As celebridades corporativas invadem a temática ESG
Gisele com sua bandeira conhecida de sustentabilidade e respeito à natureza se juntou a uma empresa que vive de ser sustentável: a Ambipar
O dia começou com uma notícia inusitada. Gisele Bündchen se tornou acionista e embaixadora da Ambipar, microcap relativamente nova na Bolsa.
Não acha que está virando moda? Essa coisa das celebridades se juntarem a empresas importantes, em um intuito duplo de publicidade e estratégia.
Há algumas semanas, foi a Anitta com o Nubank. Na época, houve quem dissesse que estava com medo de a tendência pegar. Pois é, parece que pegou.
As duas empresas de fato priorizaram uma identidade comum com o propósito da empresa na escolha da estrela.
Gisele com sua bandeira conhecida de sustentabilidade e respeito à natureza se juntou a uma empresa que vive de ser sustentável — o negócio da Ambipar é todo voltado para a reutilização e reciclagem de resíduos e circularidade da cadeia de materiais.
Anitta, com sua pegada popular em uma fintech que pretende democratizar os serviços bancários.
Leia Também
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Aqui na Empiricus, temos o Dan Stulbach para chamar de nosso, levando conhecimento cultural e boa conversa no bem-sucedido Mesa Quadrada — nosso podcast semanal com convidados famosos, em uma abordagem divertida e interessante.
Não tenho nada contra essa moda; aliás, se a estratégia for bem-feita, pode ser um golaço.
Exploremos o caso de Gisele com Ambipar.
O tema ESG acrônimo em inglês para as temáticas ambiental, sustentabilidade e governança — já é caro aos investidores institucionais há algum tempo, e agora tentamos levar um pouco dessa abordagem para o varejo também.
É algo relevante para os negócios — não só para empresas como Ambipar, que vivem de ser sustentáveis, mas para todas as outras também.
Já pensou estar comprado em Vale quando estourou a barragem em Brumadinho? Perto da minha terra natal, aliás.
O olhar do investidor para as políticas e práticas de mitigação de riscos ambientais é importante para empresas que movimentam um grande volume de materiais ao longo de sua cadeia. Como é o caso de uma mineradora ou produtora de petróleo. O tema é relevante para qualquer companhia que trabalhe com a extração de recursos naturais, com grandes alterações na natureza.
O tema social também é importante, principalmente para empresas que lidam diretamente com o consumidor final ou que são intensivas para mão de obra. Você gostaria de ser cliente de um plano de saúde cujos hospitais credenciados exploram os médicos, que estão sempre cansados no atendimento? Ou, pior, ser cliente de uma instituição financeira que te engana na palavra, mas te cobra tarifas abusivas nos contratos, que você assina porque as malandragens estão bem escondidas no texto.
No longo prazo, a mão de obra tratada de forma injusta abandona a empresa, que perde seus melhores talentos. E o cliente do banco abandona a instituição, trocando-a por uma que o trate de forma mais transparente.
A propósito, a preocupação do investidor com esses temas atua não só como mitigador de riscos para o seu bolso, mas também como reforço de retornos.
Veja o caso de Natura. A companhia tem um extenso relatório de sustentabilidade, com métricas relevantes para seu negócio nessas três esferas — ambiental, social e governança. Fala até qual a mudança que provocou na vida das consultoras — em termos de aumento de renda, escolaridade e saúde. É o ápice brasileiro da responsabilidade com sua cadeia produtiva. Aliás, o padrão de abertura da companhia sobre esses temas é um exemplo a ser seguido pelas demais empresas do país.
Agora exploremos a temática de governança. Já pensou estar investido em JBS no Joesley Day? Para quem não se lembra, esse episódio ocorreu no fatídico maio de 2017, com a divulgação de trechos de uma gravação de uma conversa entre o empresário Joesley Batista e o então presidente Michel Temer.
O pior é que, dias antes, a gestão da companhia entrou comprada em contratos futuros de dólar e foi acusada de se posicionar antecipadamente para lucrar com a explosão da cotação. E os acionistas? Não ganharam nada com isso. Ao contrário, perderam, com JBS derretendo na Bolsa.
A ética na condução dos negócios, a competência e o alinhamento da administração da empresa com os interesses dos acionistas são fatores essenciais ao analisar a governança. Tenho a tendência de preferir empresas de dono, com controlador definido e, de preferência, com membros do bloco de controle em posições importantes na gestão — embora existam exceções, de empresas de controle pulverizado que têm uma bela governança.
Tudo isso são apenas pitadas da disciplina de ESG que ministrarei no MBA em Análise de Ações e Finanças da Empiricus — você pode se inscrever nele por este link.
Enfim, tudo isso para dizer que é importante você se atentar a esses temas e se aprofundar nos números ligados a ele. Vou te ensinar como fazer isso no MBA.
Não que eu esteja à altura da Gisele em termos de publicidade, mas algum conhecimento espero agregar.
Um abraço,
Larissa
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim