IGP-M desacelera a 0,60% em junho, na menor alta desde maio de 2020, diz FGV
Esta foi a menor alta desde maio de 2020, quando o IGP-M teve variação de 0,28%. No ano, o indicador já alcançou alta de 15,08%

O Índice Geral de Preços (IGP-M) registrou forte arrefecimento em junho, a 0,60%, de 4,10% em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira (29).
Esta foi a menor alta desde maio de 2020, quando o IGP-M teve variação de 0,28%. No ano, o indicador já alcançou alta de 15,08%. No acumulado em 12 meses até junho, chegou a 35,75%, de 37,04% até maio.
Na abertura do IGP-M de junho, houve desaceleração em dois dos três índices. A mais significativa ocorreu no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 5,23% para 0,42%, a menor taxa desde fevereiro de 2020 (-0,19%). Em 12 meses, o IPA acumula 47,53% de alta, após 50,21% até maio.
O Índice de Preço ao Consumidor (IPC-M) arrefeceu de 0,61% para 0,57%, chegando a 7,94% no acumulado em 12 meses até junho. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) passou de 1,80% para 2,30%, com 16,88% em 12 meses.
No IPC-M, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação em junho. A principal contribuição foi de Saúde e Cuidados Pessoais, de 0,89% para 0,07%, com destaque para medicamentos em geral, cuja taxa passou de 2,39% em maio para 0,62% em junho.
Também apresentaram alívio em suas taxas de variação os grupos Comunicação (0,67% para -0,03%), Habitação (1,16% para 1,10%), Educação, Leitura e Recreação (-0,59% para -0,69%) e Vestuário (0,45% para 0,40%). Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram de combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,35% para -0,03%), tarifa de eletricidade residencial (4,38% para 3,30%), boneca (1,40% para -0,41%) e calçados (0,57% para -0,02%).
Leia Também
Os grupos Transportes (0,75% para 1,43%) e Despesas Diversas (0,19% para 0,29%), por sua vez, avançaram em relação ao mês anterior. Os itens gasolina (1,03% para 2,72%) e alimentos para animais domésticos (1,02% para 2,60%) exerceram pressão de alta. Já Alimentação repetiu a taxa de 0,31% em junho, com destaques para laticínios (0,15% para 1,86%), em sentido ascendente, e hortaliças e legumes (0,43% para -4,06%), em sentido oposto.
Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para a desaceleração do IPC-M em junho foram passagem aérea (-6,98% para -7,28%), banana-prata (-5,65% para -10,19%) e xampu, condicionador e creme (-1,33% para -3,22%), seguidos de perfume (0,84% para -1,90%) e cebola (-1,69% para -10,37%).
As principais influências individuais de alta foram, além de gasolina, tarifa de eletricidade residencial (4,38% para 3,30%), etanol (3,53% para 9,92%), plano e seguro de saúde (0,84% para 0,87%) e condomínio residencial (1,10% para 1,43%).
IPAs
Dentro do IGP-M, o IPA agropecuário inverteu o sinal e cedeu 0,90% em junho, após subir de 5,17% em maio, enquanto os produtos industriais - medidos pelo IPA Industrial - desaceleraram de 5,25% no último mês para 0,94% nesta leitura. Com o arrefecimento, a inflação acumulada pelo IPA cheio em 12 meses caiu de 50,21% para 47,53%, com alívio tanto no total da abertura industrial (47,81% para 45,41%) quanto nos produtos agropecuários (56,68% para 53,29%).
"A combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado. Com este movimento, a taxa do IPA registrou expressiva desaceleração fechando o mês com alta de 0,42%", observou, em nota, o coordenador de Índices de Preços da FGV, André Braz.
Nas aberturas por estágios de processamento, a contração das matérias-primas brutas (1,28% para -10,15%) foi puxada por recuo do minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão (3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%). Na outra ponta, ajudaram a conter a queda dos preços o leite in natura (1,24% para 6,20%), bovinos (0,41% para 1,19%) e aves (3,82% para 4,96%).
Os preços de bens finais também recuaram, de 1,59% em maio para 1,32% em junho, puxados por alívio dos preços de alimentos processados (2,98% para 2,45%). A variação dos bens intermediários arrefeceu de 2,59% para 1,78%, puxada por alívio dos materiais e componentes para a manufatura, de 3,32% para 1,71%.
Nos 12 meses até junho, matérias-primas brutas acumulam alta de 71,28%, bens intermediários sobem 47,47% e bens finais avançam 23,12%.
Influências individuais
A cana de açúcar desacelerou de 18,65% para 7,73% entre maio e junho, mas ainda assim foi a maior influência para cima nos preços do IPA-M desta leitura. A FGV também destaca como influências para cima o café em grão (8,82% para 8,15%) e carne bovina (5,04% para 2,56%), além do leite in natura e das aves.
Na outra ponta, pressionaram o índice para baixo o farelo de soja (-0,25% para -4,62%) e os suínos (14,89% para -13,50%), além do minério de ferro, soja em grão e milho em grão.
Apostador sortudo embolsa quase R$ 10 milhões sozinho na Quina; Lotofácil tem 4 vencedores, mas ninguém ficou milionário com a loteria
Após diversos sorteios acumulando, a Quina finalmente pagou quase R$ 10 milhões ao único vencedor do concurso 6775. Veja as dezenas sorteadas
Aumento do IOF volta a valer com decisão de Alexandre de Moraes, mas exclui risco sacado da cobrança; entenda os efeitos
O decreto havia sido suspenso após votação do Congresso Nacional para derrubar a alteração feita pelo presidente Lula
De olho na conta de luz: Aneel aprova orçamento bilionário da CDE para 2025 com alta de 32% — e cria novo encargo
Novo orçamento da agência regula impacto de R$ 49,2 bilhões no setor elétrico — quase tudo será pago pelos consumidores
Governo Trump apela até para a Rua 25 de março e o Pix na investigação contra o Brasil. Aqui estão as seis acusações dos EUA
O governo norte-americano anunciou, na noite da última terça-feira (15), investigações contra supostas práticas desleais do comércio brasileiro. Veja as seis alegações
Ganhador da Mega-Sena fatura prêmio de mais de R$ 45 milhões com aposta simples; Lotofácil também faz um novo milionário
Em uma verdadeira tacada de sorte, o ganhador foi o único a cravar todas as dezenas do concurso 2888 da Mega-Sena; confira os resultados das principais loterias da Caixa
Copom vai cortar juros ainda em 2025 para seguir o Fed, mas não vai conseguir controlar a inflação, diz Fabio Kanczuk, do ASA
O afrouxamento monetário deve começar devagar, em 25 pontos-base, mesmo diante da possível tarifação dos EUA
Lula tira do papel a Lei da Reciprocidade para enfrentar Trump, mas ainda aposta na diplomacia
Medida abre caminho para retaliação comercial, mas o governo brasileiro segue evitando o confronto direto com os Estados Unidos
Temporada de balanços 2T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 2T25 começa ainda em julho e promete mostrar quem realmente entregou resultado entre as principais empresas da B3
Tarifas de Trump jogam balde de água fria nas expectativas para a economia brasileira; confira os impactos da guerra tarifária no país, segundo o Itaú BBA
O banco ressalta que o impacto final é incerto e que ainda há fatores que podem impulsionar a atividade econômica do país
Agenda econômica: Inflação, Livro Bege, G20 e PIB chinês; confira os indicadores mais importantes da semana
Com o mercado ainda digerindo as tarifas de Trump, dados econômicos movimentam a agenda local e internacional
É improvável que tarifa de 50% dos EUA às importações brasileiras se torne permanente, diz UBS WM
Para estrategistas do banco, é difícil justificar taxação anunciada por Trump, mas impacto na economia brasileira deve ser limitado
Bolsonaro é a razão da tarifa mais alta para o Brasil, admite membro do governo dos EUA — mas ele foge da pergunta sobre déficit comercial
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, falou em “frustração” de Trump em relação à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro ante a Justiça brasileira, mas evitou responder sobre o fato de os EUA terem superávit comercial com o Brasil
Sem milionários, só Lotofácil fez ganhadores neste sábado (12); Mega-Sena acumula em R$ 46 milhões. Veja resultados das loterias
Lotofácil fez quatro ganhadores, que levaram R$ 475 mil cada um. Prêmio da +Milionária agora chega a R$ 128 milhões
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA