2021 ou 2020s? O inimigo ainda é o mesmo

No final de 2019, corria na internet o seguinte meme: “Já pensou se está todo mundo esperando 2020 e chega 2019s?” A brincadeira é uma alusão aos lançamentos dos modelos de iPhone e suas respectivas versões s, variantes do modelo original que não chegam a consistir numa nova geração.
Como muita gente comentava que 2019 havia sido um ano agitado e difícil, a perspectiva de 2020 ser uma espécie de repeteco do ano anterior, apenas com pequenas variações, era comicamente aterrorizante. Mal sabíamos o que estava por vir…
Eu não sei bem quando esse meme começou, pois tenho certeza de que ele já havia sido utilizado em anos anteriores, com a mesma conotação. Mas no fim do ano passado, engraçado... não me lembro de tê-lo visto. Talvez porque as pessoas quisessem que 2020 acabasse logo e não acreditassem ser possível que 2021 fosse pior.
Mas eu, pelo contrário, temia (e ainda temo) o 2020s. Uma versão anual do Dia da Marmota. Não que eu acredite num novo crash nos mercados, não é isso. Mas é que não dá para ignorar que a nossa maior dor de cabeça, a pandemia de covid-19, ainda não parece assim tão perto do fim.
Sim, há vacinas, e isso nos deixa otimistas, mas até alcançarmos a imunidade de rebanho, ainda temos que percorrer um certo chão. E, até lá, muitas ainda podem ser as internações e mortes, mais lockdowns podem se seguir, e as máscaras continuarão por aí. Aqui no Brasil, por sinal, ainda não temos sequer uma definição sobre o início da vacinação.
O inimigo, portanto, ainda não é outro. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o coronavírus já contaminou mais de 90 milhões de pessoas ao redor do mundo e matou quase 2 milhões. Vários países já voltaram a impor restrições à circulação, incluindo o Brasil.
Leia Também
Bombou no SD: Balanço do Banco do Brasil, crise no Banco Master e os maiores consumidores de vinho do mundo; veja os assuntos preferidos da audiência na semana
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Depois de um início de ano com o pé direito, que levou o Ibovespa às máximas, as bolsas começaram a segunda semana de 2021 com realização de lucros.
Como o coronavírus ainda preocupa, os investidores acharam melhor embolsar um pouco dos ganhos recentes. A situação política nos Estados Unidos também anda tensa, o que contribuiu para o cenário de aversão a risco. A Jasmine Olga conta tudo sobre o desempenho da bolsa e do dólar hoje na sua cobertura de mercados.
MERCADOS
• Depois de atingir a marca de US$ 40 mil na semana passada, o bitcoin passa hoje por um movimento de correção, tendo chegado a cair 20%.
• As ações do Twitter também tiveram um dia de queda, no primeiro pregão após a plataforma banir o presidente dos EUA, Donald Trump. O mercado teme que haja um impacto negativo na base de usuários a longo prazo.
• O Credit Suisse revisou as expectativas para ações de mineradoras e siderúrgicas da América Latina. O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis de Gerdau e Metalúrgica Gerdau de compra para neutro, mas apontou outras ações como promissoras.
• A Locaweb anunciou um desdobramento de ações, visando aumentar a liquidez dos papéis e tornar o preço mais atrativo a um número maior de investidores. Só no último mês os ativos da empresa subiram mais de 20%.
• As exigências do governo do Paraná à Copel para seguir com o programa de units foram vistas pela XP Investimentos como um golpe na governança corporativa da empresa. Para os analistas da corretora, a postura contrasta em muito com a independência que a estatal vinha tendo. Saiba por quê.
EMPRESAS
• A Ford planeja encerrar a produção de veículos nas fábricas do Brasil ainda neste ano, em razão dos impactos da pandemia sobre o setor. Os veículos vendidos no país passam a ser produzidos na Argentina e no Uruguai.
• Raymundo Magliano Filho, ex-presidente da Bolsa de Valores brasileira, morreu hoje, aos 78 anos. O empresário, que sofria de asma, foi vítima de complicações da covid-19. Ele foi um importante nome no desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil.
• O Banco do Brasil divulgou um plano de revisão e redimensionamento de sua estrutura organizacional, que envolverá fechamento de agências e a criação de planos de demissão incentivada aos funcionários.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China
Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão