🔴 [NO AR] TOUROS E UROS: ENTENDA O EFEITO DO IOF NA CAPTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA – ASSISTA AGORA

É melhor investir em bolsa ou em renda fixa no atual momento dos mercados financeiros?

A resposta continuará sendo uma carteira devidamente diversificada, com proteções e sob a âncora de valuations suficientemente descontados

15 de agosto de 2022
12:39 - atualizado às 13:14
renda fixa variável carteira diversificada
Imagem: Shutterstock

“O resultado direto e legal da consciência é a inércia, isto é, o ato de ficar conscientemente sentado de braços cruzados. Já aludi a isso há pouco. Repito, repito com insistência: todos os homens diretos e de ação são ativos justamente por serem parvos e limitados. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como explicá-lo? Do seguinte modo: em virtude de sua limitada inteligência, tomam as causas mais próximas e secundárias pelas causas primeiras e, deste modo, se convencem mais depressa e facilmente que os demais de haver encontrado o fundamento indiscutível para a sua ação e, então, se acalmam; e isto é de fato o mais importante. 

Para começar a agir, é preciso, de antemão, estar de todo tranquilo, não conservando quaisquer dúvidas. E como é que eu, por exemplo, me tranquilizarei? Onde estão as minhas causas primeiras, em que me apoie? Onde estão os fundamentos? Onde irei buscá-los? 

Faço exercício mental e, por conseguinte, em mim, cada causa primeira arrasta imediatamente atrás de si outra, ainda anterior, e assim por diante, até o infinito.”

A diversificação

É Dostoiévski, mas poderia ser Sextus Empiricus, nossa espécie de alma-mater, expoente do ceticismo pirrônico, para quem qualquer argumento carrega um contra-argumento de igual magnitude. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este Day One poderia ser uma defesa da humildade intelectual e da inação. Talvez seja. 

Leia Também

The train of thought… (o trem do pensamento)” Há uma conversa imaginária que, em momentos como o atual, vem me visitar.

Warren Buffett exclama: “a diversificação é a arma daqueles que não sabem o que estão fazendo.” Ao que, na minha imaginação, Nassim Taleb responde: “pois então vamos mesmo diversificar, porque, na maior parte das vezes, nós não sabemos mesmo.”

Beirando o niilismo, o homem do subsolo de Dostoiévski nos lembra que somente a consciência limitada pode nos empurrar a uma determinada ação muito convicta, concentrada, alavancada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As incertezas no mercado financeiro 

Há inúmeras incertezas no horizonte. Depois do rali dos ativos de risco desde julho, em um dos maiores short squeezes da história, o que acontece agora?

Se é razoável supor que a inflação continuaria caindo e pavimentaria para uma expansão adicional dos múltiplos lá fora por conta do prognóstico de juros menores, é igualmente pertinente a visão de que as estimativas para os lucros precisariam cair, dada a hipótese de recessão.

E se Bolsonaro vem se tornando mais competitivo, o que tem alimentado os ativos de risco brasileiros, incorremos em paralelo na possibilidade de uma vitória bastante apertada do ex-presidente Lula, renovando o temor do “Banana Republic Effect” ou chance de terceiro turno, com elevada contestação das eleições e mais volatilidade à frente.

O clichê das finanças comportamentais

O tal medo de ficar de fora virou quase um clichê das finanças comportamentais. O sujeito vê o cunhado ganhando dinheiro e, como um homem de ação vendo as “causas primeiras”, se joga na direção da Bolsa. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Então, dispara contra si o risco de ser atingido por um dos erros de consequências mais substanciais, que é o overtrading, o excesso de mudança de posições que lhe empurra para comprar caro e vender barato, desafiando as noções elementares de finanças.

Ele vê as ações caindo e o CDI aumentando. Então, para interromper aquela dor psicológica, acaba saindo da renda variável para comprar um bom CDB. 

Vendeu na queda e, portanto, barato. Então, observa, num período posterior, as bolsas se recuperando. Quer participar da festa também. 

Aí, depois da alta, volta para bolsa, pagando mais caro, possivelmente na iminência de uma nova correção dos preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No "buy and hold” (compre e segure), você ganha dinheiro no “hold" (segurando) e não no trading.

Os riscos no mercado financeiro

Acho prematuro para sacramentarmos vitória sobre a inflação e/ou sobre uma eventual recessão global à vista, o que exigiria valuations comprimidos. 

O risco de estarmos, sobretudo lá fora, apenas diante de um bear market rally, ou seja, de um rali em meio a uma tendência de baixa mais ampla, existe e não pode ser desprezado.

Isso não significa necessariamente pessimismo generalizado, um argumento para corrermos para as montanhas ou qualquer coisa assim. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há vários ativos brasileiros com preços bastante convidativos e que aguentam desaforo. 

Bolsa ou renda fixa?

A resposta continuará sendo uma carteira devidamente diversificada, com proteções e sob a âncora de valuations suficientemente descontados.

Cosan negocia a 8x lucros para 2023, com um portfólio diversificado, uma gestão comprovadamente competente e com histórico impecável de alocação de capital. BTG Pactual está a 11x lucros, crescendo 30% (disclosure de sempre, talvez desnecessário a esta altura: estou obviamente conflitado neste caso). Banco do Brasil paga dividendos superiores a 10% ao ano, negocia abaixo do book e a 4x lucros.

Ao mesmo tempo, a renda fixa nos oferece a oportunidade de rentabilizar nossa carteira a um juro real próximo a 6% ao ano. Bonitos por natureza e abençoados pelo juro real de 6%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na dúvida entre a Bolsa e a renda fixa, fique com os dois.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar