Meu FII de galpões logísticos preferido para 2022: quem é o HSLG11?
Enxergamos potencial de valorização na casa de 15% para o FII HSI Logística, que opera no segmento de galpões logísticos, área que se manteve resiliente na pandemia e deve seguir em ascensão em 2022
Enquanto diversos setores da economia brasileira sentiram os efeitos da pandemia, o segmento de galpões logísticos se apresentou resiliente, registrando uma forte ascensão, que deve permanecer no ano de 2022. Esse cenário favorece os fundos imobiliários (FII) ligados ao segmento.
Em geral, a perspectiva é de terminarmos o ano de 2021 com um volume de investimentos de R$ 8,5 bilhões em galpões e condomínios logísticos — batendo o recorde do setor.
Grande parte desse crescimento se deve à penetração do e-commerce no Brasil, que se torna o grande protagonista dos últimos dois anos.
Mesmo com a recente volta da mobilidade em lojas físicas, há vários estudos que mostram que, depois da primeira compra online, a recorrência é enorme, ou seja, o consumidor desenvolve um novo hábito.
O desenvolvimento do setor
No ano de 2020, o comércio eletrônico brasileiro apresentou um crescimento de 47,6% em relação a 2019, passando de uma representação de 5,4% para 8,1% do varejo.
Em 2021, a perspectiva é de um incremento na casa de 7% nas vendas, mas com uma estabilização em 8,1% da representatividade no varejo, devido à queda geral do consumo.
Leia Também
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Como os clientes querem receber suas encomendas cada vez mais rápido, os varejistas passaram a buscar galpões próximos de regiões com alta demanda, expandindo suas operações de “last mile” – geralmente, trata-se de galpões dentro do raio de 30 quilômetros da capital.
Além disso, devido à recente experiência negativa de abastecimento em diversas cadeias produtivas, muitas empresas passaram a remodelar sua estratégia de estoque.
Tática 'just in case' favorece os FIIs
Ao invés de ajustar a quantidade de produtos apenas a demanda, em uma espécie de “just in time”, as companhias passaram a adotar uma tática “just in case”, com uma folga adicional de produtos, evitando eventuais problemas com fornecedores ou ausência de insumos no curto prazo.
Neste cenário, é óbvio que a necessidade por espaço é maior e os galpões se colocam perfeitamente na posição de captura de valor.
Fontes: Empiricus e Buildings
O número de galpões vagos de qualidade e bem localizados está cada vez mais escasso, juntamente com bons terrenos para desenvolvimento.
Projeções para o próximo ano
Associados ao aumento do custo de construção, acreditamos que esses fatores contribuirão para o aumento do preço de locação em 2022, assim como observado em algumas regiões específicas neste ano.
É bem verdade que é esperado um aumento da quantidade de empreendimentos: atualmente, temos cerca de 26 milhões de metros quadrados em condomínios logísticos no país, segundo dados da Buildings.
Olhando para 2022, encontramos uma perspectiva de entrega de pouco mais de 3 milhões de metros quadrados deste segmento, representando 11,5% da área existente.
Apesar do risco de uma possível elevação de vacância ao longo do próximo ano, seguimos enxergando atratividade neste segmento, tendo em vista o nível de preço dos fundos e o contexto operacional favorável de médio prazo.
HSLG11: um FII barato para 2022
Listado em Bolsa desde o final de 2020, o fundo imobiliário (FII) HSI Logística (HSLG11) possui uma carteira composta por cinco imóveis com 61% de sua ABL exposta ao estado de São Paulo, o maior mercado do segmento, conforme podemos verificar abaixo.
Fontes: Empiricus e HSI
Todos os seus ativos se encontram dentro do raio de 35 quilômetros de suas respectivas capitais, o que contribui para as operações de "last-mile" do setor logístico.
Tal localização tem apresentado um forte crescimento da procura por parte das empresas de varejo, que buscam imóveis próximos de regiões que apresentam alta demanda, diminuindo o tempo de entrega de seus produtos.
Outro ponto interessante é a taxa de vacância do FII, que se mantém abaixo de 3%. No entanto, devemos ficar atentos à tipicidade do portfólio, com 90% dos contratos na modalidade típica, o que traz um maior risco de diminuição da taxa de ocupação no curto/médio prazo.
Em outubro, a gestão do fundo imobiliário realizou a venda do ativo Santo André pelo valor de R$ 77,79 milhões, gerando um lucro estimado para os próximos quatro semestres de R$ 28,4 milhões, equivalente a R$ 2,25 por cota, com um montante relevante para ser alocado.
Apesar de o HSLG11 possuir um portfólio mais concentrado que o restante da indústria e um cotista internacional bem relevante na base (com mais de 50% das cotas) – o que o torna uma escolha um pouco mais arrojada –, enxergamos potencial de valorização na casa de 15% para o FII, somado a uma distribuição de proventos próxima de 9,5% nos próximos 12 meses, favorecida pelo ganho de capital recente.
Por fim, fica aqui o convite para você conferir a série Renda Imobiliária, o núcleo de FIIs da Empiricus. Além do HSLG11, nosso último relatório traz nossas perspectivas para 2022, incluindo mais duas teses da nossa carteira que podem despontar no período.
Um ótimo fim de ano a todos,
Caio
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos