O bitcoin (BTC) foi a primeira criptomoeda do mundo e disparou vertiginosamente nos últimos anos. Entretanto, a principal moeda digital do mercado ganhou vida própria e não pode mais ser analisada como seus pares, afirma Bernardo Teixeira, diretor financeiro (CFO) da Ripio.
A corretora (exchange) de criptomoedas surgiu na Argentina, mas tem ganhado espaço no mercado brasileiro, onde o apetite dos investidores por esse tipo de ativo só aumenta.
“O bitcoin acabou crescendo, ganhando formato e soluções de second layer [segunda camada] diferentes de outras criptomoedas. É difícil comparar com ethereum, cardano e solana, por exemplo”, me disse Teixeira, na segunda edição do "Papo Cripto", novo programa do Seu Dinheiro no YouTube. Você pode assistir ao vídeo com a íntegra da nossa conversa no fim desta matéria.
Teixeira usa o exemplo da quantidade de nós (nodes) que existem e compara as blockchains da solana (SOL), que disparou nos últimos dias, e do bitcoin (BTC). Enquanto a primeira cripto possui apenas 100 nós, ou seja, 100 pontos de transmissão de informações dentro da rede, a principal criptomoeda do mercado tem 9.680.
Isso significa que a solana consegue processar pagamentos em milissegundos, o mesmo tempo de empresas como a Visa, enquanto o processamento do bitcoin pode demorar alguns minutos.
Por outro lado, o bitcoin é um projeto muito sólido e dificilmente teria que ser desligado para a reparação de defeitos na blockchain, como aconteceu com a solana na semana passada. Então a pergunta que fica é: investir em solana ou em bitcoin?
Além disso, na nossa conversa, falamos sobre as recentes declarações do bilionário investidor Ray Dalio e de Cathie Wood, gestora que previu a alta nas ações da Tesla lá em 2018. Enquanto Dalio demonstrou preocupação quanto às criptomoedas, Wood vê o bitcoin a US$ 500 mil no futuro.
Bernardo Teixeira, CFO da Ripio, participou do Papo Cripto #002 no canal do YouTube do Seu Dinheiro. Confira: