🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Quem tem medo do lobo mau? Entenda por que a tão temida eleição de 2022 pode se transformar em um grande catalisador positivo

Haverá muita volatilidade, mas o final pode ser mais feliz para os mercados, seja com Lula, Bolsonaro ou uma terceira via

22 de novembro de 2021
11:11 - atualizado às 13:18
Imagem: Getty Images

O humorista Robert Benchley oferece uma ironia de que gosto muito. Diz que existem dois tipos de pessoas: as que dividem o mundo em dois tipos de pessoas e as que não fazem isso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A resposta talvez esteja em Walt Whitman (ah, sim, a resposta sempre está na poesia): é necessária uma multidão de opiniões para ajudar as pessoas a entenderem que elas também são múltiplas. Há sempre várias perspectivas e possibilidades sobre cada assunto.

Eleição é um tema complexo. Dinâmico. E também bastante incerto. Evitemos a polarização das conversas com o titio do Zap e tratemos o tema com a profundidade que ele exige.

Perdidos no labirinto da PEC dos Precatórios, da Selic indo para 12%, da inflação de dois dígitos e da recessão esperada para 2022, já tendo perdido o fio de Ariadne desde que abandonamos a âncora fiscal, deixamos escapar algo importante: talvez a eleição de 2022 tenha sido definida e ninguém percebeu.

Calma. Mais uma vez: calma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isto aqui não é uma tentativa de adivinhação do nome vitorioso no pleito de 2022. Seria ridículo. Uma semana é muito tempo em política. Imagine um ano. Neste momento, parece haver boas chances de o presidente Bolsonaro ser reeleito. Também parece existir boa chance de o ex-presidente Lula ser eleito. E há ainda probabilidade razoável de eleição de uma terceira via. Resumidamente, portanto, os modelos mais científicos do planeta Terra podem afirmar sobre o tema: ninguém sabe nada.

Leia Também

Capital não tem ideologia

Segundo esclarecimento: as palavras aqui escritas têm como objetivo aventar hipóteses de impacto das eleições sobre os ativos financeiros. Ideologia política não combina com seu home broker.

Não é porque seu candidato vai ganhar a eleição que, necessariamente, você precisa ficar mais otimista com ativos de risco. Também não é razão para vender tudo se sua preferência for derrotada.

O mercado é aético (não significa antiético). E, com a transparência de sempre, àqueles que nutrem algum tipo de curiosidade sobre minhas preferências individuais, informo: sou liberal na economia e nos costumes. Lembrando que a essência do liberalismo e da meritocracia pressupõe igualdade de oportunidade. A falsa narrativa que tenta impor uma dicotomia entre responsabilidade social e responsabilidade fiscal deve ser evitada a qualquer custo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora podemos prosseguir

O grande medo do mercado é de que resgatemos, à esquerda ou à direita, uma política fiscal irresponsável e um maior dirigismo estatal, semelhante àquele da época da trágica nova matriz econômica, cujas consequências infelizmente sentimos até hoje.

Como a prioridade de um político é se eleger (ou se reeleger), Bolsonaro poderia topar de tudo até o fim de 2022. Não haveria limites para a caixa de “bondades" (que, na verdade, representam maldades de médio e longo prazo, traduzidas em inflação, que piora a distribuição de renda, e juros mais altos, que aumentam o desemprego).

Teríamos mesmo irrompido para o lado da completa irresponsabilidade fiscal?

Não me parece o caso. Obviamente, a gestão do Orçamento e das diretrizes fiscais, sobretudo desde o fim de junho com o envio da nova reforma do IR e depois com a necessidade de se fazer o novo Auxílio Brasil, com brechas para mais emendas do relator e fundo partidário, tem sido um desastre completo. Isso é indiscutível. A questão que se coloca é: dado o nível de preços, as coisas já não parecem exageradamente negativas?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Do ponto de vista objetivo, a relação dívida/PIB, que todos temiam bater 105%, caminha para 80-81%. Há quem estime superávit primário em 2021 — parece um tanto otimista, mas ainda se falássemos de déficit de algo como 1,5% é uma redução sem paralelos para mercados emergentes no mundo todo frente aos gastos da pandemia. E o governo Bolsonaro deve encerrar seu primeiro mandato com uma proporção de gasto público sobre PIB inferior ao que recebeu, algo que não víamos desde a redemocratização.

Não quero dizer que o governo não tenha frustrado as expectativas mais liberais. Tampouco que não haja muitos erros, nem que deveríamos ter feito muito mais reformas e evitado o populismo em que caímos. Concordo com todas as críticas. Mas, dado o nível de preços, a efetiva piora fiscal já parece contemplada.

Temor é de mais surpresas em 2022

O grande medo seriam novas surpresas sucessivas ao longo de 2022. Pode ser, claro. Sempre pode ser. Contudo, há várias prerrogativas legais impedindo criação de novos gastos e irresponsabilidades em ano eleitoral, justamente para se preservar a igualdade de oportunidades entre os candidatos e garantir a lisura da disputa.

Existe alguma (longe do ideal, claro) institucionalidade que impede grandes rompantes, o Congresso é conservador (no sentido de conservar instituições e organizações que funcionam), e o tecido corporativo brasileiro é profundo e amplo, capaz de se organizar e resistir a grandes loucuras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cumpre também dizer que o primeiro ano do segundo mandato de um presidente costuma ser o período ideal para o abandono do populismo e o ajuste na casa — a presença de Joaquim Levy no Dilma 2 não é coincidência. A mensagem: ainda que possamos ter um ano mais difícil em 2022, resgataríamos a austeridade em 2023, evitando uma explosão do país. E isso precisa conversar com o nível de preços dos ativos.

Zona compradora

Repito aqui as sábias palavras do amigo João Braga no podcast Mesa Pra Quatro (se você ainda não ouviu, corre lá). Eu só vi esses patamares de valuation em outras três situações na minha vida: no pós-quebra da Lehman em 2008, na maior recessão da era republicana brasileira em 2015 e na crise da Covid. Ou seja, as coisas estão baratas. Não significa, evidentemente, que não possam ficar ainda mais baratas. Ninguém aqui tem pretensão de cravar a mínima ou descartamos a volatilidade. A observação é mais geral: estamos numa zona compradora.

Uma informação relevante escapa

Agora analisemos o outro extremo: Lula. A grande preocupação é de retorno de um regime fiscal e intervencionista semelhante àquele vigente quando da nova matriz econômica. Em outras palavras, se tivermos o Lula 2 em vez do Lula 1, possivelmente enveredaríamos por um caminho mais complicado. De fato, é um temor legítimo.

Entretanto, debruçados sobre outros problemas, talvez tenhamos deixado escapar algo relevante. Ao cogitar Geraldo Alckmin como possível companheiro de chapa, Lula afasta a hipótese mais revanchista e isolacionista. Ainda que não venha a ser propriamente Alckmin seu candidato a vice-presidente, ao acenar para o centro e compor alianças impensáveis, Lula sinaliza uma cara para seu governo. É uma espécie de nova Carta aos Brasileiros, ainda não tão incisiva e clara quanto a primeira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Curiosamente, a original também não foi recebida de imediato com muito entusiasmo. Somente conforme a equipe econômica foi conversando com o mercado e indicando o caminho à frente a tal Carta aos Brasileiros virou tão icônica.

Vale o lembrete: Alckmin é próximo a Persio Arida, autor, junto a André Lara Resende, da clássica proposta “Larida”, precursora do Plano Real. É a representação emblemática da ortodoxia na gestão da política econômica.

Muita coisa ainda precisa acontecer e outras sinalizações serão necessárias para tranquilizar o mercado. O flerte com o centro, no entanto, começou cedo, talvez indicando novos acenos à frente — a carta aos brasileiros original foi escrita apenas em julho de 2002, às vésperas da eleição.

A agenda necessária

O ponto central deste texto é que não importa tanto o nome em si. Precisamos de uma agenda, de um projeto para o país que contemple, necessariamente, responsabilidade fiscal, reformas estruturais, respeito aos contratos e obediência às sinalizações do sistema de preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na falta de um candidato de centro competitivo, em termos práticos, apesar de provável retórica eleitoral mais incisiva, acalorada e extremista, talvez tenhamos três.

Quando confrontada com o atual nível de preços dos mercados brasileiros, a tão temida eleição de 2022 pode se transformar em um grande catalisador positivo.

Sem ilusões ou falsas esperanças: haverá muita volatilidade, mas o final pode ser mais feliz, independentemente, para os mercados, se for Lula, Bolsonaro ou a terceira via.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar