🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Estadão Conteúdo

Inquérito Moro x Bolsonaro

Investigadores não veem ainda crime de Bolsonaro

Investigadores que atuam no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para obter informações sigilosas avaliam que, até o momento, não foram encontradas provas que o incriminem

Estadão Conteúdo
17 de maio de 2020
10:02 - atualizado às 10:03
Bolsonaro fala em evento
"Nós quatro não podemos tudo, mas quase tudo passa pelas nossas mãos", disse Bolsonaro. Foto: Carolina Antunes/PR -

Parte dos investigadores que atua no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal para obter informações sigilosas avalia que, até o momento, não foram encontradas provas que o incriminem e aponta que a tendência é que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça o arquivamento do caso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O entendimento desse grupo é o de que, neste momento, as acusações do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro provocam mais estrago político do que jurídico para Bolsonaro.

O Estadão ouviu reservadamente quatro fontes que acompanham os desdobramentos do inquérito, que está sob a relatoria do decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello. Segundo essas fontes, não ressoa na cúpula da PGR a avaliação de que é "devastador" o vídeo da reunião de Bolsonaro com o primeiro escalão. No encontro, Bolsonaro disse: "Não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança (…) Vai trocar (…) e ponto final. Não estamos aqui para brincadeira."

Indicado ao cargo por Bolsonaro, o procurador-geral da República, a quem cabe apresentar ou não denúncia contra o presidente, vê com cautela o material apresentado até agora ao Supremo, segundo interlocutores. O procurador recebe briefings diários sobre o andamento do inquérito e tem evitado dar declarações públicas acerca da apuração antes da conclusão das diligências. Até agora, foram ouvidos Moro, delegados, três ministros generais, uma deputada federal. Além dos depoimentos, o inquérito reúne mensagens de WhatsApp e o vídeo da reunião ministerial.

Aras não quer ser visto como "afobado" como o ex-procurador Rodrigo Janot, que apresentou duas denúncias contra o então presidente Michel Temer. Um interlocutor do atual chefe do Ministério Público Federal traça um paralelo das acusações de Moro contra Bolsonaro com a delação premiada do empresário Joesley Batista, que gravou uma conversa reservada com Temer à noite no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente. "Tem que manter isso, viu?", disse Temer a Joesley, o que foi interpretado por Janot como a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Depois que Temer deixou o Executivo, a Justiça Federal do Distrito Federal arquivou a denúncia, por concluir que a fala do emedebista se tratava de "bravata". Para esse interlocutor de Aras, se o diálogo - que provocou um terremoto político no País - não levou à condenação de Temer, não será uma reunião ministerial em pleno Palácio do Planalto com cerca de 40 auxiliares que vai incriminar Bolsonaro. "Moro é um poço de mágoas", disse reservadamente um integrante da cúpula da PGR, ao avaliar que o caso tem muita "pirotecnia" para pouca substância.

Leia Também

Outro ponto destacado é que Moro, em depoimento, disse várias vezes não ter acusado Bolsonaro de cometer crimes. Segundo o ex-ministro, quem falou em crime foi Aras. Logo após Moro sair do governo e lançar uma série de acusações contra o presidente, Aras pediu ao Supremo a apuração dos crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra. Tanto Bolsonaro quanto o próprio Moro são alvos da investigação.

Quem conhece o ex-ministro afirma que ele tem ciência de que suas acusações não tinham aspecto criminal, mas um poder de fazer estragos políticos. Crime seria, observam os investigadores que têm essa visão do caso, se Moro tivesse afirmado que Bolsonaro exigiu acesso a um determinado inquérito sigiloso sob pena de demiti-lo, o que ele disse, em juízo, "nunca" ter ocorrido. No depoimento, o ex-juiz afirmou que caberia a Bolsonaro esclarecer a razão das pressões pelas trocas na PF.

Aras vem sofrendo pressão interna no MPF para ter uma atuação mais firme no sentido de frear os excessos cometidos pelo chefe do Executivo. Seus pares o acusam de fazer vista grossa para o comportamento de Bolsonaro e tentar se cacifar para uma vaga no STF.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em parecer encaminhado ao Supremo na noite de quinta-feira, Aras se posicionou contra a divulgação total do vídeo da reunião. Segundo o procurador-geral da República, tornar público todo o material "o converteria em arsenal de uso político, pré-eleitoral, de instabilidade pública e de proliferação de querelas e de pretexto para investigações genéricas sobre pessoas, falas, opiniões e modos de expressão totalmente diversas do objeto das investigações".

"O procurador-geral da República não compactua com a utilização de investigações para servir, de forma oportunista, como palanque eleitoral precoce das eleições de 2022", escreveu. A posição de Aras foi interpretada por pessoas próximas à investigação como um recado a Moro. Ao pedir o levantamento do sigilo, a defesa do ex-juiz alegou que a íntegra do encontro permitiria verificar que Moro não apoiou as declarações públicas de Bolsonaro de "minimizar a gravidade da pandemia", tema alheio ao objeto da investigação. Fontes que acompanham o caso avaliam que o ex-ministro tenta usar o inquérito como palanque político e para limpar a própria imagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Defesa de Moro

A revelação sobre trocas na equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) antes da abrupta sucessão de mudanças na Polícia Federal e de sua própria renúncia deu munição para o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro reforçar a acusação de tentativa de interferência política do presidente Bolsonaro na PF.

A defesa do ex-ministro diz que os "fatos levam à inevitável conclusão" de que a manifestação de Bolsonaro na reunião ministerial de 22 de abril, sobre a troca na "segurança do Rio", se refere à Superintendência da Polícia Federal fluminense.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O advogado do ex-ministro da Justiça, Rodrigo Sánchez Rios, diz ainda que "aguarda respeitosamente" a divulgação do vídeo da reunião no Palácio do Planalto - peça chave do inquérito Moro contra Bolsonaro - na qual, segundo ele, "as intenções das alterações na Polícia Federal ficarão ainda mais evidenciadas". Ao Supremo, Moro pediu que fosse divulgada a íntegra do vídeo, "como verdadeira lição cívica". A decisão final pelo levantamento do sigilo será tomada pelo ministro Celso de Mello na próxima semana.

Em nota divulgada neste sábado, 16, Moro faz alusão à reportagem do Jornal Nacional da TV Globo exibida anteontem. Ela mostra que em 26 de março, quase um mês antes da reunião de abril, o general André Laranja Sá Correa - então diretor do Departamento de Segurança Presidencial do GSI - foi promovido por Bolsonaro para exercer o cargo de Comandante da 8.ª Brigada de Infantaria Motorizada. A direção do Departamento de Segurança Presidencial acabou ficando com o então adjunto, Gustavo Suarez, promovido ao cargo titular da repartição.

A revelação mostra que o presidente não enfrentou problemas para fazer mudanças no GSI, colocando em xeque, versão de Bolsonaro de que estava agastado com sua segurança pessoal - missão do gabinete - e que não se referia à PF quando reclamou na reunião ministerial.

"Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f… minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira", disse Bolsonaro na reunião.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo relatos de pessoas que assistiram ao vídeo, o presidente chamou a superintendência da PF no Rio de "segurança no Rio". Bolsonaro alega que se referia à sua segurança pessoal, feita pelo GSI. A defesa de Moro argumenta que a revelação sobre as trocas no GSI demonstra que nunca houve por parte do presidente qualquer insatisfação com o serviço de segurança pessoal que lhe era prestado ou a seus familiares no Rio. "Tampouco qualquer dificuldade para realizar substituições na área, já que os responsáveis foram promovidos ou substituídos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ANIVERSÁRIO SEM FESTA

Liquidação do Banco Master é ‘presente de grego’ nos 30 anos do FGC; veja o histórico do fundo garantidor

18 de novembro de 2025 - 12:19

Diante da liquidação extrajudicial do Banco Master, FGC fará sua 41ª intervenção em três décadas de existência

O QUE FAZER

Investiu em CDBs do Banco Master? Veja o passo a passo para ser ressarcido pelo FGC

18 de novembro de 2025 - 10:23

Com a liquidação do Banco Master decretada pelo Banco Central, veja como receber o ressarcimento pelo FGC

NOVAS REGRAS A CAMINHO?

Debate sobre renovação da CNH de idosos pode baratear habilitação; veja o que muda

18 de novembro de 2025 - 9:45

Projetos no Congresso podem mudar regras da renovação da CNH para idosos, reduzir taxas e ampliar prazos para motoristas acima de 60 anos

MÁQUINA DE MILIONÁRIOS

Loterias turbinadas: Bolas divididas na Lotofácil e na Lotomania acabam em 10 novos milionários

18 de novembro de 2025 - 7:04

Prêmio principal da Lotofácil será dividido entre 14 apostadores, mas só 7 ficaram milionários; Lotomania teve 3 ganhadores, que ainda se deram ao luxo de deixar dinheiro na mesa

SEGUNDA CHANCE

Banco Master recebe nova proposta de compra, desta vez de consórcio integrado por investidores dos Emirados Árabes Unidos

17 de novembro de 2025 - 19:04

Transação está sujeita à aprovação do Banco Central e do Cade e envolveria a compra da totalidade das ações do fundador do Master, Daniel Vorcaro

ONDA DE ESTRANGEIROS

Disparada do Ibovespa não é mérito do Brasil, mas tropeção dos EUA, diz Mansueto Almeida, do BTG

17 de novembro de 2025 - 17:45

Economista-chefe do BTG acredita que o Brasil continua empacado com os mesmos problemas e potencial verdadeiro do Ibovespa só será destravado após melhora fiscal

FOGUETE NA PISTA

Ibovespa sem freio: Morgan Stanley projeta índice aos 200 mil pontos no fim de 2026, mas há riscos no radar

17 de novembro de 2025 - 16:17

Apesar da avaliação positiva, o Morgan Stanley vê o aumento das preocupações com o cenário fiscal no país como maior risco para o desempenho do Ibovespa

MUITO ALÉM DE SMARTPHONES

Black Friday da Samsung: celulares, TVs e eletrodomésticos com até 55% de desconto; veja os destaques

17 de novembro de 2025 - 13:51

Ar-condicionado, TV, robô aspirador e celulares Galaxy entram na Black Friday da Samsung com descontos e condições especiais de pagamento

PELÉ ETERNO

Quanto Pelé valeria hoje? A projeção do ChatGPT que supera Mbappé, Haaland e Neymar no mercado global

17 de novembro de 2025 - 12:32

Simulação mostra o óbvio: o Rei do Futebol teria o maior valor de mercado da história — e poderia quebrar todos os tetos de transferência do futebol moderno.

PARA QUEM QUISER TENTAR A SORTE

Lotofácil ‘final zero’ promete R$ 12 milhões em premiações hoje

17 de novembro de 2025 - 8:12

Além do concurso com ‘final zero’, a Lotofácil acumulou na última rodada. Enquanto isso, de todos as loterias com sorteios programados para a noite de hoje (17), somente uma promete prêmio inferior a R$ 1 milhão.

ANOTE NO CALENDÁRIO

Feriado no Brasil, mas sem descanso para o mercado: Payroll, ata do Fomc, IBC-Br e balanço da Nvidia estão na agenda econômica

17 de novembro de 2025 - 7:03

O calendário dos próximos dias ainda conta com discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE)

QUERIDINHO DO BRASIL

Com Pix, empresas e consumidores brasileiros economizaram R$ 117 bilhões em cinco anos

16 de novembro de 2025 - 14:41

Levantamento elaborado pelo Movimento Brasil Competitivo mostrou que somente entre janeiro e setembro de 2025, foram R$ 38,3 bilhões economizados

HORA DA DIPLOMACIA

Isenção de 10% para café e carne é um alívio, mas sobretaxa de 40% continua a ser entrave com EUA

16 de novembro de 2025 - 12:32

A medida beneficia diretamente 80 itens que o Brasil vende aos EUA, mas a sobretaxa continua a afetar a maior parte dos produtos brasileiros

AS MAIS LIDAS DA SEMANA

Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino

16 de novembro de 2025 - 11:15

Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana

SUSTENTABILIDADE

COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém

16 de novembro de 2025 - 10:30

Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30

‘ISSO É TÃO BLACK MIRROR’

‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets

16 de novembro de 2025 - 9:01

Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho

MEIO AMBIENTE

Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora

15 de novembro de 2025 - 14:40

Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027

AMISTOSO

Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida

15 de novembro de 2025 - 11:32

Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026

TENDÊNCIA PARA 2026

Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026

15 de novembro de 2025 - 10:32

Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026

VIVER DE RENDA

Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?

15 de novembro de 2025 - 9:58

Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar