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Bolsa hoje: parem o mundo que o Brasil quer descer

Apesar de haver espaço para uma recuperação depois de tanta queda (rebound), em um tradicional movimento de caça às barganhas, é difícil que haja ânimo para tal, uma vez que flertamos com a possibilidade de dominância fiscal

22 de outubro de 2021
8:24
Cena do Filme Central do Brasil (1998)
Desiludidos com o excesso de problemas que surgiram - Imagem: Central do Brasil (1998)

Bom dia, pessoal!

Os mercados asiáticos subiram nesta sexta-feira (22) à medida que a incorporadora chinesa Evergrande faz o pagamento de títulos em atraso. Na Europa, ao contrário do movimento de ontem, as Bolsas abrem o dia em alta, apesar da queda nas vendas do varejo no Reino Unido – o dado apresentou queda em todos os meses desde abril; logo, deixou de ser uma surpresa. Por outro lado, a participação das vendas no varejo online aumentou, dando continuidade à mudança estrutural nos padrões de consumo. Os futuros americanos flertam com a estabilidade, tendendo para um tom negativo.

No Brasil, insistimos em seguir nossa própria dinâmica. A temporada de resultados do terceiro trimestre de 2021 começa hoje (Hypera, após o fechamento). A partir de agora, as empresas de capital aberto terão até o dia 16 de novembro para reportarem seus números. Ainda assim, por mais que tenhamos uma boa temporada, assim como foi a do segundo trimestre, por exemplo, os ativos locais parecem muito mais associados ao contexto político e macroeconômico do que aos fundamentos per se.

A ver...

·         Fiquem tranquilos, ainda pode piorar

Foi uma sequência de informações ruins que acometeram o Ibovespa, que começou o dia de ontem já reagindo mal à condição de furar o teto em mais de R$ 30 bilhões. Achou que estava ruim? Pois pode piorar. No final, não eram R$ 30 bilhões, mas potencialmente R$ 100 bilhões – o detalhamento da PEC dos Precatórios confirmou a abertura de uma brecha de R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022 para arcar com os auxílios (Brasil e Diesel, entre outros), mas a Instituição Fiscal Independente calcula um possível rombo de R$ 95,6 bilhões no teto com mudanças anunciadas pelo governo.

Achou que estava ruim? Pois pode piorar. Consequentemente, houve uma debandada da equipe econômica, em reação às medidas pouco austeras tomadas pelo Congresso. O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, os seguiram. Lá fora, o EWZ, ETF das ações brasileiras, chegou a cair mais de 2% no after-hours de Nova York reagindo à notícia.

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Achou que estava ruim? Pois pode piorar. Em resposta à alta dos preços da gasolina, os caminhoneiros planejam outra paralisação para o dia 1º de novembro. Apesar de o movimento nunca ter se engajado como em 2018, sempre assusta, principalmente em meio aos problemas já destacados. O governo, para tentar amenizar a situação, vai propor uma “ajuda” a 750 mil caminhoneiros autônomos, que deverão receber um auxílio de R$ 400 – parecido com o que a França está fazendo ao pagar um auxílio de 100 euros para compensar a alta dos combustíveis, com a única diferença sendo que, em comparação com o Brasil, a França é um país com mais dinheiro para gastar.

A tensão foi terrível. O CDS de cinco anos do Brasil foi a 226,38 pontos, maior nível desde 30 de março. Os juros empinaram e o câmbio estourou por conta do descontrole fiscal e da falta de trajetória clara por parte do governo. No final, isso se converte em mais inflação, mais juros e mais desemprego. Quem mais acaba sofrendo é o pobre. Não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal em um país como o Brasil. Já se projeta Selic de 9,25% para o final deste ano e de mais de 10% para o ano que vem. O Banco Central, que se reúne na semana que vem para decidir a taxa de juros, nem tenta mais atuar sobre o câmbio. Depois de gastar mais de US$ 4 bilhões nas últimas duas semanas, já vê seus leilões extraordinários como enxugar gelo.

·         Sequência de vitórias

O S&P 500 fechou ontem em um novo patamar recorde, seu 55º fechamento recorde do ano. O último ocorreu no início de setembro, antes de o mercado ser tensionado pelas preocupações com a variante Delta, gargalos na cadeia de suprimentos e sinalização de “tapering” por parte do Federal Reserve. De lá para cá, tivemos o período de seca mais longo sem um fechamento recorde desde uma extensão de 50 dias encerrada em 13 de novembro de 2020.

Para hoje, seguimos com os resultados corporativos de empresas como Whirlpool, HCA Healthcare e American Express. Enquanto isso, o Federal Reserve está impondo novas regras de investimento a altos funcionários, depois de polêmicas envolvendo movimentações de seus membros, inclusive de Jerome Powell, que atraiu a atenção da mídia na véspera de sua renomeação. Sobre a autoridade monetária dos EUA, vale destacar a fala de Raphael Bostic, presidente do Fed regional de Atlanta, que indicou a possibilidade de elevar os juros nos EUA entre o fim do 3T22 e o começo do 4T22.

·         E finalmente honrou com o compromisso

Lá fora, as ações asiáticas ganharam terreno nesta sexta-feira após a onda de compras que empurrou o S&P 500 para um novo recorde ontem. A notícia mais relevante, porém, foi a de que a incorporadora China Evergrande Group fez um pagamento de títulos vencidos na sexta-feira.

A luta da incorporadora imobiliária para reduzir sua dívida de 2 trilhões de yuans (aproximadamente US$ 310 bilhões) e cumprir as restrições oficiais aos empréstimos gerou temores de que um calote possa desencadear uma crise financeira.

Saber, portanto, que a Evergrande destinou US$ 83,5 milhões para contabilizar o pagamento de um título que venceu em 23 de setembro foi muito positivo. Tanto é verdade que as ações da empresa negociadas em Hong Kong ganharam 5% (depois de caírem mais de 80% no ano, mas tudo bem).

·         Anote aí!

Nos EUA, são divulgados os índices dos gerentes de compras de manufatura e serviços de outubro. Na Europa, várias pesquisas de opinião sobre o sentimento das empresas europeias estão na ordem do dia, o que criará algum ruído. Pelo menos, por enquanto, foi mais positivo do que negativo.

Em agenda esvaziada no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga pela manhã a Sondagem Industrial de setembro. Dados do setor exterior de hoje apresentam conta corrente de setembro, que deve ter déficit de US$ 1,6 bilhão. O investimento direto no país, por sua vez, deve registrar saldo positivo de US$ 5,2 bilhões.

O mercado volta a digerir Brasília, que aprovou ontem, em Comissão Especial, o parecer do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) à PEC dos Precatórios, com 23 votos a favor e 11 contrários. A matéria segue para votação do Plenário, o que está previsto para a próxima semana.

Apesar de haver espaço para uma recuperação depois de tanta queda (rebound), em um tradicional movimento de caça às barganhas, é difícil que haja ânimo para tal, uma vez que flertamos com a possibilidade de dominância fiscal. Neste cenário, ao perdermos a principal âncora fiscal (o teto de gastos públicos), a política monetária poderá perder a eficácia contra a inflação. É necessário que haja uma sinalização de disciplina fiscal para isso entrar nos preços dos ativos; caso contrário, mais quedas podem acontecer.

·         Muda o que na minha vida?

Nos EUA, apesar do recorde no S&P 500, o Dow Jones Industrial Average caiu 0,1%, para 35.603,08, puxado para baixo pela queda de 9,6% da IBM, depois que a companhia reportou receita trimestral que ficou aquém das previsões dos analistas. Com isso, o índice ficou logo abaixo de sua máxima histórica em 16 de agosto. Os investidores seguem revisando os relatórios de lucros da empresa mais recentes, com problemas da cadeia de abastecimento global e o impacto do aumento da inflação sendo o foco.

Muitas empresas alertaram que os problemas da cadeia de suprimentos e os custos gerais mais altos afetarão as operações e Wall Street está tentando avaliar o quanto isso afetará o crescimento dos lucros e as margens das empresas. Reflexo da quebra da cadeia de suprimentos é a demanda de bens duráveis excepcionalmente alta. Este movimento provavelmente vai arrefecer em um segundo momento, provocando redução do PIB e menor impacto na inflação.

Vale destacar que o maior erro ao analisar o impacto econômico da pandemia é tentar tratar os últimos 18 meses como um ciclo normal. Não há nada normal na atividade econômica em 2020 nem em 2021. Hoje, há muita demanda e pouca oferta. Ano que vem o contrário poderá acontecer. No final, o padrão de economia e a velocidade com que as economias são retiradas ditarão a velocidade de normalização da demanda.

Espera-se que essas preocupações com a cadeia de suprimentos diminuam ao longo de 2022 e não representem um grande obstáculo para a temporada de ganhos do terceiro trimestre dos EUA e do Brasil. Isso porque, apesar do cenário ainda um pouco caótico, as interrupções de produção ​​já estão melhorando.

Um abraço.

OPORTUNIDADES DO DIA

- IPO | 1ª emissão Ecoagro I – FIAGRO - EGAF11

Com o compromisso de desenvolver as Finanças Verdes para a Agricultura, a Ecoagro lança o Fiagro EGAF11 que alocará sua carteira majoritariamente em CRA, buscando ganhos com os avanços produtivos do agronegócio.

Início das reservas: 21/10/2021

Encerramento das reservas: 12/11/2021

Bookbuilding: 16/11/2021

Início da negociação: até 23/11/2021

Liquidação: 19/11/2021

Investimento Mínimo: 10 cotas

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