Os Estados Unidos decretaram nesta sexta-feira (18) que os aplicativos de origem chinesa TikTok e WeChat terão que ser removidos de serviços de downloads disponíveis nos EUA a partir de domingo, 20 de setembro
O governo americano alega que as duas plataformas representam risco de segurança nacional para o país - porque poderiam, segundo os EUA, ser usadas pelo Partido Comunista da China como veículos para obtenção de dados sigilosos.
No domingo, dia 20, o WeChat será completamente banido em território americano, com operadoras de internet proibidas de permitir seu funcionamento.
Já o TikTok tem até o dia 12 de novembro para firmar acordo para venda das operações no país. Se as questões de violação das normas não forem resolvidas até esse dia, o app também será descontinuado.
O aplicativo pertence a ByteDance, que está em negociações avançadas com a Oracle para fechar o negócio. A Microsoft também estava no páreo, mas a empresa chinesa teria recusado a oferta da americana.
O TikToik tem mais de 500 milhões de usuários e ainda ameaça o domínio do Facebook no setor de mídias sociais.
A investida americana para banir a operação do aplicativo TikTok é mais um capítulo da mudança do cenário nos EUA para as empresas chinesas, especialmente as de tecnologia.
Durante o governo Trump, a relação de Washington com Pequim piorou quando o assunto é comércio, segurança nacional ou tecnologia. Mas nos últimos meses o ambiente para empresas que tentam furar a linha de separação entre as duas potências se tornou especialmente hostil.
O uso da plataforma chinesa de vídeos curtos explodiu entre os adolescentes americanos e foi definida pelo jornal New York Times como "a primeira história de sucesso verdadeiramente global da internet chinesa".
A ByteDance tentou contornar a separação entre os dois países ao armazenar dados fora da China e contratar nomes americanos para gerir o aplicativo. Mas não foi suficiente.
*Com informações de Estadão Conteúdo