IPCA tem nova alta nas previsões do mercado, de acordo com Boletim Focus
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – este ano, conforme o Relatório de Mercado Focus, de alta de 6,07% para 6,11%

A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - este ano, conforme o Relatório de Mercado Focus, de alta de 6,07% para 6,11%. Há um mês, estava em 5,82%.
A projeção para o índice em 2022 caiu de 3,77% para 3,75%. Quatro semanas atrás, estava em 3,78%. Nesta segunda-feira, 12, o relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa foi de 3,25% para 3,16%.
Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos. A projeção dos economistas para a inflação já está bem acima do teto da meta de 2021, de 5,25%. O centro da meta para o ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 a meta é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 6,10% para 6,32%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Houve 57 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 5,85%. No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,70% para 3,71%. Há um mês, estava em 3,80%. A atualização no Focus foi feita por 56 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em julho de 2021, de alta de 0,47% para 0,58%. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,38%.
Leia Também
Tesouro Direto pagará R$ 153 bilhões aos investidores em maio; veja data de pagamento e qual título dá direito aos ganhos
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Para agosto, a projeção no Focus foi de alta de 0,27% para 0,30% e, para setembro, passou de alta de 0,29% para 0,30%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,25% e 0,28%, nesta ordem. No Focus agora divulgado, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de alta de 4,24% para 4,31% de uma semana para outra há um mês, estava em 4,31%.
Taxa de juros
Na esteira dos dados mais recentes de inflação, os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2021 e 2022.
O Relatório trouxe que a mediana das previsões para a Selic neste ano foi de 6,50% para 6,63% ao ano. Há um mês, estava em 6,25%. No caso de 2022, a projeção foi de 6,75% para 7,00% ao ano, ante 6,50% de um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,50%, igual a quatro semanas atrás. Para 2024, permaneceu em 6,50%, o mesmo patamar de um mês atrás.
Câmbio
A mediana das expectativas para o câmbio no fim período foi de R$ 5,04 para R$ 5,05, ante R$ 5,18 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,20, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano.
A mudança foi anunciada em janeiro passado pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Crescimento da economia
Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 5,18% para elevação de 5,26%. Há quatro semanas, a estimativa era de 4,85%.
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 2,10% para 2,09%. Quatro semanas atrás, estava em 2,20%.
No Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2021 foi de alta de 6,30% para 6,29%. Há um mês, estava em elevação de 6,11%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,25% para 2,20%, ante 2,50% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 seguiu em 61,60%. Há um mês, estava em 62,10%. Para 2022, a expectativa passou de 63,60% para 63,55%, ante 64,32% de um mês atrás.
Déficit primário
O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje alteração na projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano foi de 2,39% para 2,30%. No caso de 2022, passou de 1,65% para 1,60%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,52% e 1,80%, respectivamente. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 foi de 6,55% para 6,50%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro.
Para 2022, passou de 6,20% para 6,13%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 6,82% e 6,58%, nesta ordem. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 68,41 bilhões para US$ 68,70 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 68,00 bilhões.
Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 60,20 bilhões para US$ 60,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 60,00 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 passou de déficit de US$ 0,41 bilhão para déficit de US$ 0,27 bilhão, ante US$ 0,27 bilhão de um mês antes.
Para 2022, a projeção de rombo foi de US$ 16,00 bilhões para US$ 14,30 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 18,60 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos.
A mediana das previsões para o IDP em 2021 foi de US$ 55,50 bilhões para US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 58,90 bilhões. Para 2022, a expectativa foi de US$ 69,00 bilhões para US$ 67,45 bilhões, ante US$ 66,99 bilhões de um mês antes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Bradesco dispara em ranking do Banco Central de reclamações contra bancos; Inter e PagSeguro fecham o pódio. Veja as principais queixas
O Bradesco saiu da sétima posição ao fim de 2024 para o primeiro colocado no começo deste ano, ao somar 7.647 reclamações procedentes. Já Inter e PagSeguro figuram no pódio há muitos trimestres
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Rodolfo Amstalden: Seu frouxo, eu mando te demitir, mas nunca falei nada disso
Ameaçar Jerome Powell de demissão e chamá-lo de frouxo (“a major loser”), pressionando pela queda da taxa básica, só tende a corromper o dólar e alimentar os juros de longo prazo
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano