Tempo: o investimento mais importante da sua vida
Tempo é o recurso mais valioso e escasso do mundo, cada pessoa tem uma quantidade limitada, mas indeterminada, dele. Como você tem usado o seu?

“Time isn’t the main thing. It’s the only thing.”
A frase acima (em tradução livre, “Tempo não é o que mais importa. É a única coisa que importa.”) é do famoso e incrivelmente talentoso músico de jazz Miles Davis. Tempo é o recurso mais valioso e escasso do mundo, cada pessoa tem uma quantidade limitada, mas indeterminada, dele. Como você tem usado o seu?
Leia também:
- NO CELULAR: Receba comentários diários em áudio da equipe do Seu Dinheiro
- Veja os preços e as taxas do Tesouro Direto nesta sexta-feira
- Mesmo com avanço do faturamento, prejuízo do IRB cresce em novembro
Pode não parecer, mas o investimento de nosso tempo tem muito mais a ver com nossa vida financeira do que podemos imaginar. Por exemplo, quanto tempo você gasta cuidando de seus investimentos? Ou quanto tempo você investe em estudos e leituras para criar uma renda extra ou aumentar a que você já tem?
Ambas as perguntas são relevantes para a vida de um investidor. E talvez mais importante, quanto tempo sobra para viajar, praticar seus hobbies, aproveitar a vida, seus amigos e familiares?
Como você está balanceando seu tempo entre carreira, investimentos e vida pessoal?
Leia Também
Felipe Miranda: Carta pela moderação (e cinco ações para comprar agora)
Para quem perdeu a hora, a 2ª chamada das debêntures da Petrobras, e o que mexe com os mercados hoje
Não sei qual a sua resposta, mas posso te contar a minha.
No passado, eu me preocupava mais com o que ia comprar para minha carteira de ações do que como e o que poderia fazer para acelerar minha carreira. Para mim, gerar riqueza só seria possível investindo bem (desde sempre), o que não deixa de ser verdade, se não fosse por um problema: qualquer investidor precisa de capital para começar, e esse capital precisa crescer até alcançar certa relevância para que possa se multiplicar de verdade.
Existem várias formas de alcançar um patrimônio relevante que permita a seu dinheiro se multiplicar praticamente sozinho e fazer diferença na sua vida. Algumas pessoas pensam muito em herança — não é uma possibilidade para mim; outras, na loteria — fora de questão, a probabilidade de ganhar torna a aposta pouco assimétrica. A maneira que encontrei foi o trabalho.
O que tenho feito é dedicar meu tempo livre a estudar, ler e me desenvolver na tentativa de conquistar um crescimento na minha carreira que me permita investir cada vez mais.
Já sei, você está pensando que, para mim, é fácil falar. Eu trabalho com investimentos e, por isso, consigo unir o útil ao agradável sem usar tempo extra. De certa forma, é verdade, mas mesmo que eu tivesse uma bola de cristal que me permitisse conseguir retornos consistentes de dois dígitos anualmente, de nada adiantaria se não tivesse capital para investir.
Vamos supor que você ganhe R$ 5.000 líquidos. Um aumento de 10% corresponde a R$ 500 a mais, ou R$ 6.500 (contando com o 13º, se você tiver) a mais na conta todo ano. De quanto você precisaria para conseguir a mesma quantia com investimentos? Se você tem R$ 100 mil, um retorno de 6,5% ao ano seria o mesmo que um aumento de 10% na sua renda mensal. E se você tiver zero de capital, já pensou quanto tempo demoraria para juntar esse valor?
Penso em duas formas. A primeira é me dedicar a aumentar minha renda e, consequentemente, minha poupança, e a segunda seria focar todos os meus esforços em fazer os melhores investimentos possíveis. Qual delas será mais eficiente se a quantia inicial poupada for de R$ 1.000 mensais?
Vamos supor que eu, Bruno, tenha me dedicado totalmente a aumentar minha renda ano a ano, tenha conseguido um aumento na quantia poupada de 20% a cada fim de ano e os retornos de meus investimentos sejam de 7% ao ano.
Já meu amigo Rafael fez o oposto: ele focou sua atenção e tempo nos investimentos, fez tudo sozinho e, com muito esforço, conseguiu um retorno de 10% ao ano — não que exista garantia de que ao dedicar mais tempo a investimentos você terá um retorno maior —, mas não conseguiu aumentar seus aportes mensais.
Será que um de nós conseguiria os R$ 100 mil em cinco anos?
Rafael não conseguiu. Apesar de seu retorno espetacular, ele só chegou a R$ 78 mil. Ele precisaria de um retorno anual de um pouco mais de 20% ao ano para superar os R$ 100 mil nesse período.
O que você acha mais provável? Conseguir 20% ao ano durante cinco anos investindo, ou 7% ao ano e aumentar seus aportes em 20% a cada ano?
Claro que as planilhas aceitam qualquer coisa e podem nos iludir. Então, vamos dificultar um pouco estendendo o período para 20 anos, com os retornos se mantendo os mesmos, mas dessa vez o meu aumento dos aportes é decrescente, indo para 10% após 5 anos, 5% após 10 anos e 0% após 15 anos.
O motivo dessa queda são aumentos de gastos ao longo da vida, como filhos, família e até mesmo uma redução natural na taxa de crescimento de sua renda.
O resultado, mesmo reduzindo o crescimento da poupança, é estarrecedor.
No mundo real, cheio de imprevistos, é impossível determinar qual o retorno que você terá nos próximos 20 anos, quanto você conseguiria aumentar sua renda e o quanto guarda nesse período.
E, apesar de se tratar de uma simulação, me sinto confortável em ter mudado minha visão de quando era mais novo, dedicando mais tempo para minha carreira e menos para minha carteira.
Sua profissão e os meios ao seu alcance para aumentar sua renda são particulares. Tenho certeza de que você saberá a melhor forma de lidar com isso.
Em se tratando de investimentos, enquanto você se dedica à sua carreira, podemos te ajudar com nossas análises dos melhores fundos do mercado e com nossas carteiras sugeridas aqui na série Os Melhores Fundos de Investimento.
A melhor parte é que já há algum tempo essas carteiras deixaram de ser apenas sugestões e foram tornadas realidade pela Vitreo através dos fundos FoF Melhores Fundos e FoF Melhores Fundos Global — o primeiro focado em Brasil e o segundo, no mercado global. Ambos dedicados a entregar uma alocação completa com renda fixa, renda variável, proteção, alternativos e multimercados.
A minha opção preferida seria o FoF Melhores Fundos Blend, disponível para qualquer investidor por um mínimo de R$ 1 mil e que combina 80% da carteira do Melhores Fundos e 20% do Melhores Fundos Global, mas que, por questões regulatórias, só pode ser acessado fora do Blend por investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em investimentos).
A carteira Melhores Fundos rendeu 23,67% desde seu início em abril de 2019 — bem mais que os 7% na simulação —, e o Global rendeu 24,13% desde seu início em março de 2020.
Para mim, o combo FoF Melhores Fundos Blend com a assinatura da série Os Melhores Fundos de Investimento é um dos melhores investimentos para seu dinheiro e tempo. Convido-o a dar uma olhada e tirar suas próprias conclusões, o que você acha?
Trump na sala de aula: Ibovespa reage a tarifas de 50% impostas pelos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump como o Brasil vieram muito mais altas do que se esperava, pressionando ações, dólar e juros
Rodolfo Amstalden: Nem cinco minutos guardados
Se um corte justificado da Selic alimentar as chances de Lula ser reeleito, qual será o rumo da Bolsa brasileira?
Quando a esmola é demais: Ibovespa busca recuperação em meio a feriado e ameaças de Trump
Investidores também monitoram negociações sobre IOF e audiência com Galípolo na Câmara
Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump
Investidores seguem atentos a Donald Trump em meio às incertezas relacionadas à guerra comercial
Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump
Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais
Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos
Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF
Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano
Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos