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Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.
ESG

Vale começa a dar primeiros passos para sair do negócio de carvão

Mineradora assina acordo para adquirir participação da Mitsui em projeto em Moçambique, para depois vender ativos a outro interessado

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
21 de janeiro de 2021
7:21 - atualizado às 9:08
Estagiários da Vale - Imagem: Divulgação/Vale

A Vale (VALE3) anunciou na noite de quarta-feira (20) o primeiro passo de sua estratégia para sair do segmento de mineração de carvão – o fechamento de um acordo para comprar a participação da companhia japonesa Mitsui em ativos de carvão em Moçambique.

Por mais contrassenso que possa parecer, o acordo prevê que a Vale adquira a participação de 15% da Mitsui na mina de Moatize, em Moçambique, e os 50% que ela tem no Corredor Logístico de Nacala (CLN), uma estrada de ferro de 912 quilômetros que liga o complexo ao mar, passando pelo Malauí.

A expectativa é que a saída da Mitsui possa ser concluída durante este ano. Para isso, a Vale vai pagar US$ 1,00 pela participação da companhia japonesa nos ativos de mina e logística.

Gastos com a operação

Após o fechamento da transação, a Vale vai consolidar as diversas entidades que compõem a CLN, incluindo o chamado Project Finance do corredor, que tem cerca de US$ 2,5 bilhões de saldo remanescente. O Project Finance é uma modalidade de estruturação financeira para a realização de projetos em que a fonte de receita para o pagamento da dívida de financiamento vem do fluxo de caixa gerado pela sua própria operação.

Esta consolidação implicará aproximadamente US$ 300 milhões por ano em despesas operacionais na mina de Moatize, associadas à tarifa do CLN, que atualmente impactam o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de seu negócio de carvão.

Mas a companhia informou que o futuro refinanciamento do Project Finance e a simplificação da estrutura levarão a uma economia anual estimada de aproximadamente US$ 25 milhões.

Além disso, a Vale vai colocar em prática iniciativas para melhorar as operações de carvão em Moçambique. Uma delas é a revitalização de duas plantas de processamento, visando alcançar um ritmo de produção de 15 milhões de toneladas por ano no segundo semestre deste ano e 18 milhões de toneladas anuais em 2022.

E tudo isso será feito para vender estes dois projetos, no qual dedicou esforços ao longo dos últimos 15 anos.

“Com o acordo para a aquisição das participações da Mitsui e, consequentemente, a simplificação da governança e da gestão dos ativos, a Vale iniciará o processo de desinvestimento da sua participação no negócio de carvão, que será pautado na preservação da continuidade operacional de Moatize e do CLN, com a busca de um terceiro interessado nestes ativos”, diz trecho do comunicado.

Novo Pacto

Segundo a Vale, a saída do segmento de carvão está em linha com o pilar do plano estratégico chamado Novo Pacto com a Sociedade. Ele prevê impactar positivamente a sociedade para além do pagamento de impostos e projetos sociais.

A ideia é que a companhia seja uma facilitadora do desenvolvimento nas áreas em que atua, “promovendo uma indústria de mineração brasileira mais segura e sustentável”. Além disso, a empresa também pretende se tornar carbono neutra até 2050.

A assinatura do acordo com a Mitsui, ainda de acordo com a Vale, também está em linha com a estratégia de “disciplina na alocação de capital e a simplificação do portfólio”.

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