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Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
O MELHOR E O PIOR DOS BALANÇOS

Varejo apresenta números fracos, mas Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) dão sinais de melhora e sobem quase 20% — enquanto Americanas (AMER3) fica no vermelho

Apesar dos números fracos, as ações descontadas de VIIA3 e MGLU3 sobem forte após as empresas mostrarem melhora na geração de caixa e rentabilidade

Jasmine Olga
Jasmine Olga
12 de agosto de 2022
16:42 - atualizado às 17:45
A boneca virtual Lu do Magalu (magazine luiza)

Se você vasculhar as reações dos analistas aos números divulgados pelas três principais empresas do setor de varejo listadas na bolsa — Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3) — poucos serão os adjetivos positivos encontrados. 

A piora do cenário macroeconômico, com inflação e juros altos, tem sido o pesadelo do setor nos últimos meses e mesmo com os gestores voltando a apostar no comércio físico e recuperando modelos mais tradicionais de pagamento — como o velho carnê e suas intermináveis parcelas. 

As tentativas de aumentar a lucratividade e receita foram consideradas fracas pela maior parte dos analistas, com muitas linhas dos balanços vindo pouco abaixo do esperado e a certeza de que os próximos meses devem seguir sendo desafiadores — ainda que o aumento do Auxílio Brasil e dados recentes de inflação melhorem marginalmente as expectativas. 

Apesar disso, tanto a Via (VIIA3) quanto o Magazine Luiza (MGLU3) conseguiram avanços importantes na capacidade de geração de caixa, o que deixa as duas empresas em destaque no Ibovespa, com altas superiores a 15%. O Magalu, por exemplo, desbancou Hapvida (HAPV3) e encerrou o pregão como a maior alta do Ibovespa.

A Americanas (AMER3), por outro, se destacou pelo seu bom desempenho operacional, com o melhor crescimento de receitas e margens, além de ganho de eficiência na combinação de seus negócios, mas viu as suas despesas financeiras dobrarem no período de três meses, o que resultou em um prejuízo de R$ 98 milhões. Ao contrário das suas companheiras de setor, as ações AMER3 aparecem entre os piores desempenhos do dia. 

Confira um resumo do que pensam os analistas sobre cada um dos balanços - Via, Magazine Luiza e Americanas.

Magazine Luiza (MGLU3)

Os números: O Magazine Luiza teve um prejuízo líquido de R$ 135 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 95,5 milhões do mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado cresceu 8% no período anual, a R$ 498 miçhões, enquanto a receita líquida recuou 5%, a R$ 8,6 bilhões. 

O que pensam os analistas:

Apesar de categorizar os números do Magalu como "pobres", os analistas do JP Morgan reforçam que a empresa conseguiu retomar a sua geração de caixa, revertendo a tendência anterior de consumo de recursos. No segundo trimestre, a companhia conseguiu gerar R$ 2,8 bilhões, mas o banco americano não crê na possibilidade de que esse número reverta os resultados fracos apresentados. O braço de crédito da companhia, a LuizaCred, assim como demais instituições financeiras, ampliou as suas provisões. O JP mantém sua recomendação de compra. 

A XP Investimentos também destaca a geração de caixa positiva da companhia, mas segue com recomendação neutra para os papéis, já que o cenário macro desafiador e a competitividade do setor seguem sendo pedras no sapato. A gestão do Magazine Luiza, no entanto, segue bem confiante, apostando na Copa do Mundo, Black Friday e no lançamento do 5G para entregar as projeções do ano. O posicionamento é compartilhado também pelos analistas do UBS BB. 

Já o BTG Pactual O BTG Pactual aponta que apesar da melhora no caixa, as ações MGLU3 (que já recuaram 58% em 2022) devem seguir voláteis nos próximos meses. Ainda que os papéis estejam nas mínimas dos últimos cinco anos, aspectos estruturais seguem exercendo pressão vendedora. 

Via (VIIA3) 

Os números: 

A Via teve lucro operacional de R$ 16 milhões no segundo trimestre, 88% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. O Ebitda teve alta de 54,2%, a R$ 748 milhões, enquanto a receita recuou 2,9%, a R$ 7,646 bilhões. Assim como nos seus principais concorrentes, o volume de vendas nas lojas virtuais recuou. 

O que pensam os analistas:

Para a XP Investimentos, o crescimento da receita da dona das Casas Bahia foi decepcionante, mas a melhora na rentabilidade balanceou os resultados. As taxas de inadimplência estáveis e avanços significativos na agenda ESG também deram pontos extras para o balanço; a empresa agora conta com 10 novos veículos elétricos e ampliou suas parcerias com organizações sociais.

Na visão da Genial Investimentos, as lojas físicas foram essenciais para atenuar a queda na receita e no volume total de vendas, e, apesar de existir geração de caixa, o crescimento das despesas ainda são uma preocupação. O destaque ficou com o lucro líquido, revertendo as expectativas de prejuízo da maior parte do mercado.

Americanas (AMER3) 

Os números: A Americanas teve prejuízo líquido de R$ 98 milhões e um Ebitda ajustado que avançou 29,2%, a R$ 843 milhões. A receita líquida foi de R$ 6,7 bilhões, alta de 6,7%

O que pensam os analistas: Para os analistas da Genial Investimentos, a Americanas foi uma vítima da Selic elevada, já que com isso as despesas financeiras dobraram no comparativo anual. Em outros pontos, como retomada do varejo físico, avanço do seu braço de fintech e ganhos de eficiência na combinação de seus negócios, a companhia conseguiu se destacar com fortes números. 

O BTG Pactual classificou os resultados operacionais da varejista como "encorajadores",mesmo com o cenário mais averso ao comércio online, já que o volume total de vendas avançou 5,7% no comparativo com o mesmo período do ano anterior.  

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