IGP-M sobe 2,58% em janeiro, acima do esperado pelos economistas
Indicador referência para reajuste de contratos de aluguel foi puxado pelas commodities e combustíveis

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou forte alta entre dezembro e janeiro, puxado por aumentos nos preços das commodities e de combustíveis, segundo informou nesta quinta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O indicador, referência para reajuste de contratos de aluguel, subiu 2,58% em janeiro, muito acima ao apurado em dezembro, quando havia apresentado taxa de 0,96%.
O mercado já esperava uma forte aceleração do IGP-M entre dezembro e janeiro, mas o resultado ficou acima da mediana de estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de 2,38%. As projeções variavam de 1,79% a 2,71%.
Em 12 meses o índice acumula alta de 25,71%. Em janeiro de 2020, o índice havia subido 0,48% e acumulava alta de 7,81% em 12 meses.
As más e boas influências
Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV, a alta nos preços das commodities e de combustíveis fez o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subir 3,38% em janeiro, pesando no resultado do IGP-M de janeiro.
“A variação apresentada pelo minério de ferro (4,34% para 22,87%) foi a maior influência positiva do índice ao produtor, que registrou alta de 3,38%, a maior taxa de variação desde novembro de 2020, quando havia subido 4,26%”, disse ele em nota.
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,41% em janeiro, ante 1,21% em dezembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram desaceleração.
A principal contribuição para o IPC partiu do grupo Habitação (2,11% para 0,04%). Nesta classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 8,59% em dezembro para -1,06% em janeiro
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,93% em janeiro, ante 0,88% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (2,08% para 1,43%), Serviços (0,38% para 0,48%) e Mão de Obra (0,06% para 0,61%).
* Com informações da Estadão Conteúdo
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