Visão de que inflação seria temporária já foi ultrapassada no mundo, diz presidente do BC
No início do processo de alta dos preços, o BC indicou que considerava o choque temporário. A visão, porém, acabou mudando com a persistência da inflação
A visão de que a inflação seria temporária já foi ultrapassada no mundo, mas que há diferença no passo de normalização monetária entre os países. A afirmação é do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Vale lembrar que, no início do processo de alta dos preços, o próprio Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que considerava o choque temporário. A visão, porém, acabou mudando com a persistência da inflação, o que levou o BC a mudar a visão e começar o atual ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic).
Campos Neto disse nesta sexta-feira, 1º de outubro, que o Brasil tem feito mais para normalizar a taxa de juros. "O Brasil teve choques específicos que impactam o País de forma diferente", disse ele, em participação em evento do Morgan Stanley.
Outros bancos centrais, como o dos Estados Unidos, se preparam para dar início ao processo de retirada dos estímulos monetários concedidos desde o início da crise da covid-19. A inflação na maior economia do mundo acumula alta de mais de 5% no acumulado de 12 meses — bem acima da meta de 2%.
Mas Campos Neto argumentou que os preços de serviços no Brasil ainda estão mais baixos do que os vistos nos outros países, em meio ao processo de normalização do consumo de bens para serviços.
O presidente do Banco Central afirmou que há clara diferenciação entre a recuperação dos países avançados e os emergentes, com melhor desempenho dos países desenvolvidos. Mas ponderou que, um ano e meio após o início da pandemia de covid-19, a maioria dos países está perto do nível anterior à pandemia.
Leia Também
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
Importância do controle da inflação
Campos Neto repetiu que controlar a inflação é a melhor maneira de criar crescimento sustentável, especialmente em um país com memória inflacionária como o Brasil, em linha com o mandato secundário da autoridade monetária, incluído na lei de autonomia este ano.
Ele argumentou ainda que o impacto sobre a economia não depende apenas do que ocorre com a Selic, mas de como isso se propaga na curva.
"Você pode aumentar a Selic e produzir condições financeiras mais frouxas. É preciso ter credibilidade no processo de estabilização de preços."
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O presidente do BC também comentou que a inflação brasileira sofreu uma sequência de choques, com os alimentos, combustíveis e energia, que começam a ser repassados no processo de reabertura da economia.
Ele ponderou que é difícil modelar esse repasse de custos em um momento inédito como o atual, de recuperação da pandemia de covid-19. "Repasse de custos não ocorre de maneira linear."
Leia também:
- Selic ao final do ajuste é mais importante do que o ritmo da alta, diz presidente do BC
- Selic a 6,25%: onde investir nesse cenário?
Meta é meta
Campos Neto, reforçou que a taxa básica de juros (Selic) irá onde for preciso para alcançar a meta de inflação. Segundo ele, o BC não acredita em metas ajustadas, que, conforme ele, podem afetar a credibilidade.
“Não acreditamos em metas ajustadas, acreditamos em atingir as metas. A Selic estará onde tiver de estar para atingir a meta. Metas ajustadas afetam a credibilidade. Não acreditamos que essa é a forma de fazer isso.”
O presidente do BC voltou a citar que há disseminação da inflação, com os núcleos muito acima da meta, e que a curva de juros está mais alta no Brasil atualmente porque há incertezas fiscais. "Há debate sobre como programas do governo pós-covid serão financiados."
Campos Neto ainda citou o papel dos esforços para a economia mais verde no aumento de preços de commodities, principalmente minerais e metálicas. "Os carros elétricos, por exemplo, não são tão verdes na produção", disse, citando também a precificação de carbono.
*Com informações do Estadão Conteúdo
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica
Uma vaca de R$ 54 milhões? Entenda o que faz Donna valer mais que um avião a jato
Entenda como Donna FIV CIAV alcançou R$ 54 milhões e por que matrizes Nelore se tornaram os ativos mais disputados da pecuária de elite
Foi vítima de golpe no Pix? Nova regra do Banco Central aumenta suas chances de reembolso; entenda como funciona
Nova regra do Banco Central reforça o MED, acelera o processo de contestação e aumenta a recuperação de valores após fraudes
BRB no centro da crise do Master: B3 exige explicações sobre possíveis operações irregulares, e banco responde
Em março, o banco estatal de Brasília havia anunciado a compra do Master, mas a operação foi vetada pelo Banco Central
Nova lei do setor elétrico é sancionada, com 10 vetos do governo: veja o que muda agora
Governo vetou mudança na forma de averiguar o preço de referência do petróleo, pois a redefinição da base de cálculo “contraria o interesse público”
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro