Lula de volta, toque de recolher em SP e despedida dos juros (tão) baixos
O combo de notícias da semana embrulhou o estômago dos investidores. Olha só o que rolou:
- Uma decisão do ministro do STF Edson Fachin anulou as condenações de Lula na Lava Jato e o ex-presidente poderá voltar a ser candidato na eleição de 2022.
- O número de mortes em 24 horas por covid-19 continua a subir no Brasil e bate recorde.
- São Paulo endureceu as medidas de isolamento social e restringiu ainda mais o funcionamento de estabelecimentos comerciais.
- O juro futuro dos EUA subiu, aumentando a remuneração dos títulos do Tesouro americano (e atraindo mais capital para eles).
Tudo acima pesa contra o Ibovespa…
Para não dizer que não falei das flores, trago também pontos favoráveis. Veja só:
- Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes finalmente aprovou o pacote de US$ 1,9 trilhão de estímulos à economia;
- Aqui no Brasil, o Congresso concluiu a votação da PEC Emergencial. Apesar das mudanças no texto, a notícia foi bem recebida pelos mercados.
O saldo da semana foi negativo para o Ibovespa: queda de 0,9% e fechamento aos 114.160 pontos.
O dólar chegou a superar os R$ 5,80 nos últimos dias. Mas o mercado se acalmou e a moeda americana fechou em R$ 5,5597, um recuou de 2,18% na semana.
Para conferir a cobertura completa dos mercados, acesse o texto da Jasmine Olga.
Leia Também
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Como de costume, trago abaixo cinco sugestões de leitura do Seu Dinheiro para o seu sabadão.
1 - Climão com a volta do ‘ex’
A decisão de Fachin trouxe de volta o ex-presidente Lula ao jogo político brasileiro. Não é segredo para ninguém que os mercados têm um pé atrás com o Lula.
Só a hipótese de ter ele como candidato na próxima eleição, trouxe desconforto. Ou seja, queda no Ibovespa e alta do dólar.
Goste você ou não do petista, é importante acompanhar esse assunto de perto. Afinal, ele pode mexer não só com os rumos políticos do Brasil, mas também com o saldo da sua conta na corretora.
Mas por que os mercados não gostaram da volta de Lula? O Vinícius Pinheiro ouviu gestores de fundos e analistas e traz cinco razões nesta reportagem.
2 - Tempos de despedida
Os investidores já se preparam para uma despedida do menor juro da história do Brasil. Na próxima quarta-feira, o Comitê de Política Monetária, o Copom, se reúne para decidir se muda ou não a taxa Selic, atualmente em 2% ao ano.
Um dos que defende a necessidade de subir os juros é Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central, ex-economista-chefe do banco UBS no Brasil e hoje estrategista-chefe da WHG, sigla para Wealth High Governance.
Motivos? Ele conta nesta entrevista exclusiva ao repórter Ivan Ryngelblum.
3 - [Patrocinado] O que fazer com o seu dinheiro nesse caos?
Com pandemia, Brasília em polvorosa e mercados instáveis, seguimos a vida. E você precisa tomar decisões sobre o que fazer com o seu dinheiro: vai para a bolsa? fica na renda fixa? compra dólar? Dá até uma angústia de pensar em tudo isso…
Calma, você não está sozinho. Neste texto, eu conto a história real de um pai e de um filho e suas decisões financeiras.
O filho virou “trader” na bolsa, enquanto o pai não conseguiu sair da renda fixa. No fim, os dois seguiram um caminho alternativo.
São dilemas reais, de investidores reais. Pode ser que você se identifique e tire lições para sua vida financeira. Leia aqui o texto completo.
4 - Dá para pagar menos imposto...
Enquanto você busca um rumo para seus investimentos, existe algo que você pode fazer pelo seu bolso: pagar menos imposto ou receber uma parcela maior do que pagou de volta.
A temporada de declaração do imposto de renda 2021 está aberta. Vale a pena ler esta matéria para conhecer todos os gastos dedutíveis.
Se quiser um treinamento completo, com o passo a passo de como preencher sua declaração, deixo aqui o convite para você conhecer o Guia Definitivo do Imposto de Renda, um projeto do Seu Dinheiro em parceria com a Empiricus.
5 - O sonho do milhão
Chegar a marca de R$ 1 milhão na conta é o desejo de muita gente. Mas conseguir esses sete dígitos significa que alguém ficou rico?
O colunista Ruy Hungria diz que não necessariamente. Ele alerta que tem muito “milionário” que está mais para pobre que engana bem do que rico. Como assim? Ele explica o seu conceito de riqueza na sua última coluna e mostra um caminho para ser rico de verdade.
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região
Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje
Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço
Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo
Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje
Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel
Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.
Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje
Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento
Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada
A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa
Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje
Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
