‘Temos de esquecer o que planejamos. O mercado que prevíamos é passado’, diz presidente da Volkswagen na América Latina
Defensor do isolamento social, Pablo Di Si mantém conversas diárias com executivos das fábricas do grupo em toda a região, por teleconferência, e com a matriz alemã, de quem já ouviu que a filial brasileira não vai mais receber socorro financeiro
Nas últimas três semanas,o presidente da Volkswagen América Latina, o argentino Pablo Di Si, só saiu de casa uma vez, para acompanhar a esposa ao supermercado. Defensor do isolamento social como alternativa para evitar a propagação do novo coronavírus, ele mantém conversas diárias com executivos das fábricas do grupo em toda a região, por teleconferência, e com a matriz alemã, de quem já ouviu que a filial brasileira não vai mais receber socorro financeiro. "Acabou", diz.
O novo programa de investimento para o Brasil foi congelado. O executivo reclama da falta de liquidez por parte dos bancos e defende uma intervenção no sistema financeiro. Para ele, sem crédito para as empresas, em especial as de menor porte na cadeia de autopeças, vai faltar dinheiro para pagar salários. Ele vai se reunir com dirigentes sindicais para discutir novas formas de flexibilização do trabalho, medida que vai implicar em conte de salários e mudanças em projetos que estavam definidos. "Temos de esquecer o que planejamos. O mercado que prevíamos é passado."
Qual sua avaliação sobre o cenário atual?
Nunca tínhamos visto uma crise dessa magnitude, em que todos os países e todas as indústrias pararam ao mesmo tempo. Mas, no momento, uma grande preocupação é que uma indústria com capital intensivo como a nossa tem problemas de caixa em toda sua cadeia produtiva, que é longa. É absolutamente necessária uma intervenção do sistema financeiro, como estão fazendo na Alemanha, nos Estados Unidos, para que os bancos liberem crédito.
O que pode ocorrer se os bancos não liberarem crédito?
Imagina, por exemplo, o que vai acontecer com os empregos se as empresas de autopeças não tiverem dinheiro para pagar os salários. Elas estão sem encomendas porque nós, montadoras, estamos paradas. Elas têm dívidas com fornecedores, que também terão problemas se não receberem. É preciso uma solução imediata.
Leia Também
A situação da Volkswagen também é complicada?
Neste mês, até agora, nossa receita é praticamente zero. No Brasil foram vendidos 200, 300 carros. Mas, como fabricante, é mais fácil para nós conseguirmos uma linha de crédito.
A matriz pode ajudar?
Não existe mais socorro da matriz. Acabou. Essa crise é diferente porque pegou todo mundo e todos precisam de dinheiro.
Como fica o plano de investimento negociado com a matriz?
Está congelado. Quando voltar a normalidade no mundo vamos reavaliar o mercado, nosso fluxo de caixa e a necessidade de investimentos. Não podemos pensar em gastar dinheiro em abril, maio, junho para desenvolver um produto para daqui a dois ou três anos no cenário que temos hoje.
E os projetos já anunciados?
Serão mantidos. O Nivus (SUV que será produzido no ABC paulista) será lançado ainda neste semestre. O Tarek (outro SUV), feito na Argentina e previsto para o fim do ano, também está confirmado. Já o que viria a partir do início de 2021 está congelado.
Como a VW está se preparando para a retomada da produção?
Vamos seguir os procedimentos adotados na China, onde quase 100% das nossas fábricas retomaram atividades. Vamos aumentar a frota de ônibus fretados para que ninguém venha sentado um perto do outro. Teremos gente organizando a entrada nos portões para não haver aglomeração. Um grupo vai medir a temperatura dos funcionários diariamente. A linha será preparada para que os trabalhadores mantenham distância de dois metros um do outro. Todos usarão máscaras e demais equipamentos de segurança. De início, não precisaremos de todos na fábrica, por isso metade do pessoal administrativo continuará em home office. Na produção, em vez dos três turnos previstos, teremos apenas um. Assim limitaremos o fluxo de pessoas.
O que vai acontecer com o pessoal excedente?
Precisaremos discutir medidas de flexibilização, como lay-off, redução de jornada e possivelmente de salários. Temos de esquecer o que planejamos. O mercado que prevíamos é passado. A velocidade do mercado será muito menor e não sabemos como ficará a confiança do consumidor daqui para a frente.
Quando será a negociação?
Nos próximos dias vou realizar uma reunião presencial com as lideranças sindicais de todas as fábricas na quadra de basquete da unidade Anchieta. Será ao ar livre, com cadeiras e mesas dispostas bem distantes umas das outras. Há um senso coletivo de urgência que precisaremos ter após a quarentena.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
ESG não é caridade: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da rentabilidade
Fundos IS e que integram questões ESG superaram o CDI no acumulado do ano e ganham cada vez mais espaço na indústria — e entre investidores que buscam retorno financeiro
O carro mais econômico do mercado brasileiro é híbrido e faz 17,5 km/l na cidade
Estudo do Inmetro mostra que o Toyota Corolla híbrido lidera o ranking de eficiência no Brasil, com consumo de 17,5 km/l na cidade
Mesmo com recordes, bolsa brasileira ainda está barata, diz head da Itaú Corretora — saiba onde está o ouro na B3
O Ibovespa segue fazendo história e renovando máximas, mas, ainda assim, a bolsa se mantém abaixo da média histórica na relação entre o preço das ações das empresas e o lucro esperado, segundo Márcio Kimura
A ‘porta dourada’ para quem quer morar na Europa: por que Portugal está louco para atrair (alguns) brasileiros
Em evento promovido pela Fundação Luso-Brasileira na cidade de São Paulo, especialistas falam sobre o “golden visa” e explicam por que este pode ser um “momento único” para investir no país
“O Agente Secreto” lidera bilheteria, mas não supera “Ainda Estou Aqui” no primeiro fim de semana nos cinemas
Filme supera estreias internacionais e segue trajetória semelhante à de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles
Destino apontado como uma das principais tendências de viagem para 2026 no Brasil é conhecido por seus queijos deliciosos
Destino em alta para 2026, a Serra da Canastra é um paraíso de ecoturismo com cachoeiras, fauna rica e o tradicional queijo canastra
‘FLOP30’? Ausência de líderes na COP30 vira piada nas redes sociais; criação de fundo é celebrada
28 líderes de países estiveram na Cúpula dos Chefes de Estado da COP30. O número é menos da metade do que foi registrado em 2024
A bolha da IA vai estourar? Nada disso. Especialista do Itaú explica por que a inteligência artificial segue como aposta promissora
Durante o evento nesta terça-feira (11), Martin Iglesias, líder em recomendação de investimentos do banco, avaliou que a nova era digital está sustentada por sólidos pilares
O clube que não era da esquina: o que fazer no bairro de BH eternizado pela música de Lô Borges, Milton Nascimento, Skank e Sepultura
Movimento de Lô Borges, Milton Nascimento e outros grandes nomes não nasceu na esquina de Santa Tereza, mas tem muitos locais de referência ao grupo
Pomba ou gavião? Copom diz que Selic em 15% ao ano por ‘período prolongado’ é suficiente para fazer inflação convergir à meta
Assim como no comunicado, a ata não deu nenhuma indicação de quando o ciclo de corte de juros deve começar, mas afirmou que o nível atual é suficiente para controle de preços
Bolão fatura Lotofácil e Dupla Sena salva a noite das loterias da Caixa com novo milionário em SP
Prêmio principal da Lotofácil 3535 será dividido entre 10 pessoas; ganhador da Dupla Sena 2884 apostou por meio dos canais eletrônicos da Caixa
O oráculo também erra: quando Warren Buffett deixou de ganhar dinheiro por causa das próprias estratégias
Mesmo após seis décadas de acertos, Warren Buffett também acumulou erros bilionários — da compra da Berkshire ao ceticismo sobre bitcoin e ao fiasco com a Kraft Heinz