O protagonismo nordestino na recuperação da economia
O mercado imobiliário tem sido um dos setores que mais rapidamente reagem à grave crise desencadeada pela covid-19

Em 2020, conforme dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), foram vendidas 34.019 unidades residenciais na Região Nordeste, ante 22.719 em 2019, representando aumento de 49,7%.
O volume significa 18% do total nacional, de 189.857 unidades. Trata-se do segundo maior índice de crescimento anual, atrás apenas do Norte (50,1%) e o terceiro maior volume de comercialização, seguindo-se ao Sudeste (95.720) e Sul (38.160).
No que diz respeito às unidades lançadas em 2020, na comparação com 2019 houve queda no Sudeste (-20,9%), Sul (-32,7%) e Nordeste (-9,6). Observou-se crescimento de 24,7% no Centro-Oeste e 9,7% no Norte. Nacionalmente, a diminuição foi de 17,8%. Entendemos que a retração tenha refletido, no primeiro semestre, o impacto da pandemia da Covid-19.
Olhando apenas para os números do mercado nordestino, porém, é possível identificar forte tendência de recuperação: no primeiro trimestre, registraram-se 4.019 lançamentos.
Porém, nos últimos três meses do ano, foram 7.274, significando aumento de 2,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 11,3% na comparação com o mesmo período de 2019, com destaque para a cidade do Recife, hoje nossa maior praça de atuação, que registrou crescimento de 3.000% comparado ao quarto trimestre de 2019.
As 21.257 unidades lançadas no Nordeste em 2020 representam 14% do total nacional, de 151.782. A região ficou à frente do Norte e do Centro-Oeste, em linha com o Sul e atrás do Sudeste.
Leia Também
Os números corroboram estudo que encomendamos na Moura Dubeux à Urban System, abrangendo as cinco localidades nas quais atuamos, que são Salvador, Recife, Fortaleza, Maceió e Natal. Esses municípios, somados, representam metade do mercado referente à cidade de São Paulo. É uma proporção que pouca gente conhece, mas bastante expressiva.
São estatísticas que refletem aspectos positivos da economia do Nordeste, onde existem numerosas empresas de grande porte, inclusive de operação globalizada, setor de serviços sofisticado, bem-estruturado e mercado consumidor consistente. Numerosos empreendimentos imobiliários são de alto padrão e a maioria é vendida rapidamente. Há casos de lançamentos que esgotam em uma ou duas semanas.
Se considerarmos um período longo (de janeiro de 2006 a setembro de 2020), o que confere mais consistência ao dado, veremos que o setor imobiliário regional é sustentável do ponto de vista comercial. É o que se observa nos exemplos relativos ao número médio de unidades comercializadas mensalmente, de 258 em Fortaleza, 148 em Recife, 114 em Salvador e 50 em Natal.
Não é sem razão, considerando todos os números do mercado regional, que a Moura Dubeux, líder na região, detentora do market share nas cidades de Recife, Fortaleza, Natal e pronta para assumir tal posição em Salvador, tenha alcançado valor de vendas no quarto trimestre de 2020 de R$ 305 milhões, contra R$ 204 milhões em igual período de 2019, com avanço significativo de 49,8%, e os mesmos R$ 305 milhões no trimestre imediatamente anterior, o que representou venda média mensal de R$ 100 milhões por mês nos últimos 6 meses do ano.
Números estes, que, se anualizados, levarão a companhia a retomar patamar de vendas acima de R$ 1 bilhão. De modo coerente com o mercado nacional e o regional, o período foi de recuperação. Considerando que, no total de 2020, nossas vendas foram de R$ 779 milhões, com crescimento de 2,2% em relação aos R$ 762 milhões registrados em 2019, num reflexo direto da pandemia.
Em 2021, já iniciamos nosso ciclo de lançamentos e estimamos alcançar valor geral de venda consideravelmente maior que os R$ 791 milhões do ano de 2020 — estes, somente lançados a partir do segundo semestre.
O mercado imobiliário tem sido um dos setores que mais rapidamente reagem à grave crise desencadeada pela covid-19. Em meio à tristeza pelas perdas humanas e aos danos às empresas e empregos, muita gente tem procurado a segurança do setor como alternativa de investimento, considerando, também, a queda da renda fixa decorrente da mais baixa taxa básica de juros de todos os tempos.
Vida de qualidade é outro fator de estímulo à compra de residências em locais mais aprazíveis, num momento no qual o home office, consolidado como modelo por número crescente de empresas, permite que se more mais longe das organizações empregadoras.
Em 2021, à medida que avance a vacinação contra o novo coronavírus e, tomara, com a realização das reformas estruturais (tributária e administrativa) no Congresso Nacional, o mercado imobiliário será um dos que continuarão contribuindo de modo significativo para a recuperação da economia brasileira. Seu segmento relativo ao Nordeste é protagonista nesse processo.
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”