Após período de relativa estabilidade de casos da covid-19 desde o início da pandemia, a Hapvida (HAPV4) notou nas últimas semanas um aumento de atendimentos de urgência e internações em algumas regiões onde atua.
Ainda assim, a companhia está conseguindo realizar normalmente procedimentos cirúrgicos eletivos, uma das principais fontes de receita da maioria dos hospitais. Em Manaus, onde a situação é complicada, ela suspendeu temporariamente esses procedimentos.
“Durante todo o período, a companhia continuará realizando cirurgias e procedimentos considerados essenciais, ou seja, aqueles de natureza oncológica, traumatológicos de emergência, obstétricos, cardíacos, neurológicos, além das sessões de hemodiálise”, diz trecho do comunicado, divulgado quarta-feira (20) à noite.
Situação nas regiões de atuação
Além de Manaus, foi constatado aumento significativo no número de atendimentos por causa de covid-19 em Belém, Salvador e interior de São Paulo. No Recife e em Fortaleza, a segunda onda parece já ter passado e em níveis menores do que a primeira.
Na capital do Amazonas, desde meados de dezembro houve alta expressiva do número de casos tanto de pacientes atendidos nas emergências quanto de pacientes internados admitidos com sintomas de síndrome respiratória aguda grave com suspeita de covid-19.
“A segunda onda da covid-19, no caso de Manaus, superou a primeira onda tanto em número de atendimentos quanto em volume de internações”, diz trecho do comunicado da companhia.
A Hapvida destacou que, apesar do avanço de casos em algumas regiões, não houve aumento relevante do coeficiente de mortalidade, medido pela quantidade total de óbitos pelo número de beneficiários expostos. O coeficiente médio atingiu 64,8 em 18 de janeiro, enquanto o do Brasil 99,2.
Medidas tomadas
Considerando a situação, a Hapvida anunciou algumas medidas que está tomando para a manutenção das atividades de combate à covid-19.
Em Manaus, a empresa ampliou a infraestrutura assistencial com a inauguração de duas novas unidades, com aumento de cerca de 100 leitos hospitalares no Hospital Rio Solimões. Ela também contratou cerca de 700 profissionais nas últimas semanas, entre médicos e fisioterapeutas e de apoio hospitalar como enfermeiros, maqueiros e camareiros. Cerca de 65 profissionais médicos foram deslocados de outras regiões para Manaus.
Nas regiões que apresentam curvas descendentes, a Hapvida está mantendo certa capacidade adicional no eventual caso de uma segunda onda de contaminações.
“Toda a nossa experiência de gestão médico-hospitalar tem nos ajudado a administrar e minimizar os impactos da covid-19 em nossas operações e continuar cuidando dos nossos clientes e colaboradores com o acolhimento de sempre, que é característico do sistema Hapvida. Permanecemos vigilantes, monitorando os impactos da pandemia no nosso negócio e atuando proativamente para contribuir com a sociedade e o País”, diz trecho do comunicado.