Com recuo em fala do 7 de setembro, Bolsonaro coloca “tudo de volta aos trilhos”, diz Paulo Guedes
O ministro reconheceu que o Brasil passa pelo pior momento da inflação atualmente, mas acredita que a nova atitude do presidente ajudara a colocar tudo “de volta aos trilhos”

Com o mercado financeiro ainda digerindo as consequências do feriado de 7 de setembro e da divulgação da inflação em agosto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comentou nesta sexta-feira (10), durante participação em evento do Credit Suisse, os principais assuntos que movimentaram a economia brasileira nesta semana.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na última quinta-feira (9), superou mais uma vez a previsão dos analistas e Guedes reconheceu que o Brasil atualmente passa pelo pior momento de inflação. O ministro espera que o índice termine o ano entre 7,5% e 8% e se aproximando de 4% em 2022.
O ministro enfatizou que sua pasta tem feito a parte que lhe cabe para controlar a subida dos preços, com batalhas diárias a favor do compromisso fiscal. "Acho que vamos ser bem sucedidos em conter inflação. Também temos gatilhos fiscais em todos os entes federativos".
Guedes destacou ainda que sua equipe foi bem sucedida em não transformar os gastos transitórios com a pandemia de covid-19 em permanentes, citando que as despesas, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), devem terminar o governo em 17,5%, aquém do início da administração Bolsonaro.
A tal recuperação em 'V'
Apesar do recuou de 0,1% no último resultado do PIB, o ministro da Economia voltou a defender a ideia de uma recuperação em "V". Guedes explicou que é esperada uma desaceleração após a recuperação da economia, mas que está confiante de que as reformas estruturais vão garantir um crescimento robusto para 2022.
Segundo o ministro, a economia brasileira está passando por uma transição gradual do crescimento baseado no consumo, que contou com a ajuda das transferências governamentais, para um crescimento sustentável guiado pelos investimentos.
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Recuo de Bolsonaro
Também não ficou de fora da conversa a nota divulgada ontem pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, com um recuou nos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para Guedes, o movimento reforça sua aposta na pacificação do país e na continuidade das discussões de reformas: "a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro ontem colocou tudo de volta aos trilhos".
De acordo com o ministro, a manifestação divulgada na quinta-feira deixou claro que Bolsonaro está jogando dentro das regras e que qualquer excesso verbal foi um "mal entendido". "O presidente não sinalizou em nenhum momento que descumpriria as regras democráticas. Nosso presidente merece respeito, ganhou a eleição com mais de 60 milhões de votos", afirmou. "Nunca aposte contra a democracia brasileira, vamos sempre surpreender."
Guedes disse ainda confiar na cooperação do Congresso e do STF e disse que já tinha reuniões agendadas com os presidente da Corte, da Câmara e do Senado quando as "celebrações" do dia 7 de setembro "causaram grande ruído político".
Não foi bem assim
O ministro minimizou o discurso antidemocrático e os ataques ao Supremo Tribunal Federal de Bolsonaro. Ainda comentou sobre a Carta à Nação do presidente da República e disse que foi uma declaração contra qualquer mal entendido para esclarecer que não estava convocando ninguém contra o STF, o Congresso ou qualquer Poder Constituído. "O presidente pode ter ultrapassado os limites no discurso, mas não nos atos."
Guedes também disse que as pessoas são humanas, cometem erros e às vezes ultrapassam "seu território", mas a beleza do Brasil é de que quando isso ocorre outro Poder reage e todos voltam a seus lugares.
O ministro reconheceu que o nível de ruído está alto atualmente no Brasil, mas disse que o que ocorreu nos últimos dias foi a manifestação pacífica de milhões de pessoas e a celebração da democracia.
Para ele, a população que foi às ruas nos protestos a favor do presidente estavam pedindo pela liberdade de expressão e manifestando que "há pessoas na prisão por criticar o STF", em referências aos inquéritos de fake news. Mas negou que manifestações sejam por violência ou contra a democracia. "Pessoas manifestam sua opinião sobre Poderes, outra coisa é convocar violência contra Poderes", disse, citando também que houve muito ruído eleitoral nos EUA.
Precatórios e o teto de gastos
Outra grande preocupação mercado é com a fatura de R$ 90 bilhões em precatórios. O ministro da Economia declarou que se reunirá na próxima semana com os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir o pagamento dessa despesa.
"Acredito que encontraremos uma solução para precatórios respeitando o teto de gastos", tranquilizou. O ministro rebateu ainda críticas de que o governo teria como prever o valor a ser pago com essas dívidas judiciais. "Tivemos quase R$ 20 bilhões (em precatórios) nos últimos dez dias, como alguém pode prever isso?", questionou.
No evento, Guedes disse ainda que a transformação de uma recuperação cíclica para o desenvolvimento sustentável "já está contratada" e que o governo tem um compromisso com a consolidação fiscal. "Pode desacelerar, mas não vamos mudar a direção. Mantivemos nosso compromisso com as futuras gerações em todas as ações", completou.
Reforma do Imposto de Renda do Senado
Apesar dos indícios de impasse, Guedes está confiante que o Senado seguirá o caminho da Câmara e aprovará a reforma do Imposto de Renda. Ele repetiu que o espírito da reforma é seguir a Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), voltando a taxar lucros e dividendos e desonerando as empresas.
No âmbito da pessoa física, Guedes disse que a correção da tabela do Imposto de Renda vai beneficiar 32 milhões de contribuintes e acrescentou que o governo não vai mexer nas alíquotas, pois se houver inflação à frente, as pessoas pagariam imposto inflacionário. "Queremos que todos saibam que inflação é perda para todos."
O ministro disse que o governo vai continuar privatizando estatais até o fim do mandato e que o desinvestimento é o caminho para reduzir a relação dívida/PIB. "Vamos vender os Correios, vamos vender a Eletrobras este ano, imóveis", disse, no evento do Credit Suisse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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