A nova leva de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) está ajudando a diversificar o perfil de empresas listadas na B3, com empresas de segmentos que vão além de commodities, bancos e varejo, aproveitando os baixos juros para levantar recursos.
Uma companhia desse grupo “heterodoxo” que está chegando na bolsa é a OceanPact, cujas ações estrearam nesta sexta-feira e fecharam estáveis após um pregão de altas e baixas.
A companhia, que presta serviços ambientais e logísticos marinhos e submarinos, movimentou R$ 1,22 bilhão no seu IPO, após precificar os papéis em R$ 11,15, piso da faixa indicativa, que ia até R$ 13,85.
A OceanPact levantou R$ 920 milhões com a distribuição primária (quando os recursos vão para o caixa da companhia). O prospecto mostra que ela pretende utilizar os recursos para aquisição e customização de novas embarcações e para compra de máquinas e equipamentos, “em ambos os casos, seja por meio de aquisição direta de ativos ou por meio de operações de M&A (fusões e aquisições)”.
Fundada em 2007 e com uma frota de 23 embarcações, ela fornece “serviços para estudo, proteção, monitoramento e uso sustentável do mar, do litoral e dos recursos marinhos, principalmente no setor de óleo e gás, e também em diversos outros setores da economia, como portuário, navegação, mineração, energia e telecomunicações”.
A companhia atingiu uma receita líquida consolidada de R$ 640 milhões e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 167 milhões no período de 12 meses findo em 30 de setembro de 2020.
A área de atuação ambiental representou 54% da receita líquida consolidada da OceanPact no período de nove meses encerrado em 30 de setembro, enquanto a área de serviços submarinos representou 31%, e a área de logística e engenharia representou 15%.