Na apresentação dos resultados do primeiro trimestre deste ano, o Mercado Livre anunciou a compra de US$ 7,8 milhões (R$ 41 milhões) em bitcoin. Os recursos passaram a compor a reserva de valor da tesouraria da empresa de comércio eletrônico.
O documento foi publicado na página da SEC, a CVM americana, porque a empresa argentina é listada na Nasdaq. Apesar das oscilações das últimas semanas, o bitcoin tem sido usado como uma forma de diversificar as reservas das empresas.
“Como parte de nossa estratégia de tesouraria neste trimestre, compramos US$ 7,8 milhões (R$ 41.779.920) em bitcoin, um ativo digital que estamos divulgando dentro de nossos ativos intangíveis de duração indefinida", diz a nota de apresentação dos resultados.
O Mercado Livre não informou em que ponto do primeiro trimestre comprou os bitcoins. A empresa de comércio eletrônico também não informou quantos bitcoins possui, desta forma não é possível saber qual o valor dessa reserva nas cotações atuais da criptomoeda
No início da manhã de hoje, por volta das 9h10, o bitcoin era negociado em alta de 4,73%, aos US$ 57.845,94. No acumulado do ano, a principal criptomoeda do mercado já registrou uma valorização de 95%. Já os papéis do Mercado Livre operam em queda na Nasdaq, refletindo os resultados do primeiro trimestre.
A adesão do Mercado Livre ao bitcoin confirma a tendência de "institucionalização" da principal criptomoeda do mercado. Grandes investidores e outras empresas anunciaram a compra da moeda digital, o que contribuiu para a forte valorização recente.
A Tesla, por exemplo, já havia anunciado a compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoin no início deste ano para a mesma finalidade. O CEO da empresa de carros elétricos, o bilionário Elon Musk, é um grande fã de criptomoedas, tendo feito diversas investidas nesse mercado.
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