🔴 SD EXPLICA: COMO GARANTIR 1% AO MÊS NA RENDA FIXA ANTES QUE A SELIC CAIA – VEJA AQUI

Ibovespa e empresas novatas da bolsa caíram; como proteger seu padrão de vida da tempestade? A resposta: o dólar

Ações de techs brasileiras despencaram com a deterioração do ambiente macroeconômico; mais do que nunca é importante investir no exterior

17 de agosto de 2021
11:09 - atualizado às 21:32
Imagem: Shutterstock

Aqui no Brasil, não podemos nos dar ao luxo de dizer uma frase quase onipresente nas cartas anuais de Warren Buffett: “Como ocorre há muitos anos, os EUA continuam sendo um solo econômico fértil”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, a narrativa de expansão fiscal como risco macroeconômico só fez se intensificar na semana atual. Na última sexta-feira (13), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu pela primeira vez que o domínio da inflação se torna uma tarefa difícil diante de um fiscal descontrolado. 

Para completar, ontem, penúltimo dia da temporada de resultados do 2T21, a Méliuz (CASH3) divulgou um resultado que foi bom, mas não espetacular. Para investidores melindrados por um cenário estressado, isso foi suficiente para fazer o papel cair 13% em um único pregão. Enjoei (ENJU3), que, aliás, tem um viés ESG interessante, foi na mesma linha. Divulgou um bom resultado, mas não extraordinário, e a ação caiu 16% ontem.

As demais empresas de tecnologia locais, que já haviam soltado seus resultados há dias (ou ainda nem soltado), reagiram em bloco. Mosaico (MOSI3) caiu 10% no pregão de ontem. Infracommerce (IFCM3), que havia divulgado um bom resultado na semana passada, caiu 7%. A BDR do Mercado Livre (MELI34), que havia divulgado um resultado espetacular (essa sim!), caiu 2,1%

Isso tudo diante de um Ibovespa que caiu 1,7% no último pregão. As empresas de tecnologia são sempre as primeiras a sofrer em um macro estressado, assim como as small caps, cujo índice caiu 4% ontem. Isso porque, como provavelmente é sabido pelo leitor, os fluxos de caixa alongados no futuro impõem um desafio de valuation difícil para essas empresas. Elas negociam a um preço que não costuma tolerar muito desaforo. Em um cenário macro difícil, então...

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Surpresas constantes

Para esse tipo de companhia, é quase como se as expectativas para os seus resultados não estivessem totalmente refletidas nas projeções divulgadas pelos analistas dos bancos, como é o caso das empresas mais maduras. É como se houvesse uma expectativa inconsciente de surpresa constante. Para essas empresas, não basta atenderem as expectativas; a sustentação dos seus patamares de valuation tem dependido de surpresas positivas, uma atrás da outra.

Leia Também

Por isso, a qualidade da execução dessas firmas (assim como a de todas as escolhidas para o seu portfólio) deve ser soberana, mais do que nunca. A habilidade de julgamento do analista sobre a capacidade de entrega de cada time de gestão sempre foi importante; mas ela se torna nítida quando a maré baixa (é aí que você vê quem está nadando pelado).

Por capacidade de entrega, quero dizer:

  1. Bons retornos sobre capital investido;
  2. Crescimentos que atendem à expectativa sinalizada ao mercado (de preferência, que superem);
  3. Ética na condução dos negócios.

Porque, convenhamos, a última coisa que queremos agora é um comportamento duvidoso por parte daqueles que estão tocando as companhias de nossa escolha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, posições de tecnologia, principalmente aquelas com valuation muito esticado, devem ter um peso menor na sua carteira de ações (conforme temos recomendado aos nossos assinantes). O tamanho da posição deve ser proporcional à margem de segurança enxergada para aquele papel. Quanto maior a chance de preservação de capital, maior deve ser a posição, e vice-versa. Aos nossos assinantes, recomendamos também que rebalanceiem suas posições para os pesos recomendados nas carteiras que você segue, principalmente após quedas bruscas.

Nós, brasileiros, também precisamos nos atentar a um outro fator. Agora, é de suma importância que evitemos o “home bias”, viés que leva o investidor a dar preferência para ativos do seu país de origem.

O segredo está no dólar

Mesmo que você não seja dado(a) a viagens internacionais, as cadeias de suprimento são globais, e a variação cambial impacta seu custo de vida, quer você goste disso ou não.

O algodão, insumo de boa parte das roupas que você compra, é uma commodity, cujo preço é determinado no mercado global e, por consequência, acompanha o dólar. Isso vale também para os alimentos industrializados, que usam trigo, açúcar e soja, entre outros insumos. Mesma coisa para os eletrônicos, que utilizam mão de obra altamente qualificada em suas criação e fabricação. Todos esses produtos oscilam juntamente com o dólar. Você precisa proteger o seu custo de vida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aqueles que seguem as recomendações da Carteira Empiricus já têm boa parte do seu patrimônio alocado no exterior. Se você não tem, acredito que deveria ter — não tudo, mas uma parte. E não escolhendo ativos internacionais a esmo, mas também empregando critérios rigorosos de seleção de ativos, como temos feito na Carteira Empiricus.

No final das contas, o micro tem de prevalecer. Quem entregar generosos fluxos de caixa ao acionista deve sair menos encharcado dessa tempestade perfeita.

Até lá, segure as pontas e permaneça vivo (ou viva).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

16 de dezembro de 2025 - 8:23

Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?

16 de dezembro de 2025 - 7:13

Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg

15 de dezembro de 2025 - 19:55

O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje

15 de dezembro de 2025 - 7:47

O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026

VISÃO 360

Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

14 de dezembro de 2025 - 8:00

Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações

12 de dezembro de 2025 - 8:26

Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas

SEXTOU COM O RUY

Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas

12 de dezembro de 2025 - 6:07

O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje

11 de dezembro de 2025 - 8:23

A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…

10 de dezembro de 2025 - 19:46

Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje

10 de dezembro de 2025 - 8:10

Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje

9 de dezembro de 2025 - 8:17

Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?

9 de dezembro de 2025 - 7:25

Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade

RALI, RUÍDO E POLÍTICA

Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza

8 de dezembro de 2025 - 19:58

A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje

8 de dezembro de 2025 - 8:14

Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana

TRILHAS DE CARREIRA

É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira

7 de dezembro de 2025 - 8:00

As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas

5 de dezembro de 2025 - 8:05

O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro

SEXTOU COM O RUY

Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos

5 de dezembro de 2025 - 6:02

Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje

4 de dezembro de 2025 - 8:29

Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar