Fundo imobiliário MFII11 volta ao ramo de cemitérios com compra de participação em consórcio de serviços funerários
O FII detém 35% do Consórcio Cortel São Paulo, responsável pela gestão, operação, manutenção e exploração de cinco cemitérios na capital paulista

CORREÇÃO: Por um erro da redação, a matéria original informava que a participação do Mérito Desenvolvimento Imobiliário I (MFII11) constituía o primeiro investimento do FII em cemitérios, mas o fundo imobiliário já havia comprado ativos do setor anteriormente. Segue a íntegra da nota corrigida:
O fundo imobiliário Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11), pioneiro em cemitérios, jazigos e serviços funerários, não está mais sozinho na posição de grande player do setor lúgubre — e lucrativo — no qual escolheu atuar.
A Mérito DTVM, administradora do Mérito Desenvolvimento Imobiliário I (MFII11), comunicou nesta quinta-feira (6) que o FII ingressou com uma participação de 35% no Consórcio Cortel São Paulo.
A sociedade de propósito específico (SPE) foi criada para participar da licitação pública de concessão de serviços cemiteriais da capital paulista e arrematou o bloco 2 do certame por R$ 200,2 milhões.
O conjunto inclui a gestão, operação, manutenção, exploração, revitalização e expansão de cinco cemitérios pelos próximos 25 anos. Veja o nome e localização dos ativos:
- Araçá (Pinheiros e Pacaembu)
- Dom Bosco (Perus)
- Santo Amaro (Santo Amaro)
- São Paulo (Pinheiros)
- Vila Nova Cachoeirinha (Campo Limpo)
O investimento está previsto em R$ 80 milhões a serem desembolsados conforme a necessidade do empreendimento e não deverá impactar na distribuição de dividendos do MFII11 nos próximos seis meses.
Leia Também
Vem mais um FII de cemitério por aí?
Os outros 65% do Consórcio Cortel SP estão divididos entre a holding Cortel, o CARE11 e sua gestora, Zion Capital, além de outro ativo sob administração da Mérito, o Mérito Cemitérios FII.
O fundo ainda não foi a mercado, mas já está constituído desde abril deste ano e deu início ao processo de sua primeira emissão de cotas.
O ativo fará uma oferta pública com esforços restritos — ou seja, voltada a investidores profissionais — e pedirá R$ 100 por cota. O objetivo é levantar até R$ 100 milhões para a aquisição de ativos imobiliários.
Fundo imobiliário da Mérito coleciona polêmicas
Os cemitérios chamam a atenção dos investidores de fundos imobiliários desde o início de 2022. O FII CARE11 acumula ganhos de 44,04% no ano e é o fundo mais rentável de 2022 até agora, segundo dados da consultoria SmartBrain.
Mas, apesar da rentabilidade atrativa, os especialistas consultados pelo Seu Dinheiro fazem uma ressalva a respeito do negócio: como este é um setor ainda incipiente, não há grandes players ou gestores consolidados que mostram como é possível contornar a inadimplência e gerar valor por meio dos empreendimentos funerários.
O investimento também foge do perfil atual do Mérito Desenvolvimento Imobiliário I. O fundo imobiliário já havia investido em jazigos em 2016 e 2017, mas depois voltou o foco para suas participações em 27 ativos de urbanização e incorporação residencial.
Além de se aventurar em um segmento cheio de incertezas e com características distintas dos outros ativos do portfólio, o FII coleciona polêmicas nos últimos anos.
Uma delas aconteceu em 2018, quando a negociação das cotas do MFII11 foi suspensa pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM). O motivo foi a suspeita de que o fundo operava em um esquema semelhante a uma pirâmide financeira levantada pela denúncia de um investidor.
A negociação foi retomada mais de dois meses depois e, em abril de 2021, a CVM aceitou um termo de compromisso para encerrar o processo.
A Mérito Investimentos e a Planner — gestora e administradora do FII, respectivamente, na época — e os controladores de ambas as companhias desembolsaram pouco mais de R$ 1,5 milhão no acordo.
Poucos meses depois, porém, o fundo voltou para a mira do xerife do mercado de capitais. A autarquia notificou o MFII11 em novembro do ano passado a respeito de irregularidades nas demonstrações financeiras de 2020.
Para a CVM, a maneira como o investimento na loteadora Nova Colorado foi contabilizada inflou o resultado do fundo. Já a Mérito destaca, em nota enviada ao Seu Dinheiro, que "mantém suas atividades dentro das melhores práticas do mercado".
Segundo a gestora, "os casos citados não passaram de questões pontuais e já devidamente equacionadas junto aos órgãos fiscalizadores".
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos
Reviravolta na bolsa? S&P 500 e Nasdaq batem recorde patrocinado pela China, mas Ibovespa não pega carona; dólar cai a R$ 5,4829
O governo dos EUA indicou que fechou acordos com a China e outros países — um sinal de que a guerra comercial de Trump pode estar chegando ao fim. Por aqui, as preocupações fiscais ditaram o ritmo das negociações.
Nubank (ROXO34) reconquista o otimismo do BTG Pactual, mas analistas alertam: não há almoço grátis
Após um período de incertezas, BTG Pactual vê sinais de recuperação no Nubank. O que isso significa para as ações do banco digital?
FII Guardian Real Estate (GARE11) negocia venda de 10 lojas por mais de R$ 460 milhões; veja quanto os cotistas ganham se a operação sair do papel
Todos os imóveis estão ocupados atualmente e são locados por grandes varejistas: o Grupo Mateus e o Grupo Pão de Açúcar
ETFs ganham força com a busca por diversificação em mercados desafiadores como a China
A avaliação foi feita por Brendan Ahern, CIO da Krane Funds Advisors, durante o Global Managers Conference 2025, promovido pelo BTG Pactual Asset Management
Pátria Escritórios (HGRE11) na carteira: BTG Pactual vê ainda mais dividendos no radar do FII
Não são apenas os dividendos do fundo imobiliários que vêm chamando a atenção do banco; entenda a tese positiva
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora
FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação
Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses
Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189
Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta
Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva
CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo
É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar
Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa