O melhor do Seu Dinheiro: Como não treinar seu dragão
Com inflação na casa dos dois dígitos, BC não consegue domar os preços e precisa elevar taxa Selic
O Banco Central brasileiro conquistou neste ano a tão aguardada independência prevista em lei. Mas a maior autonomia não impediu a autoridade monetária de fracassar justamente na principal missão: manter a inflação dentro da meta.
O objetivo para o IPCA neste ano era de 3,75%, com uma gordurinha de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, que permitiria ao BC deixar o índice oficial de preços escorregar para até 5,25%.
Mas quem deu uma passada no supermercado ou levou o carro para abastecer ao longo deste ano já sabe que o dragão está à solta — e com toda a pinta de perder o controle.
Nos últimos 12 meses até outubro, o IPCA acumulado é de 10,67%. A dúvida agora é saber se a inflação terminará o ano nos dois dígitos — o mercado aposta que sim.
Então onde o Banco Central errou? Pelas regras do regime de metas, o próprio Roberto Campos Neto terá de publicar uma carta aberta para explicar por que não conseguiu domar o dragão.
É fato, porém, que o Comitê de Política Monetária (Copom) usou a principal arma que tem à disposição para tentar segurar os preços: a taxa básica de juros.
Leia Também
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
A Selic iniciou o ano na mínima histórica de 2% e pode encerrar 2021 em 9,25% ao ano, se as expectativas do mercado para a reunião do Copom desta quarta-feira se confirmarem.
A economia e as ações na bolsa, em particular, já sentem o peso da concorrência dos juros mais altos — mas os rentistas agradecem.
Na coluna de hoje, o Matheus Spiess traz um panorama do que esperar da decisão para a Selic e quais as chances de o Banco Central controlar o dragão em 2022.
O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Impasse com precatórios na Câmara mexe com cenário local enquanto exterior busca recuperação após notícias positivas da covid-19. O primeiro dia da reunião do Copom deve dividir espaço com a análise da proposta de fatiamento da PEC e alívio com a variante ômicron.
DESINVESTIMENTOS EM DIA
Petrobras (PETR4) embolsa R$ 332,4 milhões com conclusão da venda do Polo Miranga e de três usinas termelétricas. O valor subirá ainda mais nos próximos anos e, com uma ajudinha dos preços do petróleo, pode chegar a US$ 1,3 bilhão.
LUPA NAS FALAS
CVM investigará a Petrobras; processo foi aberto após Bolsonaro prometer queda no preço dos combustíveis. O presidente, que é um dos críticos mais ferrenhos da política de preços da estatal, afirmou que a Petrobras anunciará a redução nos valores ainda nesta semana.
SEGURANÇA NACIONAL
Bolsonaro desiste de privatizar a Casa da Moeda e produção de dinheiro continuará estatal. Responsável pela produção de cédulas de dinheiro, moedas, passaportes e selos, a empresa estava no plano de desestatização desde 2019.
NEGÓCIOS
Empiricus muda plataforma e traz nova experiência para assinantes. Com Empiricus Pass, a empresa de análise oferece combo com diferentes assinaturas com preço reduzido e experiência customizável.
MONEY TIMES
Rosa Weber libera emendas de relator e pede que tema seja levado ao plenário do STF. Ministra justificou decisão sob o argumento de afastar o risco de descontinuidade de serviços essenciais à população.
Uma ótima terça-feira para você!
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
