Visando sustentar seu plano de investimento e fortalecer a estrutura de capital, a Marisa (AMAR3) fará um aumento privado de capital de até R$ 249,9 milhões por meio da emissão de novas ações. A varejista de moda quer preparar o caixa para as pressões inflacionárias e a alta de juros, que devem seguir presentes no período pós-pandemia.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários na noite de sexta-feira (4), a empresa emitirá até 81.168.831 ações a R$ 3,08 cada, um desconto de cerca de 17,5% em relação ao fechamento dos papéis ontem.
Os acionistas da empresa que quiserem aumentar sua participação terão de 13 de dezembro a 11 de janeiro de 2022 para exercerem seu direito de preferência. Além disso, a empresa também concederá um bônus de subscrição os investidores.
Mas quem pretende participar da operação com as vantagens acima deve correr: elas serão válidas para os detentores de papéis na próxima sexta-feira (10). Os papéis serão negociados "ex-direito" a partir do dia 13.
O que é subscrição e qual a vantagem para o acionista?
Se você não sabe o que é a subscrição, uma breve explicação: para assegurar o nível de participação de seus acionistas, as empresa que optam por aumentar seu capital social dão aos investidores a preferência na compra das novas ações.
No caso da Marisa, ficou estabelecido que, quem optar por exercer esse direito, poderá comprar o equivalente a 31,04% de sua posição acionária no fechamento do dia 10.
Além disso, há ainda o bônus anunciado. O acionista poderá adquirir adicionalmente uma fração que equivale a 0,850828725129724 do papel por um preço maior, de R$ 3,62. As datas também são diferentes nessa etapa: o bônus de subscrição deverá ser exercido de 15 de setembro de 2022 a 15 de novembro do mesmo ano.
Portanto, o que muda para os acionistas é que quem optar pela subscrição continuará com o mesmo nível de participação no negócio mesmo após o aumento do capital social. Já aqueles que ficarem de fora da operação verão sua fatia ser reduzida.
Vale destacar que as novas ações emitidas terão as mesmas condições e direitos das já existente, incluindo a participação total em distribuições de dividendos, juros sobre o capital próprio e outras formas de proventos.