Preços dos combustíveis pressionam todas as faixas de renda em março, diz Ipea
Além da alta de 11,2% nos combustíveis, o reajuste nas passagens de ônibus e trens também pesou para as famílias mais pobres
Os preços dos combustíveis exerceram a maior pressão sobre o orçamento das famílias em março, quando houve aceleração nas taxas de inflação para todas as faixas de renda. No acumulado em 12 meses, no entanto, a taxa segue sendo superior para as famílias mais pobres, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Nesse segmento de renda, a inflação acumulou 7,2% em 12 meses, bem acima dos 4,7% observados entre a população mais rica. Contudo, no acumulado do ano até março, a taxa para o segundo grupo ficou em 2,3% - superior à apontada pela classe mais baixa, de 1,6% - repercutindo a desaceleração dos alimentos e a alta dos combustíveis.
O indicador separa entre seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.650,50 por mês, para a faixa com renda muito baixa, até valores acima de R$ 16.509,66, no caso da renda mais alta.
Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram ainda que, na passagem de fevereiro para março, as maiores variações foram registradas nos segmentos de renda média, com 1,09%, e renda média-alta, de 1,08%. Já as famílias de renda muito baixa e baixa apresentaram o menor aumento inflacionário, com taxas de 0,71% e 0,85%, ante 0,67% e 0,80% em fevereiro.
Outras despesas também puxam alta
O grupo transportes pesa mais para os mais pobres, pois, além dos combustíveis 11,2% mais caros, houve reajustes de 0,11% na passagem de ônibus e de 1,84% do trem, destaca o Ipea.
Na faixa de renda mais elevada, a inflação percebida saiu de 0,98% em fevereiro para 1,00% em março. Para o grupo, "as deflações das passagens aéreas (-2,0%) e dos aplicativos de transporte (-3,4%) atenuaram o aumento dos combustíveis", explicou a técnica do Ipea Maria Andréia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura que trata do indicador, divulgada nesta terça-feira, 13.
Por outro lado, o reajuste de 0,89% da alimentação fora do domicílio explica a pressão exercida pelo grupo de alimentos e bebidas. "Deve-se ressaltar, no entanto, que, mesmo diante desse aumento dos serviços de alimentação, o desempenho dos alimentos no domicílio, que registrou, no IPCA, a primeira desaceleração (-0,17%) desde outubro de 2019, voltou a impedir um aumento ainda maior das taxas de inflação em março", diz a carta.
Em relação aos demais grupos, a segunda maior contribuição à alta da inflação das famílias mais pobres veio da habitação, repercutindo os aumentos de 5,0% do botijão de gás, 1,1% dos artigos de limpeza e 0,76% da energia elétrica.
Rodolfo Amstalden: O “bate e assopra” de Lula
O terceiro mandato de Lula está sendo marcado por uma ondulação da sua postura política, ou, na língua popular, o “bate e assopra”
Veja estimativa para novo imposto após Haddad entregar reforma tributária ao Congresso
O ministro afirmou que este projeto traz a solução para um dos “emaranhados” problemas brasileiros: um sistema tributário que está hoje entre os 10 piores do mundo.
A verdade dura sobre a Petrobras (PETR4) hoje: por que a ação estaria tão perto de ser “o investimento perfeito”?
A Petrobras (PETR4) poderia ser o melhor investimento da bolsa brasileira hoje, mas uma coisa impede. É isso que o analista João Piccioni revela em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos. Ao falar sobre os investimentos para proteção diante das incertezas do cenário internacional — com o acirramento dos conflitos no Oriente […]
Seguro do carro: você pode ser obrigado a pagar o DPVAT de novo — e dar uma “ajudinha” para o governo Lula
Se for aprovado, o texto que relança o agora SPVAT permitirá que os gastos do governo aumentem em aproximadamente R$ 15 bilhões neste ano
Apostador “teimoso” fatura sozinho a bolada de R$ 51 milhões da Quina — e pode ser você; Mega-Sena e Lotofácil acumulam
Apenas uma aposta cravou as cinco dezenas do concurso 6423 da Quina. Veja os números sorteados na loteria
“Efeito Campos Neto” leva a reviravolta nas projeções para a Selic no fim deste ano
Em apenas uma semana, a expectativa para a Selic em dezembro passou de 9,13% para 9,50% ao ano, de acordo com o último boletim Focus
Haja sorte: Lotofácil tem dois ganhadores — e eles apostaram na mesma cidade! Quina e Lotomania acumulam
Duas apostas cravaram as 15 dezenas da sorte no concurso 3085 da Lotofácil. Saiba de onde vieram os bilhetes vencedores e os números sorteados na loteria
“É mais fácil acreditar no Papai Noel do que na meta fiscal do governo Lula”: chances de superávit foram praticamente anuladas
“É mais fácil encontrar alguém que acredite em Papai Noel do que na meta zero do Lula”. É assim que o editor do Seu Dinheiro, Vinicius Pinheiro, introduz seu eleito ao Urso da semana, no mais recente episódio do podcast Touros e Ursos. Quem levou a menção nada honrosa foi o arcabouço fiscal, “que deu […]
Juros não estão sendo capazes de colocar a economia dos EUA de joelhos e quem ‘paga o pato’ somos nós — e o resto do mundo
Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, nossa equipe conversou com o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, sobre dois temas: as tensões cada vez mais acirradas no Oriente Médio e os juros nos EUA. Sobre o primeiro tópico ele foi claro ao dizer que o mercado não se importou tanto com […]
Desenrola para MEI: Entenda como vai funcionar o Descomplica Pequenos Negócios
O ‘Desenrola para MEI’ faz parte do projeto Acredita, que possui quatro eixos para incentivar o empreendedorismo no país
Leia Também
-
Novo imposto do aço: Governo aumenta taxa para importação em meio a apelo das siderúrgicas. Vem impacto na inflação?
-
"Efeito Campos Neto" leva a reviravolta nas projeções para a Selic no fim deste ano
-
O Enduro da bolsa: mercado acelera com início da temporada de balanços do 1T24, mas na neblina à espera do PCE