🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

O segundo tempo do governo Bolsonaro começou mal. O que esperar daqui para frente?

As perspectivas para a reeleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2022 não são muito boas, embora no momento lidere todas as pesquisas de intenção de voto

20 de janeiro de 2021
5:41 - atualizado às 15:57
O presidente Jair Bolsonaro durante o jogo beneficente Natal Sem Fome
O presidente Jair Bolsonaro durante o jogo beneficente Natal Sem Fome - Imagem: Marcos Corrêa/PR

O tema da crônica deste mês é o segundo tempo do governo Jair Bolsonaro e o que imagino que possa acontecer ao longo desse período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Reparem: não escrevi “segundo mandato” mas sim “segundo tempo”, o que significa a segunda parte do mandato para o qual o capitão foi eleito em outubro de 2017, tendo tomado posse em 1º de janeiro de 2018.

O segundo tempo, aliás, já começou. Muito mal.

Em meu modo de entender (e isso é apenas um palpite, não baseado em pesquisas), Bolsonaro teve três tipos de eleitores:

  • gente indignada com os 14 anos de governo petista;
  • entusiastas do liberalismo econômico;
  • fiéis seguidores do capitão e adeptos fanáticos do “olavismo”, um ex-astrólogo desbocado que mora na Virgínia (Estados Unidos) e se autopromoveu a filósofo.

Os antipetistas já começaram a se esquecer dos desmandos de Lula e Dilma. Agora estão enfurecidos com os de Bolsonaro, dando razão àqueles que dizem que “nada é tão ruim que não possa piorar”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já os verdadeiros liberais, adeptos da direita econômica e do centro ideológico, simplesmente se decepcionaram com a quase total ausência de reformas necessárias e exaustivamente prometidas durante a campanha eleitoral.

Leia Também

Os bolsonaristas de carteirinha permanecerão bolsonaristas, tal como acontecerá nos Estados Unidos, onde os trumpistas continuarão fazendo o que seu mestre mandar, por mais insensata e antidemocrática que seja a ordem.

Com relação ao presidente Jair Bolsonaro, ele conseguiu nova categoria de adeptos – que não existia na época da eleição − ao distribuir dinheiro para a população economicamente afetada pela pandemia do coronavírus.

Resumo da ópera: Bolsonaro perdeu os liberalistas mas obteve ganhos expressivos nas classes C e D.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Só que esse apoio irá diminuir à medida em que as quantias recebidas mensalmente retroajam aos tempos do bolsa-família. Fora o emagrecimento dos valores e a diminuição do número de beneficiários do programa.

Efeito covid

Se Bolsonaro conseguir eleger os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e seja bem-sucedido na aprovação de um segundo período de calamidade pública, é possível que retenha boa parte de seu apoio.

Só que, em algum momento, a Covid-19, que ainda não chegou ao seu pior momento, cobrará seu preço.

Duvido que as pessoas que perderam parentes próximos estrebuchando num leito de enfermaria, ou até mesmo no chão do corredor, de um hospital público em Manaus, como se fosse um peixe fora d'água, votarão em Jair Bolsonaro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E quem pode garantir que Manaus não é apenas a primeira de uma série de cidades brasileiras que enfrentarão o mesmo tormento?

O irônico é que se, aos primeiros indícios da pandemia, Bolsonaro tivesse lançado todas as suas divisões na prevenção e no combate à pandemia, visitando hospitais, usando máscaras, comprando vacinas, seringas, agulhas, algodão e outros insumos, ele poderia ser hoje o ídolo do povão.

Independentemente do número de contaminados ou de óbitos.

Pelo menos ele cumpriu seu papel de presidente”, diriam as pessoas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Donald Trump foi ainda mais ingênuo. Apesar de comprar, ainda no escuro, centenas de milhões de doses de vacinas, e até de financiar pesquisas para desenvolvê-las e fabricá-las, preferiu se manter no negacionismo.

Sem usar máscara, aglomerou multidões em torno de si, pôs no colo e beijou bebês. Só não parou numa barraca de pastel e caldo de cana porque isso não existe por lá.

Pagou o preço na hora dos americanos votarem. O Colégio Eleitoral devolveu-lhe o mesmo placar que infligira a Hillary Clinton quatro anos antes: 306 x 232.

Como burrice não tem limites, incentivou uma turba de “supremacistas” (só rindo) bárbaros fantasiados a invadir o Capitólio, prometendo ir junto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dito isso, se escafedeu para dentro da Casa Banca. Foi assistir a invasão pela TV.

A maior parte dos invasores deverá passar os próximos anos, ou décadas, ou até mesmo permanecer, para sempre, na cadeia.

Um oficial agente da lei foi morto durante o ataque e o judiciário americano não costuma perdoar tal tipo de delito.

Duvido que Trump saia impune. Provavelmente será o primeiro ex-presidente americano que veremos algemado pelas costas e vestindo uma “farda” cor de laranja.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas nosso assunto é Jair Bolsonaro e seu futuro político.

Digamos que ele consiga prorrogar os auxílios em dinheiro à população até o final de 2021.

Nesse momento, o Tesouro brasileiro estará quebrado e faltarão ainda dez meses para as eleições presidenciais.

Como se tal desdita não bastasse, o capitão, seu filho Eduardo e o ministro das Relações Exteriores vivem vilipendiando a China, que é nosso maior parceiro comercial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na próxima quarta-feira, dia 20, o segundo parceiro cairá em “mãos erradas”.

Para dramatizar ainda mais o quadro, o parceiro número três, Argentina, acaba de nos levar a Ford. Vai fabricar picapes e SUVs lá, com mão de obra portenha, pra gente comprar aqui.

Não quero dar uma de adivinho, muito menos pretender ser o dono da verdade, mas as perspectivas para a reeleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2022 não são muito boas, embora no momento lidere todas as pesquisas de intenção de voto.

Ah, tal como seu parça, Donald Trump, o capitão é adepto de teorias conspiratórias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trump disse que os democratas roubaram as eleições, encaixando votos nas urnas durante a calada da noite.

Quatro anos antes, mesmo tendo vencido, alegou que tivera mais votos populares do que Hillary Clinton, se não tivesse sido garfado.

Acho que Jair Bolsonaro e Donald Trump se valem de um contato telepático. Pois estão sempre dizendo as mesmas coisas.

Bolsonaro garante que, em 2018, venceu ainda no primeiro turno, não fosse a votação eletrônica programada para roubar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora quer voto impresso. Vejam que despropósito, sob qualquer ângulo que se examine a ideia.

Se no papelucho cuspido pela impressora constar o nome do candidato escolhido, o voto deixa de ser secreto.

Imaginemos o chefe da milícia que comanda uma favela carioca, dizendo aos eleitores de sua “jurisdição”:

Todo mundo vai votar no cabo Zé Pedro. Tragam os comprovantes para que eu possa conferir!”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, não é possível ter certeza que o nome que veio no documento entregue ao eleitor seja o mesmo que o sistema enviou para a central de apurações, em Brasília.

­Caso não conste o candidato escolhido pelo eleitor, voto impresso não significa absolutamente nada. Será como é atualmente, quando a gente recebe aquele cupom, provando que votou.

E a bolsa, como fica?

Bem, este texto já está avançado e não falei no que mais interessa: qual será a influência da aproximação e do resultado das eleições no comportamento do mercado de ações?

Acho que nenhuma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Explico:

Independentemente se até aqui a administração Jair Bolsonaro foi boa ou não, o certo é que, ao final da metade de seu mandato, a B3 bateu seu recorde histórico.

Suponhamos que Lula tenha seu julgamento anulado pelo Supremo, volte a ser ficha limpa, se candidate à Presidência e ganhe as eleições.

Não podemos nos esquecer que foi no primeiro mandato Lula que a bolsa experimentou um bull market no qual o Ibovespa subiu 600%, graças a alta das commodities puxada por compras da China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Claro que programas políticos e econômicos são importantes, mas existem outros fundamentos que movem os mercados.

No momento, as bolsas de valores em todo o mundo estão sendo influenciadas por taxas de juros reais (e até absolutas) negativas.

Jerome Powell, chairman do Fed, vem proclamando a continuação dessa política. O mesmo acontece com Roberto Campos Neto, do BC brasileiro.

Os governos estão inundando os mercados de dinheiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Num pronunciamento em 14 de janeiro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote de quase 2 trilhões de dólares de estímulo à economia do país.

Por essas razões, e apenas por essas razões, acredito que 2021 será um bom ano para as bolsas de valores, tal como acabou acontecendo em 2020.

Não porque as economias brasileira e internacional prometam um grande crescimento. Mas sim porque as ações são cotadas em moedas e estas estão cada vez valendo menos.

Mais conteúdos Premium:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

FIIS HOJE

FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa

4 de novembro de 2025 - 11:33

Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII

AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar