Um encontro com a China na pauliceia desvairada
Ao realizar o sonho de trabalhar no mercado financeiro, percebo a relevância da educação formal e do ferramental adequado para ser um bom analista

Aos 14 anos, quando me encantei pelo mercado financeiro, jamais imaginei que estaria hoje, aos 27, acompanhando ações de empresas chinesas. E, ainda, que cada vez mais chinesas estariam na lista das maiores companhias do mundo em valor de mercado.
O ano era 2008, e ali estourava a primeira bolha financeira da minha vida, a qual eu acompanhei diretamente de Belo Horizonte, minha cidade natal. Aquilo acendeu em mim uma curiosidade sobre o mundo financeiro que nunca mais se apagou.
Como podia aquele país ser tão vulnerável ao acúmulo de dívida por parte de famílias e bancos irresponsáveis? Desde aquela época, sonho em trabalhar no mercado financeiro, com o que quer que fosse.
E fui estudando.
Paralelamente, fiz muitas aulas de ballet e de teatro, que eu gostava muito – até meu pai cismar que eu estava mentindo em casa, então fiquei só com o ballet. De toda forma, mal sabia eu que essas aulas me preparariam para enfrentar as câmeras enquanto analista da Empiricus.
Coloquei na cabeça que tinha que ser engenheira para me dar bem nesse mercado, e acredita que acabei passando em primeiro lugar no vestibular?
Leia Também
Pois bem, mas acabei me formando em Administração, um curso que me deu uma base teórica melhor para vir trabalhar no mercado financeiro de São Paulo – que, convenhamos, é o mais competitivo da América Latina.
Entretanto, o ferramental mesmo, eu busquei todo por conta própria.
Deduzi que valuation era uma habilidade cara aos profissionais da Faria Lima, então logo busquei um estágio em que aprenderia aquilo, já que a faculdade não ensinava.
E assim fiz – aliás, não fosse minha nota na prova técnica de seleção, cujo tema era finanças corporativas, eu não teria conseguido a vaga, porque um amigo do dono já havia arranjado para seu filho estagiar lá. Por conta da minha nota, acabaram entrando os dois, até meu colega sair por não conseguir acompanhar o ritmo.
Chegando na pauliceia desvairada, fui logo ser trainee do Credit Suisse na área de assessoria para fusões e aquisições. Foi uma excelente forma de chegar à capital paulista, mas com o tempo descobri que gosto mesmo é de ser analista de ações.
Fiz uma rodada de cold calls com várias mulheres da Faria Lima, que caridosamente me fizeram introduções às pessoas certas. Assim, acumulei aprendizado em um grande fundo de investimento em ações, que não nomeio em respeito à discrição escolhida pela casa, antes de me juntar à equipe de análise da série Carteira Empiricus.
Ao longo do caminho tirei a certificação CNPI (e a CGA também). O CNPI é necessário para emitir recomendações de investimentos, como faço hoje.
Como você pode ver, dei minha cara a tapa o tempo todo. Haja óleo de peroba para lubrificar a cara de pau que precisei para me trazer até esse humilde posto de analista.
E aqui estou.
Nesta semana, passei boa parte do tempo entre uma tarefa e outra refletindo sobre o cenário chinês, que afeta diretamente duas empresas da Carteira Empiricus.
O autoquestionamento acerca do limite dos tentáculos do governo chinês sobre as gigantes de tecnologia nacionais foi uma constante para mim nas últimas semanas, e aposto que isso não é exclusividade minha – esse assunto está na cabeça da maioria dos analistas de ações que cobrem Ásia. Na Faria Lima, você encontra vários exemplares dessa espécie.
Ainda, aqui na Empiricus exerço uma frente de trabalho em educação, essa coisa de levar informação financeira para todos, e mostrar que qualquer pessoa consegue montar uma carteira de investimentos sem deixar a desejar para nenhum gestor profissional.
Um dos produtos que ajudei a montar nessa frente foi o novo MBA em Análise de Ações e Finanças, uma pós-graduação Latu Sensu que visa formar analistas profissionais ou, no mínimo, investidores que gerem suas carteiras pessoais como um profissional.
Participei da montagem do programa, da escolha dos professores, dos benefícios e cortesias aos alunos, dos métodos avaliativos e dos aprofundamentos opcionais.
Um dos meus desejos, desde o início, foi que o aluno não tivesse que arrumar um estágio para aprender a fazer modelagem financeira, como foi o meu caso.
Os alunos terão todo um módulo de valuation, que mostrará duas metodologias diferentes e as limitações delas – aliás, a disciplina “Limitações dos Modelos” é maravilhosamente ministrada pelo Rodolfo Amstalden.
Desejaria também que alguém tivesse feito para mim uma lista de todos os livros que precisei ler na paralela, para formar uma mentalidade investidora de qualidade. Então foi isso que montamos para os alunos: um pacote de 11 livros carinhosamente selecionados, que irão até o aluno com uma carta sugerindo a ordem de leitura para uma formação de qualidade.
Um outro desejo era ter um professor para me ajudar a amarrar tudo isso na cabeça – mas isso eu tive a sorte de ter, e vários.
Aprendo diariamente sobre investimentos com o João Piccioni e com o Felipe Miranda, duas mentes que tenho o privilégio de conviver. Ambos são professores do MBA, nas disciplinas de Ações Globais e Estratégias Avançadas de investimentos, respectivamente. Vou te falar que está um escândalo esse módulo que contempla as duas disciplinas.
Meu último desejo foi que o aluno não precisasse mandar mensagens constrangedoras para pessoas que não conhece, uma vergonha que passei mas que ninguém precisa passar.
Por isso, montamos um marketplace de vagas, em que vamos conectar os alunos a empregadores que nos acessam quase diariamente à procura de bons profissionais de investimentos, uma oportunidade que precisamos usar para gerar valor aos nossos alunos.
Também oferecemos um curso preparatório para um certificado à sua escolha, preparatório esse já incluso no valor do MBA: CNPI, CFP ou CEA.
Por fim, para quem tiver interesse, ofereceremos a oportunidade de concorrer a uma vaga no nosso grupo de empresas, a depender da participação e da nota do aluno em algumas atividades optativas: trabalhos de aprofundamento, um paper sobre ações com assunto à escolha, um vídeo de apresentação pessoal e um teste de fit com a nossa cultura.
Tudo feito com muito carinho para contribuir com o desenvolvimento de profissionais de finanças, uma espécie em alta demanda e pouca oferta.
Se você se interessou, não deixe de fazer sua pré-inscrição neste link para acessar as quatro primeiras aulas, gratuitamente. Depois quero saber o que achou. Quero seu feedback!
Um forte abraço!
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Yudqs (YDUQ3) e Cogna (COGN3) vão distribuir R$ 270 milhões em dividendos; veja quem mais paga
A maior fatia dos proventos é da Yudqs, que pagará R$ 150 milhões em proventos adicionais no dia 8 de maio
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Huawei planeja lançar novo processador de inteligência artificial para bater de frente com Nvidia (NVDC34)
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei vai começar os testes do seu processador de inteligência artificial mais potente, o Ascend 910D, para substituir produtos de ponta da Nvidia no mercado chinês
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana