Esquenta dos mercados: inflação dos EUA deve movimentar bolsa hoje, enquanto Roberto Campos Neto fica no radar
Além disso, a desaceleração econômica segue chamando a atenção dos investidores, e as perspectivas não são das melhores para outubro, com dados pesados no dia de hoje
Setembro chegou ao fim e a entrada de outubro não deve ser com o pé direito para a bolsa brasileira. No pregão da última quinta-feira (30), o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,11%, aos 110.979 pontos, enquanto o dólar avançou 0,29%, a R$ 5,4462.
E as perspectivas não são das melhores para esta sexta-feira (1º), com os principais índices mundiais pressionados pela retomada econômica de importantes economias como China e Estados Unidos. A ameaça de “apagão” de parte das atividades dos EUA ainda é uma ameaça, mesmo com a nova medida de Joe Biden.
Por falar em Estados Unidos, o grande dado do dia é a inflação norte-americana (PCE, em inglês), que deve registrar alta por mais um mês. Esse dado é utilizado pelo Federal Reserve para decidir sobre a política de compra de ativos, e pode influenciar diretamente nos primeiros passos do tapering, a retirada desses estímulos.
No cenário local, as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, devem trazer maiores detalhes sobre os próximos passos da instituição financeira contra a inflação, tendo em vista que a meta de avanço dos preços para este ano ficou para trás há muito tempo.
Dança das cadeiras do Orçamento
Existe uma sobra de R$ 9,5 bilhões do Bolsa Família que deve ser usada para pagar outras despesas primárias do governo. De acordo com o Broadcast, essa folga no Orçamento se deve à migração de beneficiários do programa, que fica dentro do teto de gastos, para o auxílio emergencial, gasto fora do teto.
Essa “triangulação” das de gastos e créditos é alvo do Tribunal de Contas da União (TCU). Para a corte, esses recursos devem ser empregados em outros programas de caráter social e não para o pagamento de despesas correntes do governo.
Leia Também
O “queijo” da estatal
As ameaças de interferência na Petrobras não param desde semana passada. Desta vez, o presidente da República Jair Bolsonaro sugeriu usar dividendos da empresa para segurar preços dos combustíveis.
A alta nos preços ocorre devido a uma valorização do barril de petróleo Brent, usado como referência pela Petrobras, e uma alta do dólar. Entretanto, Bolsonaro segue com a popularidade em baixa e deve tentar aprovar um “pacote de bondades”, como foi o caso do vale gás nos últimos dias.
Mas essas medidas são criticadas pelos especialistas, que veem um gasto acima do esperado em um Orçamento já apertado para o ano que vem. O aumento do IOF, por exemplo, foi uma medida que pegou todos de surpresa, em mais uma investida para tentar o pagamento do Auxílio Brasil dentro do teto.
Pautas como a PEC dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda devem dar o espaço necessário no Orçamento para o Auxílio Brasil de R$ 300 em média. As medidas precisam ser aprovadas até dezembro deste ano para passarem a valer em 2022, mas os textos seguem travados no Congresso.
Destaques do dia: atividade industrial e Roberto Campos Neto
O investidor nacional deve seguir de olho nos desdobramentos das medidas que ameaçam o teto de gastos, enquanto fica de olho na atividade industrial brasileira, medida pelo PMI. Acima dos 50 pontos, o indicador registra expansão das atividades e, abaixo, retração.
A expectativa é de que o PMI industrial brasileiro recue para 53,6, uma queda de 3,1 pontos em relação à medição anterior. As atenções do investidor também devem ficar nas falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do Morgan Stanley.
A instituição financeira já afirmou que a meta da inflação para este ano não será cumprida. No Relatório Trimestral da Inflação, divulgado ontem (30), o BC afirma que deve aumentar ainda mais a Selic para cumprir a nova meta.
Teto da dívida dos EUA
O presidente americano Joe Biden assinou na noite de ontem (30) um documento que previne o “apagão” nas contas do governo. Enquanto isso, a briga pelo limite do teto da dívida norte-americana continua no Congresso.
Um dos senadores chave para aprovar o tema na Casa, Chuck Schumer afirmou que há um acordo para que o limite da dívida seja aumentado e o texto deve sair na próxima semana. A ameaça de shutdown do governo impediria o pagamento de servidores públicos, bem como cessaria a restituição de impostos.
Fique de olho: inflação, atividade econômica e sentimento do consumidor
No pregão de hoje, o investidor internacional deve ficar atento aos números de inflação ao consumidor (PCE, em inglês). De acordo com projeções de especialistas do Broadcast, o indicador deve avançar 0,4% em julho, enquanto o Núcleo do PCE deve subir 0,2% na comparação mensal.
Além disso, a atividade econômica, medida pelo índice do gerente de compras (PMI, em inglês) deve registrar expansão da atividade industrial dos EUA. As projeções apontam que o PMI deva cair de 60,5 para 61,1, uma redução em relação ao mês anterior mas ainda assim acima dos 50 pontos.
No radar, o sentimento do consumidor em setembro também deve indicar as próximas tendências para outubro.
Bolsas pelo mundo
As bolsas da China e de Hong Kong não abriram nesta sexta-feira em virtude do feriado local, mas os demais índices asiáticos encerraram a sessão em baixa, puxados principalmente por Wall Street.
Na Europa, as bolsas recuam após dados locais pressionarem os negócios. A inflação ao consumidor (CPI, em inglês) veio pouco acima do esperado (3,4% contra 3,3% nas projeções), o que deve pressionar as ações por lá.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para uma abertura em baixa hoje, após uma costura de acordos para impedir o apagão nas contas do governo.
Agenda do dia
- FGV: IPC-S de setembro (8h)
- Estados Unidos: Índice de preços de gastos com consumo, medidos pelo PCE e Núcleo do PCE (9h30)
- Brasil: PMI industrial de setembro (10h)
- Estados Unidos: PMI industrial final de setembro (10h45)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra sobre cenário macroeconômico brasileiro em webinar promovido pelo Morgan Stanley (11h)
- Estados Unidos: Índice de sentimento do consumidor em setembro (11h)
- Economia: Balança comercial de setembro (15h)
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção
No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
