Investimentos alternativos e sofisticados ao alcance da pessoa física
No Brasil dos juros de dois dígitos, a renda fixa tradicional e os imóveis eram basicamente tudo que os investidores precisavam para fazer o dinheiro render. Para quem tinha recursos poupados, não havia inflação ou Selic alta que representasse problema.
Alguns até se aventuravam pelo mercado de ações, mas no que diz respeito a ambiente de juros, legislação e economia, as classes de ativos disponíveis para a pessoa física paravam por aí.
À medida que o país foi ficando um pouco mais civilizado, pudemos ver a inflação e as taxas de juros caírem e a economia se diversificar. Investir com vistas ao longo prazo se tornou possível, e foram surgindo cada vez mais investimentos acessíveis à pessoa física.
Surgiram os planos de previdência privada, os fundos imobiliários e uma miríade de fundos de investimento de perfis diferentes aceitando aportes iniciais baixos. Também se tornou possível, para o investidor comum, comprar títulos de renda fixa emitidos por empresas ou lastreados em recebíveis, e não mais apenas o “papai-mamãe” títulos públicos e bancários.
Finalmente, chegamos a uma era em que até o investimento no exterior foi facilitado. Quem diria. Mas ainda não dá para dizer que o pequeno investidor tem acesso fácil a todos os tipos de ativos que costumam compor as carteiras dos investidores mais abastados.
O mercado a ser desbravado agora é o dos chamados “investimentos alternativos”, que incluem fundos de participações em empresas (como os fundos de venture capital e private equity), fundos que ganham dinheiro com empresas e outros ativos problemáticos e ativos como precatórios.
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Em seus últimos movimentos no mercado, a XP Investimentos continua mostrando que quer fazer jus à sua reputação de aproximar o varejo dos investimentos antes restritos aos mais ricos, levando ativos sofisticados ao investidor comum, ainda que com risco maior.
Isso ficou claro nas recentes aquisições de participações na gestora Capitânia, especializada em crédito privado, imobiliário e de infraestrutura, e na Giant Steps, focada em fundos quantitativos, que operam por meio de algoritmos.
Agora, a XP anunciou a compra de uma fatia da Jive Investments, voltada para o investimento em crédito para empresas em recuperação judicial, imóveis com pendências jurídicas e precatórios. O objetivo é justamente aproximar esses investimentos ditos alternativos do grande público da corretora.
O Renato Carvalho conta detalhes da aquisição e os próximos passos da gestora após o aporte da XP nesta matéria.
MERCADOS
• Não foi fácil, mas, após longas negociações, o presidente dos EUA chegou a um acordo com a oposição para um pacote trilionário de investimentos em infraestrutura. O fim da novela animou os investidores e aliviou o câmbio, levando o Ibovespa de volta aos 129 mil pontos, e o dólar a fechar o dia em R$ 4,90.
• Os investidores da África do Sul podem ter perdido até US$ 3,6 bilhões em bitcoins após os fundadores da Africrypt, uma das maiores exchanges do país africano, desaparecerem com as criptomoedas. Entenda o caso.
EMPRESAS
• O São Paulo Catarina, da JHSF Participações, está prestes a virar o primeiro aeroporto internacional exclusivo para aviação executiva no Brasil. A companhia informou que recebeu autorização para operar voos internacionais no local, e suas ações fecharam com a maior alta do Ibovespa nesta quinta.
• Com uma longa fila de empresas à espera da permissão para fazer IPO, a BBM Logística decidiu pegar um atalho na estrada com destino à B3. A empresa paranaense pode captar até R$ 1,6 bilhão por meio de uma oferta restrita de ações.
• Os últimos contratos ainda nem esfriaram na gaveta e a Eve já tem um novo acordo para celebrar. A empresa de Mobilidade Aérea Urbana da Embraer fechou uma parceria com a plataforma Blade para disponibilizar voos em seus veículos elétricos de decolagem e pouso vertical nos EUA.
• Pouco menos de três meses após lançar ações na bolsa brasileira, o banco digital Modalmais anunciou a aquisição de três escritórios na região Sul do Brasil. Juntos, eles somam cerca de R$ 2 bilhões sob custódia. Saiba mais.
• Na semana em que atingiu a marca de US$ 2 trilhões em valor de mercado pela primeira vez, a Microsoft apresentou o Windows 11 — a nova versão do seu sistema operacional para computadores. Veja sete destaques do produto.
ECONOMIA
• O governo estima um crescimento de R$ 105,2 bilhões nas despesas obrigatórias em 2022, segundo documento do Ministério da Economia. A cifra deve reduzir a “folga” do teto de gastos no ano.
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