para muitas empresas que entraram em seus relatórios, e o senso geral é que os lucros estão enfrentando um nível mais baixo para o trimestre, mas ainda há mais por vir (destaque para eventuais frustrações no guidance de 2023).
Enquanto isso, ficamos hoje também com os dados de produção industrial americana (menos relevante do que já foi no passado, mas ainda assim importante).
Se espera que tenha ocorrido uma queda de 0,2% no mês, sendo que a utilização da capacidade é esperada em 79,9%, estável frente ao observado no período anterior.
Eventuais surpresas positivas podem cair mal no humor do mercado (atividade mais forte mostra que o Fed ainda tem margem para apertar a política monetária).
02:33 — Uma relação não tão afetuosa
A relação econômica dos EUA com a Arábia Saudita é bem próxima há quase um século. Tanto é verdade que o nome da maior empresa de petróleo do mundo, a Saudi Aramco, é derivado de “Arabian American Oil Company”.
Entretanto, de uns anos para cá, essa relação já não tem sido mais a mesma, tendo piorado bastante em 2022.
E o que está acontecendo?
Bem, depois de minar a influência saudita sobre o mercado global de petróleo, aumentando o investimento em gás natural e reservas de xisto no início dos anos 2000, os EUA agora estão adotando como nunca uma mudança em direção à energia limpa. Isso prejudicou a base original para a relação econômica.
Em resposta, temos observado cortes na produção da Opep+.
O movimento desencadeou uma intensa disputa diplomática com a Casa Branca, criando uma das piores crises nas relações EUA-Saudita.
Embora seja compreensível que os americanos estejam indignados com a decisão do grupo Opep+, liderado pela Arábia Saudita, de reduzir a produção de petróleo e aumentar os preços, ambos os lados não conseguiram entender as perspectivas um do outro.
Agora, o mundo vê um início de alinhamento saudita com a China, podendo ajudar a pavimentar uma nova dinâmica global nas próximas décadas.
03:35 — Cavalo de pau britânico
Ontem, assim como observamos nesta manhã, as ações subiram e a libra esterlina manteve seus ganhos recentes.
A movimentação veio depois que o governo do Reino Unido descartou um controverso mini-orçamento financiado por dívidas que agitou os mercados.
Isso mesmo, na segunda-feira, como já antecipamos aqui, o novo chanceler (ministro das finanças) britânico, Jeremy Hunt, reverteu todas as propostas mais heterodoxas do ponto de vista fiscal.
Os planos revertidos envolviam cortes de impostos e aumento de gastos, exigindo mais endividamento por parte do governo do Reino Unido.
Agora, o novo pacote de gastos elimina os cortes de impostos e alerta para gastos muito menores.
O clima positivo se espalhou para outros mercados, algo que continua até agora.
Resta ver, no entanto, se será o suficiente para recuperar a estabilidade e credibilidade do governo liderado pela primeira-ministra Liz Truss (muito provavelmente não).
04:17 — Ventos chineses
Enquanto acompanhamos o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, que deverá fazer com que o presidente Xi Jinping receba um terceiro mandato, fomos surpreendidos com a decisão do governo chinês de postergar a divulgação da bateria de dados econômicos esperada para esta terça-feira.
Entre os números aguardados estava o PIB do terceiro trimestre.
Apesar de não ter oferecido nenhuma explicação, os investidores entendem que o regime de Pequim não queira mostrar qualquer número minimamente ruim ou abaixo das expectativas enquanto o congresso estiver acontecendo.
Notadamente, tal especulação pressupõe que o número relatado seria ruim ou pior do que o esperado — só não acabou se convertendo em um desempenho ruim nos mercados porque o entusiasmo contagiante ocidental, conforme descrito anteriormente, se mostrou mais forte.
Considerando os objetivos do presidente Xi para o PIB per capita, a questão do tamanho da economia da China, bem como seu crescimento, provavelmente se tornará politicamente muito sensível na próxima década.
Como o gigante que é, o crescimento chinês é relevante para todo o mundo, em especial para países mais sensíveis ao mercado de commodities, como é o caso do Brasil.
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento