O mercado está cheio de bitcoin, mas as prateleiras estão vazias
O fluxo de saída da criptomoeda mais famosa das exchanges é algo inédito deste ciclo e pode representar a falta do ativo nas exchanges de cripto
Não é de hoje que falamos que vai faltar bitcoin no momento em que os investidores institucionais retardatários não apenas quiserem, mas tiverem que comprá-lo.
De maneira bem objetiva, o fluxo de saída dos bitcoins das exchanges é algo inédito deste ciclo e pode representar a falta do ativo nas exchanges de cripto.
Saldo de bitcoin nas principais exchanges do mundo (linha laranja) — média móvel de 90 dias. Fonte: Glassnode
Não houve outro momento na história do bitcoin em que a força do investidor de longo prazo (que guarda o ativo fora das exchanges) fosse maior que a do especulador (que deixa a moeda na corretora).
Como exemplo de corretora de investidores institucionais (de longo prazo), temos a Coinbase, que reconhecidamente tem sido a que melhor representa esse movimento de saída do ativo.
Saldo de bitcoin na Coinbase (linha laranja) — média móvel de 90 dias
Fonte: Glassnode
Na outra ponta temos a Binance, que é sabidamente uma corretora que foca no investidor de varejo e é responsável pelo movimento de entrada.
Saldo de bitcoin na Binance (linha laranja)— média móvel de 90 dias
Fonte: Glassnode
Essas duas forças sempre estiveram em embate, mas desde 2020, felizmente, o ciclo mostra que os investidores institucionais são os que têm o maior volume de investimento e estão ditando o movimento deste ciclo.
E a queda do mercado no fim de abril nos deu um gostinho de como isso pode funcionar daqui em diante.
Jeff Dorman, CIO da Arca, fundo de investimento em criptoativos, comentou em uma de suas últimas postagens que os “ativos digitais estavam à venda, mas as prateleiras estavam vazias”.
Segundo Dorman, os preços caíram, mas quando eles tentaram fazer algumas operações de compra, não havia quantidade suficiente do ativo para adquiri-lo sem causar um grande movimento da cotação para cima.
Esse provavelmente é o primeiro sintoma de falta de liquidez do bitcoin, que, caso encontre uma alta demanda, pode ter seu preço positivamente afetado.
Ao que tudo indica, essa nova forte alta pode acontecer no atual semestre. Isso porque, segundo a imagem abaixo, os investidores de longo prazo voltaram a acumular o ativo.
Posição em mãos de investidores de longo prazo
Fonte: Glassnode
Além disso, o histórico do bitcoin, tanto o mais recente quanto o do ciclo passado, nos mostra que esse movimento foi um prenúncio de novas altas.
Parece que o desenho que está se formando agora pode levar o ativo para um novo patamar de preço, atingindo até a marca dos US$ 70 mil ainda neste semestre, ou dos US$ 100 mil.
Fico na expectativa de que você já tenha se exposto a essa tese. Caso contrário, fica o convite para entrar no Empiricus Crypto Legacy.
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