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Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.
quem vai levar?

Tem ação fresquinha vindo aí, minha amiga, com o IPO da Hortifruti Natural da Terra

Com tese de investimento sendo que ela é o melhor do supermercado e da feira, companhia busca recursos para expandir operações

Ivan Ryngelblum
Ivan Ryngelblum
23 de abril de 2021
13:13 - atualizado às 18:09
Fachada da Hortifruti Natural da Terra, compara pela Americanas (AME3)
Fachada da Hortifruti Natural da Terra, compara pela Americanas (AME3) - Imagem: Divulgação

Nem supermercado, nem feira: o melhor dos dois. É com essa tese de investimento que a rede de lojas hortifrutigranjeira Hortifruti Natural da Terra está buscando interessados em participar da abertura de seu capital. A empresa apresentou na quinta-feira (22) ao mercado o prospecto preliminar de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Fundada em 1989 por dois jovens amigos na cidade de Colatina, interior do Espírito Santo, a companhia se tornou a maior rede varejista especializada em produtos frescos com foco em frutas, legumes e verduras do Brasil, com faturamento de mais de R$ 1 bilhão ao longo dos últimos três anos.

Ainda não há detalhes sobre quanto ela espera arrecadar com o IPO, mas sabemos que um dos objetivos da companhia é financiar seu crescimento. Atualmente com 71 lojas, concentradas em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Hortifruti pretende destinar 70% dos recursos levantados na oferta primária para abrir novas unidades.

A operação está sendo coordenada pelos bancos J.P. Morgan, BTG Pactual Citi e UBS.

De Colatina para a B3, passando pela feira em São Paulo

Um ano após abrir sua primeira loja, a companhia inaugurou sua primeira unidade em Macaé, no Rio de Janeiro, e seguiu crescendo ao longo da década de 1990, com a abertura de mais dez lojas, sendo sete delas na cidade do Rio de Janeiro.

Entre 2001 e 2010, a Hortifruti abriu sua primeira loja em São Paulo e estabeleceu centros de distribuição no Espírito Santo e em São Paulo. Na capital paulista, ela consolidou a sua presença ao comprar o grupo Natural da Terra, em 2015, cuja primeira loja foi inaugurada em 2001 por quatro ex-feirantes.

Esse investimento em São Paulo ocorreu depois da entrada do fundo de investimento Bozano Investimentos (atualmente denominado Crescera Capital), em 2010, que adquiriu 30% do capital da Hortifruti e acelerou o processo de expansão.

Em 2016, o fundo suíço Partners Group (PG), um dos maiores fundos de private equity do mundo, com aproximadamente US$ 109 bilhões de ativos sob gestão, adquiriu 39,4% da companhia, que passou a se chamar Hortifruti Natural da Terra, através da compra da participação do Bozano e de ações dos sócios fundadores.

E no final de 2017, a PG adquiriu o capital restante da empresa e atualmente é a dona da quitanda, com 97,7% do capital.

Sob o controle da PG, a companhia passou por um processo de profissionalização de gestão e ganhos de eficiência, que incluiu a transferência do quadro administrativo do Espírito Santo para o Rio de Janeiro, e inaugurou um novo formato de loja focado em conveniência: lojas Leve, que têm menor área, menor sortimento e priorizam as vendas de frutas, legumes e vegetais.

Diferenciais e estratégia da companhia

No prospecto, a Hortifruti Natural da Terra afirma que atua em um mercado relevante em tamanho e altamente fragmentado, onde as redes varejistas especializadas representaram apenas 1% das vendas totais de produtos frescos no Brasil em 2020.

“Somado à crescente tendência de preocupação com saúde e bem-estar, essa baixa penetração cria o ambiente ideal para a consolidação da companhia”, diz trecho do prospecto. “A companhia oferece conveniência de compra e facilita a alta recorrência através da capilaridade e localização estratégica das lojas e da simplicidade e integração com os canais digitais.”

A ideia de destinar 70% dos valores arrecadados na oferta primária para a expansão da rede de lojas tem a ver com o fato de que a Hortifruti considera as unidades “um pilar fundamental”, para estar cada vez mais próxima de seus clientes.

Elas também servem como como minicentros de distribuição, dentro da estratégia de omnicanalidade, termo técnico para integração dos diferentes canais de comercialização. A Hortifruti tem apostado nas vendas pela internet nos últimos anos e pretende destinar 20% dos recursos para investimentos em tecnologia e iniciativas digitais

Segundo ela, o bom nível de satisfação dos consumidores com seus canais digitais impulsionou as vendas omnichannel em 2020, atingindo em média 16% da receita bruta, acima dos seus concorrentes – ela informou que Oba Hortifruti e Grupo Pão de Açúcar tiveram penetração de vendas omnichannel de 5,9% (período de nove meses de 2020) e 5,0% (em 2020 para varejo de alimentos no Brasil), respectivamente.

Estes fatores, combinados com a prioridade de oferecer os produtos mais frescos todos os dias aos clientes, resulta em recorrência de vendas. De acordo com o prospecto, os clientes fiéis do programa Leve Natural compram 67 vezes ao ano, com gasto mensal médio de R$ 326, enquanto os clientes médios compram 34 vezes ao ano com gasto mensal médio de R$ 125.

No ano passado, o Hortifruti Natural da Terra registrou lucro líquido de R$ 9 milhões, revertendo prejuízo de R$ 31 milhões em 2019, e um ganho de R$ 28 milhões em termos ajustados, também revertendo prejuízo.

A receita subiu 24%, para R$ 1,7 bilhão, e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 41%, a R$ 200 milhões.

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